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As embalagens têm o papel fundamental de garantir o transporte e segurança alimentar. Mas devem ainda assegurar a preservação do planeta, tanto através dos materiais que as compõem como da sua reutilização.

Nesta conversa ficas a saber de que forma a sustentabilidade faz parte do ADN da Tetra Pak e quais são os seus objetivos nesta área para 2021.

A Tetra Pak é líder mundial em processamento e embalagem alimentar. Podem falar-nos um pouco dos produtos e serviços que oferecem?

A Tetra Pak tem como missão tornar os alimentos seguros e disponíveis em qualquer lugar, protegendo as pessoas e o futuro do planeta. O nosso lema, “PROTEGE O QUE É BOM”, reflete esse propósito, para o qual trabalhamos diariamente, em estreita parceria com os nossos clientes e através de toda a nossa cadeia de valor.

Acreditamos numa liderança industrial e abordagem de negócio sustentáveis, suportadas pela inovação, o que se reflete na nossa oferta: soluções de processamento de alimentos e embalagens de cartão seguras, disruptivas e com um perfil ambiental exigente. Alimentos líquidos, alimentos para animais, bebidas, vegetais e produtos lácteos são alguns exemplos de categorias que trabalhamos nestas soluções, desde a produção, ao embalamento e distribuição. O nosso portefólio de embalagens dá resposta às mais diversas necessidades e tendências de consumo, sendo que apostamos continuamente na sua expansão e na inovação de toda a nossa oferta.

 

Quais são os grandes desafios do embalamento alimentar e que evoluções destacam, nos últimos anos?

As embalagens têm uma função extremamente importante, ao assumirem um papel fundamental na salvaguarda e preservação dos alimentos. É-lhes obrigatória a capacidade de conservar as caraterísticas e propriedades dos produtos com a máxima qualidade e segurança, estando, para tal, diretamente dependentes dos materiais de que são feitas e dos processos associados ao seu desenvolvimento. As embalagens da Tetra Pak são asséticas, oferecendo total proteção aos produtos que armazenam durante longos períodos de tempo, sem necessidade de recorrermos a conservantes. Falamos de embalagens de cartão que defendem os produtos e proporcionam condições que asseguram a preservação da sua máxima qualidade, mesmo perante agentes externos como a luz e o oxigénio. Isto permite dar resposta a um dos grandes desafios do setor e do mundo, o desperdício alimentar, sendo que as embalagens deixaram de ser vistas como um mero recipiente, para serem parte ativa da resposta a este flagelo, retardando a perecibilidade dos alimentos.

Por outro lado, a sustentabilidade é um tema que faz parte do ADN da Tetra Pak desde o início da sua atividade e que, felizmente, tem vindo a ganhar protagonismo ao longo dos últimos anos. Este protagonismo reflete-se nas expectativas dos diversos agentes no mercado, nomeadamente no que toca ao perfil das embalagens e todos os processos associados. Querem-se soluções irrepreensíveis do ponto de vista ambiental e com tempos de resposta cada vez mais imediatos, tanto por parte das entidades públicas, como pelo próprio mercado, clientes e consumidores. Para nós, que sempre preconizámos a sustentabilidade e a inovação, esta pressão acaba por não ser sentida de forma tão intensa, mas é um dos maiores desafios que o setor enfrenta, sendo importante alertar que estas soluções têm de responder aos mesmos requisitos de funcionalidade e de segurança alimentar do que as anteriores, o que implica, regra geral, processos de inovação com um nível de extrema complexidade.

 

O consumidor, na escolha de produtos alimentares, deve ter algum cuidado especial a ter em conta em relação às embalagens?

Do ponto de vista da segurança alimentar, o primeiro requisito é que as embalagens protejam os alimentos, ao mesmo tempo que sejam funcionais e que tenham um perfil ambiental adequado, que sejam por exemplo recicláveis e apresentem o mínimo impacto para o ambiente.

 

Têm o objetivo de fabricar as vossas embalagens com materiais 100% renováveis. Em que ponto se encontram?

As embalagens da Tetra Pak asséticas são compostas maioritariamente por cartão, uma matéria-prima renovável, proveniente de florestas geridas de forma responsável e de outras fontes controladas, com certificação do FSC® (Forest Stewardship Council®). No seguimento natural do nosso compromisso com a sustentabilidade, temos feito uma forte aposta na substituição do plástico de origem fóssil, fonte não renovável, por plástico de origem vegetal. Fomos pioneiros na utilização de polímeros vegetais com certificação Bonsucro, o que comprova a produção sustentável da matéria-prima a que recorremos, a cana-de-açúcar. Esta opção tem permitido reduzir significativamente as emissões de gases com efeito de estufa (GEE’s) e apoiar um crescimento sustentável da economia circular, baixa em carbono, recorrendo ao mínimo a matérias-primas não renováveis.

No entanto, a Tetra Pak tem já disponível no seu portfólio, para embalagens refrigeradas, a embalagem Tetra Rex® Plant Based, totalmente composta por materiais de origem vegetal.

A Tetra Pak, pelo 5º ano consecutivo, foi distinguida pela CDP com a qualificação máxima pela sua luta contra as alterações climáticas. O que significa para vocês e para os consumidores esta distinção?

Um reconhecimento da nossa ação e de toda a estratégia de sustentabilidade em que nos suportamos e que implementamos, o que é gratificante. Para os consumidores, acreditamos que seja mais um fator que sublinha que a confiança depositada em nós e nas nossas embalagens. Defendemos o chamado “walk the talk” e a transparência de toda a nossa atividade, pelo que distinções como a da CDP e de outras entidades independentes, com relevância e credibilidade na área, são muito importantes para o certificarem e garantir que estamos e continuamos no caminho certo.

 

Referem que o vosso foco na Sustentabilidade abrange toda a cadeia de valor. Que estratégias aplicam para consegui-lo?

Numa visão geral, definimos objetivos específicos a cumprir e implementamos planos para o aprimoramento constante de todas as nossas atividades, internas e externas, desde o desenvolvimento das soluções à rede de parcerias, passando pelo fornecimento, processos de produção e distribuição. Para além da definição de objetivos e a implementação destes planos, mantemos o compromisso de divulgar todas as ações nesta área no relatório de sustentabilidade que anualmente tornamos público.

 

“Estamos a ajudar a acabar com a fome, a alcançar a segurança alimentar, a melhorar a nutrição e promover a agricultura e produção sustentáveis”. Podem falar-nos sobre este trabalho que vêm desenvolvendo?

A par do foco na sustentabilidade ao longo de toda a cadeia de valor, que permite que apoiemos a agricultura e a produção sustentáveis através das nossas políticas de fornecimento responsável e certificado das matérias-primas, a Tetra Pak acompanha e endereça cada um destes temas através de programas específicos, criados a partir de uma abordagem global e concretizados em ações locais, para que a diferença seja feita e exista um impacto objetivo e real em cada um destes desafios.

A título de exemplo, na esfera da segurança alimentar, disponibilidade dos alimentos e nutrição, posso destacar o “Food for Development”, que assenta na criação de parcerias e colaborações em rede com clientes, governos, ONGs e outras partes interessadas, em todo o mundo. Desde programas de alimentação escolar, com projetos de centros de laticínios locais em geografias como o Sri Lanka, Bangladesh e Quénia, ao papel ativo enquanto membro de diversas entidades mundiais, como a Fundação Global de Nutrição Infantil ou Programa Alimentar Mundial da ONU, são várias as ações que a Tetra Pak tem desenvolvido, em curso e em planeamento futuro para prestar apoio e agir nestas matérias.

Por extensão ao nosso princípio de proteção também das pessoas, temos como prioritário o apoio não só à nutrição e à disponibilidade dos alimentos em qualquer lugar, como o suporte às comunidades e negócios locais, através do respetivo envolvimento na nossa cadeia de valor. Outras iniciativas igualmente relevantes passam por programas como o “Future Talent”, destinado à empregabilidade jovem, todo o trabalho de ligação e sensibilização junto dos consumidores, e ações alinhadas com acontecimentos e necessidades urgentes, como sejam doações e contributos para causas específicas. As doações feitas pela Tetra Pak em diversas geografias no âmbito da pandemia COVID-19, entre as quais Portugal, são um exemplo.

 

A Tetra Pak, em conjunto com a Compal, lançou o passatempo “Este natal os enfeites estão por tua conta”, sobre reciclagem e proteção ambiental para as escolas. No que consiste este passatempo e quais os seus resultados?

O passatempo “Este Natal os enfeites estão por tua conta”, desenvolvido em conjunto com a Compal, insere-se no plano de ações que desenvolvemos junto da rede nacional de Eco-Escolas, no âmbito de uma parceria com a Associação Bandeira Azul da Europa. O plano visa a promoção de iniciativas que têm como objetivo incentivar a aprendizagem e o enraizamento das melhores práticas de reciclagem junto da população escolar, de uma maneira divertida e criativa, ao mesmo tempo que conseguimos assegurar a correta reciclagem de várias toneladas de embalagens de cartão da Tetra Pak. Neste caso em concreto, o passatempo consistiu em transformar embalagens da Tetra Pak para a Compal em enfeites natalícios, mostrando aos mais novos também as possibilidades de reutilização de materiais. Foram recebidos mais de 600 trabalhos e participaram cerca de 250.000 alunos de diferentes graus de ensino, sendo que, após a divulgação dos resultados, foi atribuído um prémio às escolas distinguidas para investimento em materiais que as tornem mais sustentáveis.

 

Quais são os grandes objetivos sustentáveis da Tetra Pak, em Portugal e no mundo, no ano de 2021?

O foco está em dar continuidade ao trabalho que temos vindo a desenvolver e ultrapassar os desafios que temos identificados. Após termos já conquistado este ano o objetivo de disponibilizar embalagens com polímeros reciclados certificados, tendo inclusivamente sido a Tetra Pak a primeira empresa do setor alimentar e de bebidas a receber a certificação de produtos avançados da Mesa Redonda sobre Biomateriais Sustentáveis, vamos continuar a avançar em direção ao objetivo de incorporarmos, até 2025, um mínimo de 10% de conteúdo de plástico reciclado, em média, nas embalagens vendidas na Europa. Simultaneamente, estamos a executar medidas transversais à nossa atividade, como a utilização de energias renováveis, para que alcancemos a meta de atingir a neutralidade carbónica nas nossas operações até 2030, e em toda a cadeia de valor até 2050. Para além de tudo isto se refletir também em Portugal, estamos a trabalhar a nível nacional para o objetivo específico de aumentar as taxas de recolha e reciclagem das embalagens, e reforçarmos a aposta em embalagens com uma percentagem cada vez maior de conteúdo renovável, com polímeros reciclados e que sejam cada vez mais conectadas, apostando na digitalização.

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