Autor

Marta Belchior

A alimentação é algo que nos interessa, pelo impacto que tem na nossa saúde, mas quando juntamos a isso o evitar de desperdício, tão importante para o equilíbrio do planeta, temos a certeza que não podemos deixar passar. Por isso, fomos falar com a Sara Oliveira, autora do blogue “Nem acredito que é saudável“, que já deu origem a um livro de receitas com o mesmo nome e que lançou recentemente mais um livro, chamado “Saudável e sem Desperdício“.

 

Como surgiu a ideia de escrever um blog dedicado à alimentação saudável?

Comecei a escrever o blogue porque percebi, sobretudo durante a minha actividade clínica, que em geral as pessoas tinham dificuldade em confeccionar receitas saudáveis e que fossem adequadas às suas restrições ou estado de saúde. Por brincadeira fui desafiada a escrever um blogue para partilhar com todos as receitas que partilhava com os meus pacientes. Foi assim que nasceu o Nem acredito que é saudável.

 

Este seu último livro alia também à alimentação saudável ao desperdício. Como despertou para esta questão?

Há muitos anos, de facto acho que desde bem pequenina que a questão ambiental e o lixo que geramos faz parte das minhas preocupações. Apesar de ter crescido durante uma altura em  que desperdiçar e estragar eram acções perfeitamente normais, nada disso me parecia correcto e não era essa a educação que tinha em casa. Sou descendente de alentejanos, que sabem como ninguém aproveitar tudo.

 

As pessoas hoje são mais preocupadas do que antes com o desperdício relacionado com a alimentação?

Sem dúvida. Tal como disse anteriormente, quando era criança não havia qualquer problema em deitar fora, deixar estragar, comprar apenas por comprar. A sociedade entretanto percebeu que não há planeta B e que as consequências dos nossos actos já não passam despercebidas. Percebeu que ou mudamos rapidamente ou iremos viver num mundo bem diferente do dos nossos país e avós.

Existe uma motivação genuína com a questão do desperdício e do ambiente ou é um “add-on”?

Não posso falar em nome de todos, penso que como em tudo, há pessoas e organizações genuinamente preocupadas, outras vêm na questão do desperdício e do ambiente uma forma de lucrar. Mas em geral acredito que as pessoas estão realmente com vontade de mudar e tornar o mundo mais verde.

 

Como caracteriza os leitores do seu livro?

O meu livro não tem um público alvo, pelo menos não o pensei dessa forma. É um livro que deveria ser transversal a todos e presente em todas as cozinhas. Ter uma alimentação saudável e gerar menos lixo e desperdício alimentar deveria ser uma preocupação de todos.

Vários estudos indicam que as pessoas compram cada vez mais produtos alimentares biológicos. Qual é na sua opinião a explicação para este fenómeno?

As pessoas estão mais preocupadas com a qualidade da sua alimentação porque percebem que isso tem impacto na sua saúde e no ambiente. O facto de também a oferta ser bastante maior, mais disponível e acessível acaba por estimular a compra destes produtos.

 

Que alimentos não podem faltar à mesa de quem quer começar a ter uma alimentação mais saudável?

Uma alimentação saudável é relativa. Depende sempre de cada um, do seu estado de saúde, da sua actividade, das suas restrições ou ideologias. Mas regra geral eu diria que legumes em abundância, cereais e grãos integrais e frutas são indispensáveis

Quais são os grandes obstáculos para uma alimentação saudável?

Penso que talvez o não saber confeccionar ou não ter tempo são as principais dificuldades que me costumam referir.

 

Para começarmos o dia com energia, um pequeno-almoço saudável deve conter…

Hidratos de carbono que podem vir de grãos ou cereais integrais e proteínas que podem ser de origem vegetal ou animal. Para ficar ainda mais completo poderemos juntar uma fonte de gordura proveniente de sementes.

Que dicas daria a quem queira começar em 2021 a ter uma alimentação saudável? Por onde se começa?

A primeira coisa a fazer é perceber o que se pretende ao certo e traçar objetivos, é importante saber se existe alguma condição de saúde que tenha que ser tida em conta.

Depois é traçar um plano alimentar e escolher os alimentos de melhor qualidade. Se for necessário deve-se procurar ajuda de um profissional, por vezes é muito útil e ajuda a a começar e a ultrapassar as dificuldades iniciais

Sara Oliveira

Autora do blogue “Nem acredito que é saudável” e do livro “Saudável e sem Desperdício”. Terapeuta de medicina tradicional chinesa. Cria receitas saudáveis, vegetarianas que permitem que todos, mesmo os que têm restrições alimentares possam ter uma alimentação equilibrada, deliciosa e mais sustentável.

 

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O Mobile World Congress 2022, que está a acontecer em Barcelona até ao próximo dia 03 de março, assistiu hoje ao discurso proferido pelo Rotating Chairman da Huawei. Numa intervenção difundida online, Guo Ping aproveitou a ocasião para salientar o plano da empresa de dar continuidade à sua estratégia de globalização e aumentar o investimento em tecnologias fundamentais.

Ao centrar o seu discurso em dois dos maiores desafios que o mundo actualmente atravessa, a digitalização e a neutralidade carbónica, Guo Ping fez questão de frisar que, face às previsões que apontam para que, em 2022, mais de 50% do PIB global será na área da digitalização, “a indústria deve explorar novas teorias e arquiteturas para remodelar o paradigma tecnológico e assim alcançar a sustentabilidade digital”. Já no campo da neutralidade carbónica, o Rotating Chairman da Huawei destacou que “a densidade de conectividade e o poder de computação determinam a força da economia digital, mas também devem manter a vitalidade a longo prazo”. Por essa mesma razão, acrescentou Guo Ping, “é absolutamente necessário considerar uma nova dimensão; a redução de carbono“.

As palavras do Rotating Chairman da Huawei foram aliás reforçadas por Li Peng. O presidente para a região da Europa Ocidental da Huawei, destacou que a empresa “está a colaborar activamente comos seus parceiros da indústria para reduzir a pegada de carbono”, ainda dizendo que esta ”é uma das principais prioridades” da empresa. Dando como exemplo a solução de agricultura inteligente da Huawei que já criou valor para os agricultores na Suíça, em que drones que usam big data e 5G são capazes de monitorizar campos agrícolas 20 vezes mais rápido do que antes, ou a colheita de precisão que reduziu o uso de herbicidas em 90%, Li Peng referiu que a multinacional “tem vindo a explorar desde há décadas formas de economizar energia e reduzir as emissões dos nossos próprios equipamentos e soluções”. Isto porque, frisou, “a transformação digital é uma jornada que nunca termina”.

Tendo em conta estas preocupações globais, a Huawei adoptou entretanto a estratégia “More Bits, Less Watts”. Nesse sentido, a empresa tem envidado grandes esforços para melhorar os seus recursos digitais fundamentais, comprometendo-se a multinacional a tornar os seus produtos 2,7 vezes mais eficientes em termos de energia, através de consideráveis avanços em áreas como teoria, materiais e algoritmos.

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A Humana é uma associação sem fins lucrativos que, desde 1998, trabalha a favor da proteção do meio ambiente através da reutilização têxtil e realiza tanto programas de cooperação para o desenvolvimento em Moçambique e na Guiné-Bissau como de apoio local em Portugal. Falámos com Rafael Mas para saber mais sobre esta associação.

A Humana tem a missão de proteger o meio ambiente através da reutilização de têxtil e melhorar as condições de vida das comunidades em vias de desenvolvimento. De que forma?

Procuramos obter o máximo aproveitamento do têxtil usado ao recolher através de uma rede de contentores as doações têxteis por parte dos cidadãos, e preparando esse têxtil para a reutilização. O objetivo é dar uma segunda vida à roupa e favorecer o modelo de economia circular. Através da reutilização transformamos um possível resíduo num recurso. É através das lojas secondhand que a Humana promove a reutilização da roupa usada.

A gestão do têxtil usado permite reunir fundos para financiar projetos de cooperação para o desenvolvimento em África.

Desenvolvemos um trabalho complementário de apoio local em Portugal, em municípios parceiros, para apoiar as instituições com os recursos gerados através da recolha de roupa usada em atividades de carácter social, ambiental e humanitário. É uma prova do nosso compromisso reverter para a sociedade parte dos recursos gerados através da gestão das roupas doadas.

Fomentamos a consciencialização da cidadania através de várias ações e iniciativas de sensibilização, como exposições, workshops e eventos, com o objetivo de informar a população sobre o nosso trabalho e o impacto positivo do mesmo.


Como é que as pessoas podem participar ativamente nesta economia circular?

No caso da Humana, doar o têxtil de que já não necessita, depositando-o no contentor apropriado. Além disso, comprar moda em segunda mão. Desta forma, a economia circular é favorecida.

 

Qual o processo de preparação para a reutilização das roupas?

O processo de preparação para reutilização é realizado nas duas fábricas em Espanha que a Humana Fundación Pueblo para Pueblo, uma organização irmã da Humana Portugal. O processo é realizado manualmente, apoiado por meios semimecanizados. Este processo, baseado na Hierarquia de Resíduos da UE, permite obter 5 grupos principais de materiais.

  • Têxtil para reutilizar nas lojas Humana Portugal
  • Têxtil para reutilizar fora de Portugal
  • Têxtil que se destina à reciclagem, pois o seu estado não permite a sua reutilização
  • Outros resíduos, como papel, papelão ou plástico
  • Material que não pode ser reutilizado ou reciclado, por isso é enviado para centros de tratamento de resíduos
    90% do têxtil processado tem uma segunda vida, através da sua reutilização ou reciclagem.


Conseguem medir/estimar qual o impacto do vosso contributo para o planeta e para a sociedade?

A Humana Portugal recuperou no ano pasado, 2.700 toneladas de têxteis usados para dar-lhes uma segunda vida. As 2.700 toneladas recuperadas equivalem a quase 11 milhões de peças de vestuário que tiveram uma segunda vida através da reutilização e reciclagem.

Além disso geram um duplo benefício: ambiental, pois reduz a geração de resíduos e contribui para o combate às mudanças climáticas. A reutilização de têxtil usado contribuiu para a redução das emissões de CO2: por cada kg de roupa recuperada (e não levados a um centro de tratamento de resíduos e incinerada) é evitada a emissão de 6,1 kg de CO2, de acordo com um estudo da Federação Humana People to People.

As 2.700 toneladas recuperadas no ano passado em Portugal evitaram a emissão de 16.470 toneladas de CO2 à atmosfera, que equivalem à emissão anual de 6.186 carros que circulam 15.000 km cada ou à absorção anual de dióxido de carbono de 122.910 árvores.

O benefício social consiste na criação de empregos inclusivos, estáveis e de qualidade: a Humana gera um emprego indefinido para cada 24.545 kg de têxteis recolhidos. Por outro lado, os recursos obtidos destinam-se a programas de cooperação para o desenvolvimento em Moçambique e na Guiné-Bissau como de apoio local em Portugal.

Para além da vossa principal atividade, que outras ações desenvolvem para incentivar uma maior sustentabilidade ambiental?

Todos os anos passam por nossa rede de lojas centenas de milhares de pessoas interessadas em moda sustentável e, portanto, em um modelo que tenha a proteção ambiental entre seus objetivos. As lojas são, portanto, uma ótima ferramenta para promover a consciência e a sensibilidade ambiental. Tudo isso aliado ao caráter social da entidade.

 

Quais os próximos passos para esta associação?

A recolha seletiva de têxteis usados passará a ser obrigatória em 2025 em toda a EU e a Humana pretende, ao lado dos municípios, juntas de freguesias e empresas, ampliar a sua rede de contentores, que atualmente é de 842, e aumentar a sua recolha, que hoje é insignificante frente ao que é descartado em Portugal.

A organização recolheu apenas 1,4% das 200.000 toneladas de resíduos têxteis gerados em Portugal por ano, o que mostra que no país ainda há um longo caminho de conscientização em conjunto com o sector de recuperação têxtil.

Rafael Mas

Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade Autônoma de Madrid (Espanha) e Especialista Universidade em Gestão Diretiva de Organizações Sem Fins Lucrativos pela UNED (Espanha). Há desenvolveu sua carreira profissional na Fundación Pueblo para Pueblo desde 1998, realizando diferentes posições na organização tanto nas unidades produtivas de Gestão de Resíduos Têxtil e nas áreas de Gestão e Planeamento de Projectos de Cooperação e na área de comunicação. Atualmente promove Relações Institucionais e Alianças Estratégico com os colaboradores.

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No próximo dia 1 de Março o Crédito Agrícola comemora os seus 111 anos de história com o lançamento de uma campanha comemorativa “DIA CA Sempre Sustentável” destinada a atuais e potenciais Clientes Particulares e Entidades da Economia Social.

Com o objetivo de promover um futuro mais sustentável, o Crédito Agrícola desafia todas as Entidades da Economia Social, a operar em Portugal Continental ou nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, e que sejam clientes do CA, a criar e a implementar projectos de impacto positivo no ambiente, nomeadamente nas áreas da descarbonização, economia circular ou serviços dos ecossistemas.

As candidaturas devem ser submetidas até às 18h00 do dia 31 de Março em www.diacasempresustentavel.pt, sendo posteriormente avaliadas pelo júri do concurso, que seleccionará até um total de cinco projectos por cada Região, em função da Instituição (Caixa Central ou CCAM) da qual cada Entidade seja cliente. Os 20 projectos finalistas serão depois submetidos a uma nova votação, que determinará os quatro vencedores finais aos quais será atribuído um prémio monetário de 10.000 euros, num total de 40.000 euros. Esta votação final será realizada pelo público. A divulgação das entidades vencedoras está agendada para o dia 18 de Maio de 2022 nos canais digitais CA.

Ainda no âmbito da campanha o Crédito Agrícola terá também a decorrer o sorteio de três bicicletas eléctricas. Este Concurso é dirigido a todos os Clientes Particulares do Grupo que, entre os dias 28 de Fevereiro e 01 de Abril de 2022, adiram ou reforcem um serviço da Oferta Sustentável CA de acordo com as seguintes opções: CA Crédito Pronto, Poupança My Project, Ecocrédito, DP Net e DP Net Super, CA & Energie, CA Mobile (novas adesões), CA Online (novas adesões), Documentação Digital (novas adesões).

Com esta campanha “DIA CA Sempre Sustentável” o Crédito Agrícola pretende reforçar o seu compromisso para com um futuro mais sustentável, bem como assinalar o crescimento verificado em 111 anos de história e agradecer a confiança depositada no Banco pelos mais de 430 mil Associados e 1 milhão e 900 mil Clientes do CA.

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A Nhood Portugal, plataforma global de soluções imobiliárias em projetos de uso misto, acaba de reforçar o eixo de mobilidade suave no Centro Comercial Alegro Montijo, tornando este centro comercial no primeiro em Portugal com cacifos para bicicletas – BikePod.

Depois da instalação de ciclovias com ligação à cidade, o Centro Comercial Alegro Montijo conta agora com 10 cacifos para bicicletas, num projeto que sublinha a criação de impacto positivo para a comunidade através da promoção de hábitos de vida mais saudáveis e amigos do ambiente. A Nhood Portugal pretende desenvolver os ativos que gere à luz desta missão de criação de impacto positivo e transformação das cidades, e perspetiva, até ao final do ano, implementar este conceito de BikePod noutros espaços que integram o seu portefólio.

O BikePod é um serviço de cacifos para bicicletas, instalados na zona de estacionamento do Centro Comercial Alegro Montijo, junto à entrada principal, para guardar as bicicletas de forma totalmente gratuita e ainda mais segura, durante o período em que os clientes se encontram no espaço. Para usufruir deste serviço é apenas necessário instalar a aplicação Movatic, disponível para smartphones Android e IOS, selecionar a opção Alegro Montijo BikePod e estacionar a bicicleta num dos cacifos livres. Para retirar a bicicleta do cacifo, basta apenas entrar na aplicação e retirar a bicicleta.

Pedro Vasconcellos, Gestor de Impacto Positivo da Nhood Portugal, refere que “esta instalação dos cacifos para bicicletas faz todo o sentido pois, por um lado, é um complemento à ciclovia já existente, que liga a cidade do Montijo ao Centro Comercial Alegro Montijo, instalada em 2019 em parceria com a Câmara Municipal do Montijo; e, por outro lado, está totalmente alinhada com a nossa estratégia para reduzir a pegada de carbono no retalho comercial através da promoção de uma mobilidade suave para quem se desloca aos ativos que gerimos. São cada vez mais as pessoas a optar por soluções de mobilidade suave e esta nova oferta traduz o trabalho continuo da Nhood em potenciar soluções de new living mood nos ativos que gerimos e que aportem valor ao dia a dias das comunidades onde estes se inserem. No total, são 10 cacifos para bicicletas que podem ser utilizados, de forma totalmente gratuita, no máximo até 12 horas seguidas por todos os clientes e colaboradores deste centro comercial”.

A Nhood Portugal tem como propósito criar, revitalizar e transformar ativos imobiliários de uso misto, bairros e cidades, contribuindo para uma nova visão urbana e para a evolução dos novos modos de vida, sob o conceito da cidade dos 15 minutos. Na sua estratégia a cinco anos para Portugal, a Nhood tem previstos projetos em mais de 15 localizações de norte a sul, com um plano de gestão de investimento dos seus clientes de mais de 500 milhões de euros divididos em diferentes áreas, como retalho comercial, escritórios, residencial, entre outros.

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Da parceria entre o restaurante Órtea e a mercearia Pistácio, nasce no novo espaço do Órtea Vegan Collective: o Pistácio Bistrô, que intimamente ligado à gastronomia portuguesa, dá lugar à fusão perfeita entre a sazonalidade, cozinha vegan e deliciosos pratos para partilhar.

Com o apoio de pequenos produtores nacionais, o Bistrô inspira-se nos ingredientes especiais da Mercearia Pistácio e na criatividade e técnica da cozinha do Órtea, para criar uma carta pensada para celebrar a tradição portuguesa do petisco, onde todos pratos são 100% de origem vegetal e nacional. Da mercearia para a mesa, com uma ementa alusiva ao convívio e à partilha, este novo conceito convida a viver uma experiência personalizada, mergulhando numa explosão de sabores inspirados em produtos locais, que podem ser adquiridos na loja.

Prometendo surpreender todos os amantes da cozinha plant-based – mas também os que não são – os sabores deste novo espaço não deixam ninguém indiferente. A carta, que será alternada regularmente, incentiva à partilha de momentos inesquecíveis à volta de pratos incríveis como uma Tábua de Queijos Sabores Portugueses (18€), de que são exemplo os vegan Curado Provençal, Semi-Curado Tomate Picante e Cremoso de Alho e Ervas, a que se junta “chouriço” tradicional de soja e doce de abóbora caramelizada caseira ou a Tábua Sabores do Mundo (20€), com queijos à base de plantas como Camembert, Brie e Blue Style, para serem saboreados com crackers de sésamo e gengibre e lasca de chocolate picante. Para além da seleção de queijos vegetais, o menu inclui ainda Pão Recheado (18€), de fondue com couve romanesca e couve bruxelas, acompanhado por cogumelos para mergulhar, mas também Arroz Cremoso (12€) de chouriço e castanhas e, para finalizar sugerem-se as Pêras Bêbadas (6€) em vinho branco e especiarias com mousse de chocolate branco e queijo azul, e a indulgente, Mousse de Chocolate (5€). Os chás e cafés são servidos com petit fours. A refeição pode ser acompanhada por um copo de vinho, ou por Era Kombucha artesanal feita no Órtea, existem ainda opções de refrigerantes (4,5€) com combinações fantásticas como Pêssego e Gengibre, Framboesa e Tomilho, Lima e Erva Mate e Cola Natural. Para os amantes de Gin, existe o Gin Especial Bistrô (9€) com Gin Cura biológico e artesanal, pistáchios tostados, hortelã, limão e soda.

Alargando a alternativa vegana em Lisboa e promovendo a diversidade, o Bistrô vem reforçar a ideia já promovida pelo Órtea, de que a gastronomia à base de plantas é a alimentação mais saudável, criativa e sustentável para o corpo e alma e, que a comida vegan é saborosa, nutritiva e permite explorar ingredientes e combinações deliciosas.

O espaço integra-se no Órtea Vegan Collective – ponto de encontro de produção e retalho de produtos de origem vegetal e nacional – situado na Rua D. Luís I, 19C, em Lisboa e está aberto de quarta a sexta-feira das 18h às 23h e sábados e domingos das 12h às 23h, encerrando segundas e terças-feiras.

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Descobrimos, através de Pedro Rocha, Marketing Manager da Corona Portugal, como é esperado que as preocupações ambientais e de saúde impactem os consumidores de cerveja, como a Corona cumpre uma missão global de proteção das praias e oceanos e ainda o trabalho de formação para a Sustentabilidade que a marca faz, com as Corona Talks. Está tudo na entrevista.

O consumo de cerveja tem uma forte componente social, e as condições ótimas em Portugal levaram a um grande crescimento no consumo em 2019. A pandemia afetou os resultados?

Este setor vinha de um ano de crescimento, com a produção total de cerveja a subir 5,1% e o mercado doméstico a crescer 3,9% em vendas, segundo dados estatísticos da APCV – Cervejeiros de Portugal. Em 2019 a economia e o bom tempo motivaram uma maior vontade dos consumidores para o consumo fora de casa, associado a atividades de lazer, mas 2020 veio mudar bastante este panorama.

A Corona, no canal On Trade representava 66 % e no Off Trade 34 %, mas no final de 2020 a mudança de consumo faz com que o Off trade represente 61 % e o On trade 39 %. O consumo em casa registou um aumento de 27%.

A pandemia gerada pela Covid-19 levou ao encerramento do canal HORECA, responsável pela maioria das nossas vendas. Com a posterior reabertura deste setor, acreditámos que o crescimento poderia ser mais sustentado, mas a retoma tem-se verificado lenta, pelo que as vendas na distribuição não têm compensado as registadas com o fecho do canal HORECA. Apesar de as vendas no canal alimentar terem registado uma evolução positiva durante o período de confinamento, sublinhamos que não compensaram o encerramento do canal HORECA pois o consumo de cerveja Corona é, sobretudo, um ato social e de convívio, que foi abruptamente interrompido.

Nesta fase de desconfinamento a escolha de restaurantes e cafés é feita por estarem próximos do local de trabalho ou casa, neste último caso motivado também pelo teletrabalho, originando níveis interessantes de recomeço de atividade em bairros domésticos. O bom tempo também ajudou a que as esplanadas tivessem uma maior procura, sobretudo perto de parques, praias, rio ou mar, mas nada se compara a períodos homólogos.

Os estabelecimentos com oferta ao ar livre foram a principal escolha dos consumidores e as autarquias têm de ser sensibilizadas para facilitarem a expansão legal das esplanadas nos seus municípios e assim ajudarem o canal HORECA como resposta a esta tendência.

Tempos extraordinários exigem medidas excecionais e a possibilidade destes estabelecimentos contarem com uma oferta ao ar livre, não só suporta a sua sobrevivência económica, como protege mais os consumidores de focos de contágio e de crescimento do Turismo.

As cervejas artesanais têm-se evidenciado nos últimos anos. Qual o impacto desta tendência nos resultados e na mudança do perfil de consumidor e consumo?

Os apreciadores de cerveja artesanal consideram o consumo de bebidas artesanais como moderno, cool. Querem experimentar novas marcas mesmo que os preços sejam mais elevados. Gostam de provar diferentes sabores. São pessoas com hábitos de consumo regulares, jovens e que apostam no que é trendy.

Em Portugal, a cerveja artesanal expressa-se com menos de 1% de fatia de mercado. É um movimento recente, que tem vindo a crescer, mas com uma expressão ainda diminuta.

Quem prova uma boa cerveja dificilmente volta atrás, pelo menos por opção própria. E tem-se notado a curiosidade dos portugueses e a consequente mudança de consumo na comida e na bebida – procuram produtos bem confecionados e de qualidade.

Acredito que as cervejas artesanais, em 10 anos, deixem de ser consideradas um nicho. Terão um peso relevante na sua distribuição, notoriedade e consumo.

 

Como antevê que seja o perfil de consumidor de cerveja daqui a 5 anos? As preocupações com o mundo (e mesmo com a sua saúde) terão muito impacto?

Sim. Toda a nova sociedade – os jovens – tem uma grande preocupação com as questões da saúde e ambiente. Constatamos a forte preocupação e reações que as camadas mais jovens têm vindo a mostrar e evidenciar um pouco por todo o mundo. Vejamos o caso, não recente, da jovem sueca Greta Thunberg, o Prémio Gulbenkian para a Humanidade que apoia várias causas ambientais. Os jovens estão preocupados, conscientes e mais despertos para causas nobres.

Pode falar-nos um pouco da campanha Protect Paradise?

A Corona tem uma forte preocupação com o ambiente e a prova, além das várias campanhas, iniciativas e projetos que tem vindo a implementar em todo o mundo, é a montra de arranque do seu website. A Corona orgulha-se de ajudar o ambiente e apresenta na homepage do seu canal online próprio o número e metros quadrados de praias limpas, ilhas protegidas e voluntários que ajudam e apoiam estas iniciativas. A campanha Protect Paradise é o espelho disso mesmo, um excelente e forte iniciativa do trabalho que a Corona tem vindo a desenvolver. A Corona e Parley juntaram-se para acabar com a poluição e plásticos nos mares e oceanos, que tanto afetam as vidas e espécies marinhas. Assumiram o compromisso, em 2017, de limpeza de 100 ilhas e apela a todos à participação nesta nobre missão. Contamos com 149 ilhas protegidas, 519 praias limpas que representam perto 44 milhões de metros quadrados sem plástico.

 

Em diferentes setores, a preocupação com as embalagens e com os ingredientes saudáveis, tem levado marcas históricas a reinventarem o seu portfólio. A Corona tem algo pensado neste sentido? Seja ao nível de produto, seja ao nível de comunicação, activação ou ponto de venda.  

A Corona teve um projeto piloto o ano passado com cerveja de lata. Trata-se de uma iniciativa que pretendia reduzir a utilização de plástico nas embalagens através de um sistema de encaixe das latas. É uma inovação da marca que foi feita especialmente para a final do Cannes Innovation Lions 2019 precisamente na categoria marketing. Embora as cervejas Corona sejam sobretudo embaladas com vidro e fibras de madeira, a marca tem vindo a testar novas formas de o plástico ser substituído por fibras biodegradáveis de base vegetal combinadas com materiais orgânicos.

Sendo uma marca global, as ações são pensadas globalmente, ou os países têm autonomia para intervir e criar campanhas e ações próprias?

As campanhas são aperfeiçoadas e adaptadas aos respetivos mercados de acordo com as tendências e cultura dos países pensadas e concretizadas no Brand Book Corona e posteriormente. Existe autonomia para a implementação das campanhas, mas sempre alinhadas com as guidelines da marca e com a supervisão da mesma. Uma marca global, presente já em 180 países, tem de ter uma estratégia muito bem alinhada entre todos os mercados para que as mensagens a passar estejam em perfeito sintonia com o posicionamento definido. Recordo aliás que a Corona é líder no seu país de origem – México – e considerada a quinta cerveja mais consumida no mundo.

 

Que ações, globais ou locais, da Corona gostaria de destacar e que não foram mencionadas aqui? 

Em Portugal implementámos uma iniciativa que ia ao encontro do nobre projeto Protect Paradise e o ano passado, no World Surf League, estabelecemos uma pareceria com a Waste4Coffee para sensibilizar e apelar a todos os participantes deste evento desportivo para a necessidade de termos as nossas praias limpas e de assim as mantermos. Além dos copos reutilizáveis que disponibilizámos, evitando assim o plástico descartável, produzimos cinzeiros de praia para oferecer a todos os visitantes do evento. Ainda no âmbito do WSL, em 2019 lançámos a primeira Corona Talk, dedicada à sustentabilidade. Esta iniciativa, aberta ao público, contou com a presença da embaixadora da marca, Joana Freitas, a influenciadora Rita Ferro Alvim e a representante do projeto Waste4Coffee. A conversa foi moderada por João Janita Alves. O objetivo passou por chamar a atenção para a proteção dos oceanos, redução do uso do plástico e outros temas ligados à sustentabilidade.

Pedro Rocha,
Marketing Manager da Corona Portugal

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A Phenix, uma das marcas líderes no combate ao desperdício na Europa, foi distinguida pela Forward Fooding no ranking The FoodTech 500, que reconhece as 500 melhores empresas internacionais em expansão, na área da AgriFoodTech. Inspirada na Fortune 500, a lista tem por base critérios associados à utilização da tecnologia, foco na sustentabilidade e respeito pelos alimentos. 

O The FoodTech 500 utiliza uma metodologia exclusiva para classificar as empresas participantes, com base na dimensão do negócio, pegada digital e práticas de sustentabilidade. A edição de 2021 do ranking, agora divulgada, recebeu candidaturas de mais de 2550 empresas e distinguiu projetos oriundos de mais de 40 países.  

Frederico Venâncio, Diretor-Geral da Phenix em Portugal, refere que “É com muito orgulho que anunciamos a classificação da Phenix no The FoodTech 500, onde são distinguidas as 500 melhores empresas AgriFoodTech a nível global. É muito gratificante ver que o nosso trabalho diário e contínuo no combate ao desperdício alimentar se traduziu neste reconhecimento tão positivo. Esta é mais uma motivação para continuarmos a dar o nosso melhor na promoção de uma economia circular, e a fornecer aos nossos clientes, parceiros e utilizadores as ferramentas necessárias para que se associem a nós nesta missão, tendo sempre em vista um planeta mais sustentável e livre de desperdício”. 

A start-up iniciou as suas operações em Portugal há cinco anos com um programa de conversão de excedentes de grandes superfícies comerciais em doações a instituições particulares de solidariedade social. Em 2019, expandiu a sua atividade com o lançamento da Phenix app, uma aplicação anti-desperdício que permite que a comunidade adquira alimentos e refeições excedentes de estabelecimentos comerciais de todas as dimensões, por um preço reduzido. 

Desde 2016, a Phenix já salvou mais de 19 milhões de refeições, evitando que mais de 21 milhões de toneladas de CO2 fossem emitidas para a atmosfera. Em Portugal, a Phenix atua em todos os distritos do continente com o seu programa de conversão de excedentes em doações. A app anti-desperdício está disponível nas regiões da Grande Lisboa e Grande Porto, Braga e Aveiro, com planos para se expandir a outras cidades do país já no decorrer do primeiro trimestre de 2022.

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Faltam-nos as palavras para descrever esta conversa com a Catarina Vieira, fundadora do Chão do Rio – Turismo de Aldeia. Um projeto que nasce da vontade da Catarina e o companheiro plantarem árvores, onde podemos enumerar uma lista infinita de ações sustentáveis para preservar e potenciar a sua localização e onde sentimos o amor pelo projeto, natureza e hóspedes em cada palavra da Catarina, que nos narra uma história de encantar e encantada, tal como Chão do Rio é.

Como nos descreve o Turismo de Aldeia Chão do Rio? 

Localizado no sopé da Serra da Estrela, na aldeia de Travancinha, o Chão do Rio – turismo de aldeia, oferece uma experiência de alojamento sustentável, certificada pela Biosphere Responsible Tourism

Na sua quinta de 8 hectares, os seus hóspedes são desafiados para uma experiência de Slow Tourism, de grande contacto com a natureza e a vida rural. As confortáveis casas em pedra com telhados decorados com giestas estão dispostas em torno da piscina biológica, construída para se assemelhar às lagoas da serra da Estrela. Os géneros para o pequeno-almoço são servidos em cestos e incluem especialidades regionais. Os seus hóspedes são encorajados a explorar os trilhos das proximidades a pé ou nas bicicletas disponíveis gratuitamente. As crianças podem divertir-se com carros-de-mão, apanhar os ovos do galinheiro amovível ou apenas brincar livremente e em segurança. 

As Casas Churra, Cotovia, Loba, Ribeira e Pastor – todas com 1 quarto – permitem acomodar 4 pessoas. A Casa da Cumeada – 2 quartos e capacidade para 6 pessoas – está um pouco mais distante das restantes casas, proporcionando maior privacidade. A nova Fraga & Urze é um edifício com duas casas, a Urze, com tipologia T1 e preparada para hóspedes com mobilidade condicionada e a Fraga, com tipologia T2. Estas duas casas podem funcionar como uma só casa e permitem acomodar 8 pessoas. 

A decoração das casas é simples e confortável. Todas as casas possuem alpendre onde é possível desfrutar de refeições ao ar livre ou reparadoras sestas na rede. O Chão do Rio oferece ainda acesso a bicicletas, trilho interno sinalizado, carros-de-mão, churrasqueiras, forno de lenha, lareira ao ar livre, parque infantil, horta, galinheiro e piscina biológica. São permitidos animais de estimação mediante custo adicional.

Como surgiu a ideia do Chão do Rio? 

O Chão do Rio, mais do que uma ideia, foi um processo de evolução e adaptação às circunstâncias que a vida nos foi apresentando e a um enorme desejo de enraizamento e contacto com a Natureza

Chão do Rio é o nome de registo da propriedade onde está implantado o Chão do Rio – Turismo de Aldeia. Em 2001, eu e o meu companheiro adquirimos um terreno na aldeia de Travancinha, concelho de Seia, onde existia uma ruína de um antigo abrigo de animais, com potencial para recuperação para uma segunda habitação. No entanto, nessa altura, a nossa principal motivação era a compra de um terreno onde pudéssemos plantar árvores, queríamos deixar um legado para as gerações futuras, embora nessa altura ainda não tivéssemos as nossas filhas. Aquela era uma região onde gostávamos de fazer caminhadas (Serra da Estrela) e, por coincidência, foi ali que descobrimos o terreno que desejávamos comprar. No início, íamos lá todas as semanas (vindos de Aveiro), apenas para limpar o terreno, plantar árvores e descarregar do stress da semana. Era uma relação com a terra muito física. Ao fim do dia, saíamos dali cansados, mas felizes. Mais tarde viríamos a recuperar a ruína e transformá-la numa casa de fim-de-semana apenas para nós, e ali passámos a ficar aos fins-de-semana.

Já em 2006, a nossa vida profissional complicou-se e tornou-se difícil suportar os custos de manutenção de um terreno de 8 hectares apenas para nosso deleite. Mas, foi precisamente deste momento de aperto que começou a surgir a ideia de transformar aquele nosso refúgio num refúgio partilhado. Já com essa ideia em mente, fui fazer uma pós-graduação na área do turismo na minha antiga escola de gestão do Porto (a FEP) e numa disciplina de estratégia construí o plano de negócios do então sonhado “Chão do Rio – Estância Rural”. Em rigor, já ali estava quase tudo o que é hoje, mas então era só uma ideia. De qualquer modo, nesse curso percebi que com pouco investimento era possível testar se o nosso Chão do Rio atraía outras pessoas para além de nós. Foi por isso que, em 2010, o Chão do Rio começou a receber hóspedes, sob a forma de alojamento local, nessa altura uma família alugava uma quinta inteira de 8 hectares. Rapidamente percebemos que Travancinha, também para outros, era uma boa base para visitar o destino turístico Serra da Estrela e o desejo de ir mais além instalou-se.

Estávamos em 2011 quando contactámos a ADRUSE (Gabinete de Apoio à Ação Local da região) e descobrimos que, daí a 15 dias, iria acabar talvez a nossa grande oportunidade de fazer crescer o Chão do Rio. Nesse momento, aquele plano de negócios do Chão do Rio – Estância Rural, bem como a boa vontade de todos os que acreditaram na nossa capacidade de realização, serviram para completar uma candidatura ao antigo PRODER em apenas 15 dias. Quase um ano depois soubemos que a nossa candidatura havia sido aprovada.

Em 2012 começámos a construção e em 1/8/2014 começámos a comercializar o Chão do Rio no booking.com. 

O que os vossos hóspedes mais valorizam na experiência? 

O encantamento muitas vezes acontece no primeiro olhar, muitos relatam a sensação de entrar numa aldeia de fadas, que predispõe ao espanto. A natureza presente de forma não artificializada, faz outra parte importante do trabalho, ao variar com as estações e propiciar diferentes sensações consoante a época. Finalmente, a equipa sempre disponível e genuinamente envolvida, de uma forma simples contribui para um momento memorável. Depois há momentos especiais, como o facto de a chegada do pão quente acontecer pelas 5 da tarde, pelo momento do check-in, estando o cabaz de pequeno-almoço do dia seguinte já disponível na casa, que propicia logo um dos pontos altos: o lanche.

 

Dispõem de uma piscina biológica. Podem explicar-nos um pouco melhor no que consiste? 

Uma piscina biológica é a recriação artificial de um ecossistema natural. É um lago para banhos, onde a qualidade da água se obtém através de jardins aquáticos com plantas purificadoras, de um maior volume de água por banhista do que seria numa piscina convencional e através a circulação permanente da água. 

Tratando-se de uma água não tratada, a nossa ação é sempre indireta, favorecendo a saúde das plantas, para que estas assegurem a qualidade da água. E a qualidade vê-se bem pelas inúmeras libelinhas que ali nascem. Como onde há água pura, há vida, à piscina são atraídos muitos seres que contribuem para o equilíbrio do ecossistema, sendo os mais visíveis os anfíbios, como as rãs ou tritões.

Como incorporam a sustentabilidade no vosso espaço? 

A nossa política de sustentabilidade define medidas em diversas áreas:

Promovemos a biodiversidade…

Estamos a recuperar um bosque de folhosas na nossa quinta, plantando bolotas de Carvalhos autóctones;

Criámos corredores ecológicos para a circulação das espécies selvagens, através de espécies arbustivas locais;

Criámos zonas húmidas como o nosso “Brejo das Libelinhas” e a nossa Piscina Biológica;

Criámos zonas abrigo para animais selvagens como coelhos e lebres;

Recuperámos a frente ribeirinha da nossa propriedade.

Incentivamos experiências amigas do ambiente…

Os nossos hóspedes recebem diversas propostas de experiências através de parceiros locais, como massagens à sombra de carvalhos, workshops de fotografia, Caminhadas na Serra, Passeios a Cavalo e passeios no rio em Stand Up Paddle Board.

Disponibilizamos bicicletas de utilização gratuita para passear na propriedade ou na aldeia de Travancinha;

Criámos um trilho pedestre por onde os nossos hóspedes são convidados a caminhar, despertando para a magia da natureza;

As crianças podem apanhar ovos do galinheiro, legumes da nossa horta biológica, dar de comer às ovelhas “Flor” e “Estrela” ou divertir-se em passeios de carro-de-mão;

Os mergulhos entre nenúfares, libelinhas e rãs na nossa piscina biológica são inesquecíveis;

As zonas de piquenique, o forno de lenha e as churrasqueiras, transformam as refeições em saborosos momentos lúdicos de comunhão com a natureza;

Convidamos os nossos hóspedes a explorar a natureza em todos momentos, entregando-lhes uma lanterna para caminhadas noturnas.

Divulgamos o património local e contribuímos para o desenvolvimento da região…

O nosso cabaz de pequeno-almoço inclui uma grande variedade de produtos endógenos;

Na nossa loja de recordações vendemos artesanato local;

Na nossa receção são prestadas informações sobre a região;

Participamos ativamente na divulgação da Aldeia de Travancinha através de reportagens fotográficas profissionais dedicadas aos seus pontos de interesse turístico;

Os nossos hóspedes são convidados a conhecer e consumir nos estabelecimentos da aldeia e localidades vizinhas;

Integramos uma rede de parceiros locais que oferece experiências de animação únicas, abdicando de quaisquer comissões de intermediação…

Em momentos de renovação dos nossos equipamentos, doamos materiais em bom estado de conservação a instituições de cariz social localizadas nas proximidades do Chão do Rio.

Reduzimos os impactos ambientais mais adversos…

As casas do Chão do Rio confundem-se com a paisagem natural pela utilização de telhados de origem vegetal, construídos com recurso a materiais provenientes da limpeza dos terrenos envolventes.

todas as construções foram realizadas com materiais sustentáveis, tais como como pedra proveniente de demolições locais e madeira;

O aquecimento da água é realizado através de painéis solares;

Os nossos esgotos estão ligados à estação pública de tratamento de águas residuais;

O nosso aquecimento é realizado através de recuperadores de calor a lenha;

Reciclamos e incentivamos à reciclagem em cada uma das nossas casas, através da colocação de eco-pontos;

A iluminação é efetuada com lâmpadas Led;

A iluminação exterior é reduzida ao mínimo para evitar o consumo energético e a poluição luminosa;

O nosso “jardim” é um prado espontâneo que não carece de rega;

O nosso galinheiro é móvel, evitando a desertificação do solo e contribuindo para o enriquecimento natural da alimentação das nossas galinhas;

A manutenção dos espaços exteriores é realizada com recurso a meios manuais e mecânicos, nunca sendo utilizados pesticidas;

A nossa piscina principal é biológica, sendo o seu equilíbrio assegurado através da recriação de um ecossistema natural, onde as plantas garantem a purificação da água;

As nossas aménities são sabonetes artesanais produzidos na região, recorrendo a matérias primas locais;

O papel higiénico e os guardanapos são 100% reciclados e de origem nacional;

Os nossos hóspedes tem a opção de não trocar as toalhas diariamente, por forma a ajudarem-nos na redução do consumo de água e detergentes;

Reduzimos ao máximo a impressão de materiais publicitários em suporte de papel, privilegiando outros meios de divulgação de menor impacto ambiental;

Um fator de decisão essencial nos nossos consumos é o número de quilómetros percorridos. Sempre que possível, compramos localmente.

O vosso cliente tipo é português ou internacional? O respeito pelo ambiente é fator crítico de escolha?

Os nossos hóspedes são desde o início, na sua maioria, provenientes do mercado nacional, maioritariamente das cidades de Lisboa e Porto. Na sua maioria, são hóspedes com uma grande sensibilidade para as questões ambientais e fascinados pela natureza. Mas também são famílias onde mais que o fascínio pela natureza, a sua falta os atrai até nós. Todos, em maior ou menor grau, de forma consciente ou inconsciente, necessitamos de um contacto com o meio natural não possível nas cidades e daí a atração pelo nosso espaço.

 

Têm ações, ou planos, relacionados com a atuação sustentável que gostassem de destacar?  

Sim, um dos nossos projetos mais acarinhados é a nossa “Floresta do Futuro”. Cerca de metade da área total da propriedade do Chão do Rio (4 hectares), constitui uma área de reserva de natureza, onde estamos a recuperar uma Floresta autóctone. Esta área era anteriormente ocupada por uma mata de pinheiro manso, que o fogo em Outubro 2017 destruiu completamente. Desde então este espaço tem sido semeado e plantado com uma floresta autóctone, com o apoio de escolas, do Centro de Interpretação da Serra da Estrela e da Casa Santa Isabel. Este espaço que apelidamos Floresta do Futuro, por ser uma floresta para quem vem depois de nós, é pretexto de encontro e reflexão alargada, no nosso “dia aberto, um dia pela Floresta”, um evento aberto à comunidade por altura do aniversário dos fogos. Este ano a pandemia suspendeu o evento que pretendemos retomar já no próximo ano.

Catarina Vieira 

Natural de Aveiro, Catarina Vieira licenciou-se em Gestão na Faculdade de Economia do Porto. Em 2012, na Serra da Estrela concretizou a sua vocação empreendedora, integrando a paixão pela natureza, a vontade de fazer a diferença e os conhecimentos académicos adquiridos. O Chão do Rio – turismo de aldeia, foi o sonho concretizado através de uma unidade de turismo rural de pequena escala, localizada na aldeia de Travancinha, no sopé da Serra da Estrela! Desde a sua criação, o Chão do Rio tem desenvolvido um reconhecido trabalho em prol do Turismo Sustentável, tendo se tornado na primeira Unidade de Turismo Rural em Portugal a receber a Certificação “Biosphere Sustainable Tourism” em 2018 e foi vencedor dos Prémios AHRESP 2019 na Categoria Sustentabilidade Ambiental. 

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Desde o seu lançamento em 2018, que o TransforMAR já retirou mais de 110 toneladas de plástico das praias portuguesas, assumindo o compromisso de transformar o material num benefício direto para a comunidade – nomeadamente, em aparelhos para a prática de atividade física e mobiliário urbano, entregues às Câmaras Municipais das praias aderentes na 1ª e 2ª edição (2018 e 2019), e em donativos para Instituições Sociais, na 3ª e 4ª edições (2020 e 2021).

Nesta sua última edição, o TransforMAR, conseguiu retirar mais de 50 toneladas de plástico das praias portuguesas, evitando que o seu destino final fosse o mar, rios e lagos. A iniciativa esteve presente em 15 praias marítimas e 05 praias fluviais, de norte a sul do país, entre os meses de julho e setembro de 2021, através da disponibilização de um depósito próprio para colocação dos resíduos de plástico e metal produzidos pelos veraneantes. Durante todo o ano, nomeadamente fora da época balnear, e em parceria com a Brigada do Mar, que se juntou ao TransforMAR em 2020, foram realizadas mais 30 ações de limpeza em praias e também em zonas não concessionadas.

O plástico recolhido nesta edição será convertido em donativos que visam para apoiar projetos locais de impacto ambiental de 20 Instituições Sociais selecionadas pelas Câmaras Municipais onde o TransforMAR esteve presente.

Promovido pelo Lidl Portugal e pelo Electrão, em parceria com a Brigada do Mar, Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE), Quercus e Agência Portuguesa do Ambiente (APA), este projeto tem como objetivo sensibilizar os veraneantes para a importância de uma boa conduta ambiental em praia e para os princípios da economia circular – através da recuperação, reutilização, reciclagem e redução do desperdício de materiais plásticos.

O representante da Brigada do Mar, Simão Acciaioli, que se juntou ao TransforMAR em 2020, sublinha que “o projeto TransforMAR permite a Brigada do Mar descontaminar e proteger cada vez mais a orla costeira e a diferença nota-se onde atuamos, há muito por fazer, mas muito esta a ser feito; no TransforMAR somos um.”

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