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Os animais têm direitos de serem cuidados e protegidos pelo homem. A FALA faz um trabalho importante, composta por cidadãos e cidadãs comuns, que trabalham por amor e voluntariamente em prol dos animais através do seu ativismo como eventos locais e nacionais e campanhas de sensibilização nas redes sociais.

Como surgiu a ideia de criar a NARD?

A NARD (The National Animals Rights Day/Dia Internacional dos Direitos dos Animais) é um evento internacional que celebrou este ano a 11º edição e que acontece em mais de 50 cidades do mundo, todos os anos. Idealizada e organizada pela Organização Our Planet Theirs Too, dos EUA, teve a primeira edição em 2011 com o propósito de dar voz aos animais e despertar consciência global relativamente aos direitos dos animais. Pretende ser uma celebração e uma homenagem aos milhões de animais mortos anualmente pelos humanos, nas mais variadas formas de exploração – consumo, testes em animais, uso de peles/lãs, etc. Ao chamar a atenção para os direitos dos animais pretende também educar para alternativas à exploração e crueldade animal que é praticada.

Este ano aceitámos o desafio de organizar o evento pela primeira vez numa cidade portuguesa e o resultado não poderia ter sido melhor. A comunidade saiu mais motivada e comprometida pela causa animal.

 

Quais são as vossas maiores valências no que respeita à proteção dos animais?

A FALA encontra-se em processo de mobilização de ativistas para preencher os seus quadros das diferentes áreas que constituem uma organização sem fins lucrativos e queremos apostar na formação dos/as ativistas para no futuro desenvolvermos projetos de grande eficácia de forma a obter o reconhecimento dos direitos fundamentais para todos os animais. Para já estamos a apostar na criação de uma comunidade saudável e motivada, que achamos ser o
motor para o desenvolvimento do movimento e para a sustentabilidade das pessoas que fazem parte dele. O empoderamento e a capacitação das pessoas da comunidade FALA são a base para um futuro promissor.

Para além do ativismo de rua, que mais ações são desenvolvidas na vossa organização?

A FALA ainda não tem uma imagem de marca, mas tem 3 pilares bem fortes que ajudarão a
construir as ações do futuro.

  • Projeto educativo em escolas para a sensibilização dos mais jovens. Palestras e organização de projeções de documentários. 
  • Formação constante: Acreditamos que temos imenso para aprender com os movimentos do passado de forma a sermos eficazes no presente.
  • Construção de uma comunidade ativista sólida e saudável através de eventos sociais como passeios, desporto ou mesmo visitas a santuários. Reconhecemos que somos mais do que simples ativistas, somos seres dinâmicos com necessidades relacionais profundas, numa atitude proativa para lutar contra o burnout.
  • Somos um coletivo pela libertação animal, mas temos sempre presente a ideia de libertação coletiva, através do desenvolvimento de projetos com interligações de outras lutas como o antirracismo, a luta feminista ou a comunidade LGBTQIA+. Acreditamos que todas as formas de opressão estão interligadas e que o entendimento coletivo desta ideia e a coligação entre as lutas é o único meio pelo qual alcançaremos a mudança social desejada, onde a injustiça social não é aceitável.

 

Qual é a finalidade de utilizar corpos de animais? Sentem que esta ação será reconhecida e compreendida pela sociedade em geral?

Como referimos, a Ação NARD foi idealizada e organizada pela ONG Our Planet- Theirs Too. A finalidade é além de honrar estas vidas vítimas da exploração pela mão humana, sensibilizar as pessoas para o número de mortes que acontecem na realidade devido a diferentes formas de exploração animal. Acaba por ser uma tentativa de celebração – funeral, fechar um ciclo de exploração com homenagem e respeito. Existem vários objetivos neste evento: educar, dar visibilidade a um problema e trabalhar a comunidade e o compromisso da comunidade. É um evento que pode ser catártico para muita gente e pensamos que é impactante o suficiente para conseguir criar algum debate nacional através da cobertura mediática que tivemos assim como com quem passa e vê a performance impactante. Pensamos que de uma forma geral a Ação é compreendida pela sociedade em geral.

Até que ponto a Legislação poderá contribuir para o combate de exploração do consumo Animal?

Embora seja importante, acreditamos que será impossível tornar o mundo um sítio melhor para os animais não humanos apenas com ações de rua ou campanhas online. No entanto, estas são fundamentais para que qualquer campanha de lobby político tenha sucesso. A mudança social deve ser global e imposta pela ciência e vontade popular. É no parlamento que se torna palpável a vontade de um povo.

 

Gostaria de saber se também atuam sobre outros animais que necessitem da vossa ajuda?

A FALA defende os direitos de todos os animais não humanos. Neste momento, e sendo uma organização fundada em 2021, a nossa Ação é mais direcionada para a sensibilização da população, ações pró-direitos dos animais e colaboração com santuários e organizações que apoiam e defendem os animais. Temos projetos a longo prazo que a seu tempo serão comunicados.

Os/As fundadores/as da FALA começaram a desenvolver trabalho em conjunto pela libertação animal em 2017, sob a alçada de uma organização internacional. Com o tempo, fortaleceram laços, partilharam experiências e formaram uma visão comum. Em 2021, decidiram reorganizar-se e criar uma nova imagem, com uma nova missão. Assim nasceu a FALA como a  conhecemos agora — uma organização comunitária, horizontal, baseada em amor e na abordagem da não-violenta.

Qual é o balanço da vossa primeira manifestação em Lisboa?

A NARD foi realizada pela primeira vez em Portugal este ano e o balanço é mais positivo do que esperámos. Tivemos uma equipa de trabalho muito coesa e funcional, o que fez com que corresse tudo muito bem. Recebemos muito feedback positivo por parte dos/das participantes.

Foi um desafio muito grande, pois estivemos sempre a trabalhar à distância, mas consideramos que os resultados foram muito bons, tivemos muita adesão e causámos bastante impacto, que era um dos nossos maiores objetivos.

Podermos fazer parte de uma comunidade tão grande como a NARD, que existe em todo o mundo, é muito motivante para nós.

 

Neste momento até onde a vossa associação pretende chegar?

Somos uma organização recente, não sabemos onde iremos chegar, mas pretendemos criar uma plataforma humana de ativistas motivados, apoiados e potencializados, promovendo uma linguagem positiva e inclusiva. Pretendemos trabalhar em prol dos direitos dos animais, sabendo de todas as limitações que a luta pela causa impõe.

Somos uma equipa de vários locais do país, de várias idades, de distintas áreas profissionais e que ao longo dos últimos anos se foi especializando em várias áreas dentro do ativismo pelos animais. O facto de sermos pessoas muito diversificadas faz com que o nosso trabalho seja também diferente e tenha várias possibilidades, e estamos sempre disponíveis a aprender.

Tentamos compreender os vários lados das pessoas que nos acompanham, não só dentro da comunidade ativista e vegana mas também para quem está em transição, ou apenas quem é curioso, o que poderá ser o início de uma mudança na vida dessa pessoa. Essa visão é também partilhada sobre as pessoas que fazem parte da indústria que combatemos. Acreditamos que o nosso papel é o de facilitar a transição das e dos trabalhadores da indústria tendo em conta as suas necessidades de sobrevivência. A FALA, independentemente de ter uma abordagem compassiva e de esforço de entendimento entre as diferentes fações, vai desenvolver campanhas audaciosas que visarão o fim de práticas bastantes específicas, com vitórias concretas para os animais.

Qual é o vosso maior objetivo?

Queremos vitórias concretas e palpáveis para os animais. De um ponto de vista mais geral, o nosso objetivo é desenvolver trabalho para que seja possível um futuro onde os seres sencientes não são vítimas de exploração humana e lhes são  reconhecidos direitos inerentes a seres que sentem e têm direito à vida e a ser defendidos. 

 

Quem quiser ajudar a vossa associação como poderão fazê-lo? 

Poderão:

  • seguir-nos nas nossas redes sociais, partilhando os nossos posts e fazendo-nos chegar material inerente à causa animal para podermos partilhar com a comunidade;
  • fazendo parte do nosso património humano, tornando-se ativista pela FALA;
  • contribuindo financeiramente pois neste momento e para manter a independência e valores a FALA não tem financiamento oficial. Para ajudar podem ir a https://opencollective.com/falaorg e fazer um donativo pontual ou na melhor das hipóteses, mensal. Isto permite-nos sonhar com projetos de grande magnitude e o apoio da comunidade é fundamental;

Uma entrevista da autoria de Sandra Parreira

Fez o seu percurso escolar, na Escola Secundaria de Alcanena, e terminou com um CET (Gestão de Turismo) no Politécnico em Tomar Em 2020, interessou-se pela escrita, tem vindo a trabalhar até ao momento em vários projetos do qual se orgulha, pretende transmitir informações sobre o bem-estar Animal. Para além de escrever artigos, trabalha também com Marketing Digital.

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Havas foi a responsável pelo desenvolvimento da campanha Preenchidos pela Paralisia para a Associação de Paralisia Cerebral de Lisboa (APCL), que venceu o grande prémio dos Prémios à Eficácia.

A gala da 17.ª edição desta iniciativa decorreu no dia 25 de Novembro e voltou ao registo presencial na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa, onde foram anunciados os vencedores.

Todos os anos os portugueses podem fazer doações de 0,5% do seu IRS para uma ONG (Organização Não Governamental), no entanto são poucos os que sabem preencher o IRS sozinhos ou até que sabem dessa possibilidade de doação.

O projecto levou a APCL a disponibilizar uma equipa de contabilistas com paralisia cerebral a ajudar os portugueses a preencherem o seu IRS de forma gratuita, tendo como única contrapartida a doação de 0,5% do valor do IRS para a associação. A APCL conseguiu, desta forma, o maior valor de doações de sempre, mais de 56.339,54€ (euros). Este caso já foi premiado em vários festivais, incluindo este ano em Cannes, onde recebeu um leão de prata.

A campanha foi fortemente apoiada por atores, apresentadores e modelos que se mostraram solidários com a causa e divulgaram-na nas suas redes sociais, o que fez com que a mensagem fosse rapidamente propagada.

Uma vez entregues todos os prémios, as agências O Escritório e Arena Media ficaram com os troféus de Agência Criativa do Ano e Agência de Meios do Ano, respetivamente. O Escritório destacou-se com várias campanhas para o Lidl, enquanto alguns projetos da Arena Média para marcas como Worten, Ageas, Sonae MC e Dott foram premiados.

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