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A Sara Peixoto e o Jorge Silva Ribeiro são dois jovens de Viana do Castelo, amigos desde a infância, que criaram uma marca de roupa em período de pandemia. Desafiante? Sim, tal como seria seguiram os percursos que não os estavam a preencher ou que foram interrompidos pela pandemia.

Lê a entrevista e percebe como usam apenas parceiros locais, o que os desafia na arte de criação e quais as suas preocupações com o mundo.

Como surgiu a Majatu.Studio e que tipo de marca é

Desde muito cedo sempre tivemos vontade de explorar um negócio por conta própria que estivesse relacionado com o universo da moda e arte. A marca MAJATU. STUDIO surge como resposta a essa vontade.

Eu e Sara somos amigos desde a infância e nos últimos anos aproximamo-nos ainda mais e percebemos rapidamente que partilhamos a mesma visão. Juntos unimos os nossos backgrounds para construir uma marca com o selo de fabrico 100% nacional. Eu formado em Arquitetura e a Sara formada em Economia e Gestão de Moda e Luxo, tínhamos uma visão clara em mente, criar uma marca de vestuário com peças de extrema qualidade de linhas minimalistas e malhas orgânicas. 

Este projeto nasceu durante o delicado período de pandemia, e procurou responder a uma falha verificada no mercado português, que não aposta no mercado de luxo. 

majatu.studio - moda minimalista

De que forma a vossa amizade tem reflexo nas peças que apresentam? 

A marca é um reflexo da nossa identidade, desde as nossas experiências pessoais, os lugares que conhecemos, as imagens que vemos, os museus que visitamos etcA nossa amizade reflete totalmente tudo aquilo que fazemos com a marca, apesar de sermos seres individuais, a verdade é que a nossa estética e visão é muito parecida, e para nós é muito fácil criar uma coleção. Estamos sempre em sintonia porque nos identificamos facilmente com as ideias um do outro. 

 

São portugueses, desenham e produzem as peças em Portugal. Como chegaram a um alcance internacional? 

Esse é um caminho que ainda estamos a percorrer. Ainda assim na atualidade é fácil através das redes sociais chegarmos a qualquer parte do mundo e a nossa marca foi crescendo nas redes sociais internacionalmente. As pessoas que nos iam seguindo facilmente se identificam com a nossa imagem e com as nossas peças, o que nos permitiu chegar a um público mais vasto. 

 

Quais são as peças preferidas dos clientes?

É difícil dizermos uma ou duas peças.. Tal como nós, os nossos clientes são bastante versáteis, e tanto compram um blazer como um hoodie. Hoje em dia a linha entre o clássico e o desportivo é muito ténue e nós tentamos ao máximo criar peças que facilmente qualquer pessoa usaria, que se adaptam a qualquer idade ou corpo.

 

Como funciona o processo de criação de uma marca sustentável? Pensam o design tendo por base materiais sustentáveis? 

Apesar da sustentabilidade ser uma assunto extremamente atual, ainda é difícil uma marca ser totalmente sustentável. No entanto enquanto marca, tentamos encontrar estratégias para nos aproximarmos cada vez mais desse ideal de sustentabilidade no mundo da moda. 

O verdadeiro desafio para a marca MAJATU. STUDIO, no âmbito da sustentabilidade, consiste na preocupação com a preservação do meio ambiente por meio do processo produtivo e do ciclo de vida dos produtos. A marca procura colmatar estas falhas apoiando o conceito de slow-fashione criando peças duradouras e intemporais, contrariando assim a mentalidade da moda tradicional que impõe uma sazonalidade e várias tendências. Sendo um dos pontos centrais a sustentabilidade e apelo ao consumo consciente. 

Lado-a-lado com uma produção cuidada, consciente e amiga do ambiente; pesquisamos ao detalhe e selecionamos com minucia todos os materiais que usamos na produção das nossas peças.

Por um lado, porque queremos disponibilizar sempre o melhor, por outro porque sabemos que ao fazê-lo estamos a garantir que os nossos produtos têm mais qualidade, são melhores que os restantes produtos disponíveis no mercado.

 

majatu.studio malhas orgânicas

De que forma é possível ser uma marca sustentável na produção e distribuição?

Pensamos todos os dias como podemos reduzir a nossa pegada ambiental e como podemos fazer com que consciente, ou inconscientemente – os nossos clientes também o façam. Sempre que possível, enviamos os nossos produtos em embalagens recicladas e recicláveis. Mas o que nos distingue, é apresentação, estilo, qualidade e a durabilidade das nossas caixas de envio.

Podíamos simplesmente fazê-lo em caixas recicladas, produzidas com materiais amigos do ambiente e de baixo impacto ambiental, mas preferimos fazê-lo em caixas especiais e premium, que à semelhança da nossa imagem e marca, são premium e um detalhe de estilo. Embalagem que além de transportar um produto especiale até “precioso” – e que têm um valor acrescentado e emocional extra por isso; Podem ser reutilizadas durante anos e ficam sempre bem. Em qualquer lugar, ou situação.

 

São de Viana do Castelo, uma cidade que tem aparecido bastantes vezes no Green Purpose com projetos sustentáveis. Qual a vossa ligação com a comunidade e economia local? 

Enquanto marca nunca nos esquecemos das nossas raízes, as empresas com quem trabalhamos são todas locais. Mesmo as nossas campanhas foram produzidas em Viana do Castelo, tentamos usar lugares cá que de certa forma mostrem tesouros da nossa cidade e a dignifiquem.  

 

 

Onde podemos encontrar os vossos produtos?  

Podem encontrar os nossos produtos em www.majatustudio.com e se quiserem acompanhar a nossa marca sigam-nos no instagram em @majatu.studio.

 

Mjatu Studio - Sara Peixoto e Jorge Silva Ribeiro e

Sara Peixoto e Jorge Silva Ribeiro 

Founders

Sara Peixoto: Olá, o meu nome é Sara e tenho 25 anos. Nasci e cresci em Viana do Castelo e estudei no Porto, na Católica Porto Business School, Economia. Como não me imaginava a trabalhar unicamente em algo relacionado com a minha licenciatura decidi, mais tarde, tirar um mestrado de gestão de Moda e Luxo em Paris. Trabalhar em algo relacionado com moda sempre foi o meu grande sonho.

Depois de concluir o mestrado estagiei em Amesterdão na Tommy Hilfiger. Aquando da conclusão do meu estágio, foi-me oferecida uma posição na mesma equipa (marketing) como freelancer. Tive a oportunidade de trabalhar neste registo durante dois meses, mas, entretanto, os meus planos foram estragados pela pandemia mundial que ainda hoje vivemos

Jorge Silva Robeiro: Chamo-me Jorge Ribeiro, tenho 26 anos e sou natural de Viana do Castelo. Desde que me lembro sempre tive aptidão para o mundo das artes, desde miúdo procurava estar mergulhado em livros de pintar e lápis de cor. Escrevia nas composições da escola que queria ser arquiteto, sem saber muito bem o que isso poderia ser, como se desenhar um quadrado com um triângulo em cima fosse suficiente para um miúdo de 6 anos ter tanta certeza. 

A verdade é que sabia que o meu caminho ia passar pelo mundo das Artes, após concluir Artes Visuais no secundário ingressei em Arquitetura, tirei o Mestrado em Arquitetura na Universidade do Porto e estagiei em dois gabinetes, mas percebi rapidamente que apesar das valências e experiências que o curso me proporcionou precisava de explorar outras áreas.

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