Autor

Marta Belchior

Integrado no Projeto INTERREG EUROPE PriMaaS – Prioritizing low carbon mobility services for improving accessibility of citizens, com a coordenação da Universidade de Aveiro, o evento é composto de conferências temáticas e seminários de capacitação em mobilidade inteligente de baixo carbono.

Realizado em formato virtual atendendo ao contexto pandémico, o evento reúne parceiros de Portugal, Itália, Roménia, Finlândia, Suécia e Alemanha, e visa promover a aplicação de novas tecnologias para impulsionar um uso eficiente das infraestruturas e dos sistemas de transporte.

Neste âmbito, serão apresentados e debatidos conceitos inovadores de mobilidade enquanto serviço, numa perspetiva de serviços de mobilidade equitativos verdadeiramente centrados nas necessidades dos cidadãos e com baixa pegada carbónica.

De acordo com Jorge Bandeira, coordenador do projeto PriMaaS na Universidade de Aveiro, “os parceiros do programa pretendem tirar partido da digitalização para melhorar a eficiência dos transportes, através de integração de serviços de mobilidade em plataformas comuns e personalizáveis. Queremos que estes instrumentos sejam desenhados desde o início para que melhorem a qualidade de vida dos cidadãos e para que minimizem efetivamente os impactos negativos dos transportes. Projetos como o PriMaaS interligam numa mesma plataforma associações não governamentais, autoridades de gestão, municípios, centros de investigação e universidades e permitem-nos estabelecer novas ponte entre a Ciência e Tecnologia, a Política e a Sociedade”. 

O evento é composto pelas conferências temáticas “European Cooperation towards Smart and Integrated Mobility” e “ICT and automation towards sustainable mobility” complementadas pelos seminários de capacitação “COVID-19 and mobility – New challenges and solutions” e “Linking urban and rural areas”. 

Estão confirmadas as intervenções de especialistas na área da mobilidade, como Orla MccCarthy, Analista do International Transport Forum, Brian Masson, Especialista de Transportes na Multi Modal Transport Solutions Ltd e Consultor no World Bank, João Vieira, Diretor de Estratégia e Inovação da Carris, Gonçalo Correia, Professor Associado na TU Delft e Diretor do hEAT lab, e Domokos Esztergar-Kiss, Investigador da Budapest University of Technology and Economics.

Portugal tem como entidades parceiras deste projeto a Universidade de Aveiro, parceira líder, e a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra. A organização do evento conta com o apoio da consultora de inovação INOVA+.

A agenda completa do evento pode ser consultada aqui

O registo para o evento pode ser efetuado aqui

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2021 traduziu um ano de incerteza na vinha, com desafios que obrigaram os viticultores a um cuidado especial e adaptado às condições de cada momento de um ano que para a viticultura foi sempre imprevisível. Ainda assim, as mais de 150 famílias de produtores locais que trabalham lado a lado com o Soalheiro, apesar das condições irregulares a que foram sujeitos, basearam-se num conhecimento profundo  do lugar e do tempo que passa de geração em geração para, neste ano difícil, conseguirem uvas com características singulares como o ano que as viu nascer, com a qualidade de sempre, dando origem a uma colheita mais fresca e ideal para trabalhar na adega uma característica cada vez mais valorizada pelo Soalheiro: a precisão.

Os vinhos do Soalheiro têm como objetivo primordial refletir o Território de onde nascem e as características únicas de cada ano, mantendo a consistência e a identidade, sendo o exemplo paradigmático disso o Soalheiro Clássico: não muda, reinventa-se. Um vinho intemporal que é o porta-estandarte da veia inovadora do Soalheiro, sendo que este carácter reflete-se também no compromisso para com a sustentabilidade: depois de no ano passado ter estreado a garrafa de design eco-eficiente que entretanto se alargou a quase todas as outras referências, este ano é p primeiro vinho da marca a receber a certificação vegan. Apesar de já o ser há muitos anos, este reconhecimento vem estimular a organização de procedimentos internos, refletindo-os externamente e, ao mesmo tempo, assegurar a confiança do consumidor. Reforçando o seu posicionamento como um vinho mais inclusivo e totalmente adaptado às exigências dos mais diversos perfis de consumidor, este reconhecimento soma-se às certificações já detidas pela marca, nomeadamente em investigação e desenvolvimento, ambiental, entre outras. 

Para Luís Cerdeira, gestor e enólogo do Soalheiro,a sustentabilidade e a conservação da essência dos processos de produção é parte da nossa natureza, resultado do nosso respeito pelo Território e por aquilo que ele nos oferece. Abraçámos já a certificação biológica das nossas vinhas, o que nos permitiu, também, aumentar o conhecimento e a biodiversidade nas parcelas. A certificação ambiental é reflexo do desenvolvimento de uma consciência coletiva de toda a nossa equipa. E a certificação vegan vem, agora, atestar aquilo que temos vindo a cumprir, desde há vários anos, e que reforça o caráter do Soalheiro como marca que aposta no conhecimento para promover a inovação e a inclusão”.

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Conversamos com Pedro Santos, um dos fundador da White Stamp (uma plataforma que promove a economia circular),  sobre a necessidade de massificar hábitos de consumo circulares na indústria da moda.

Como surge a ideia de criar a White Stamp e qual a origem do nome? 

A ideia de criar a White Stamp surgiu com a conjugação de dois elementos: 

  1. Necessidade pessoal – tal como para um grande número de consumidores, os nossos roupeiros estavam repletos de artigos em perfeitas condições para continuarem a ser  utilizados mas, estação após estação, permaneciam parados. Embora a doação seja uma  solução extremamente nobre, por vezes sentimos que muitos desses artigos podiam ser capitalizados. No entanto, o processo inerente à venda nas plataformas existentes é  demorado e não oferece garantias de sucesso.
  2. Propósito – fazemos parte de uma geração que quer adicionar valor e fazer melhor do que  se fazia no passado. Hoje, que temos o conhecimento e as ferramentas para o fazer, seria  quase irresponsável não tentar! Assim, embarcámos na missão de criar uma solução simples,  rápida e segura para capitalizar os artigos de moda parados nos roupeiros de todos nós. 

A White Stamp, como conceito, passou por várias fases até se tornar no que é hoje. No  entanto, uma ideia era comum às diferentes versões: a colaboração é fundamental para  aumentar a probabilidade de sucesso na construção de um futuro melhor. Este “carimbo” é  a nossa forma de juntar aqueles que acreditam que podemos fazer mais na luta contra o desperdício têxtil. 

A White Stamp é uma plataforma que contribui para a economia circular. Fale-nos um pouco sobre o Programa SELL 1 BUY 1, e como é que as pessoas podem aderir a este conceito. 

Estima-se que cada Europeu tenha, em média, um pouco mais de 1,000€ parados no roupeiro.  De acordo com o nosso trabalho de pesquisa, 96% dos consumidores gostaria de vender estes  artigos com mais frequência, mas apenas 7% o faz. O motivo para este número tão baixo  explica-se pela complexidade, tempo e incerteza inerentes às soluções atuais. Num mundo  em que o tempo livre é uma commodity rara, fotografar artigos, descrevê-los em detalhe,  negociar, partilhar dados pessoais e marcar encontros com potenciais interessados – tudo  isto sem garantia de sucesso na venda – torna a venda de artigos usados pouco apetecível. 

O programa Sell 1 Buy 1 resolve estes problemas associando a experiência de revenda ao  momento de compra. Através deste programa, é possível trocar artigos de moda que já não utilizamos por crédito para descontar nas marcas aderentes ao programa (e.g. Havaianas,  Play Up, Näz, Armazém das Malhas). 

Para tal basta: 

  1. Aceder ao website de qualquer marca aderente ao programa e clicar no botão “Sell 1  Buy 1” que se encontra no menu principal;
  2. Completar 8 campos de descrição pré-preenchidos (e.g. marca, tamanho, estado) – após este momento será apresentada a cotação que oferecemos pelo artigo; 3) Optar por recolha gratuita ou entrega gratuita (em qualquer loja/ponto CTT).

Os artigos são verificados assim que chegam até nós e o crédito fica imediatamente disponível  para ser utilizado. 

O cliente só precisa de: 

  1. Aceder à página Sell 1 Buy 1 da marca aderente onde pretende utilizar o crédito;
  2. Criar um código de desconto com o crédito disponível; 
  3. Inserir o código de desconto no carrinho de compras da marca aderente. 

Se queremos promover o hábito de vender usado sempre que se compra novo, é essencial  tornar o processo o mais simples e “user friendly” possível. É por esse motivo que acreditamos  que o acesso deve ser feito, essencialmente, por via das marcas que já fazem parte da rotina  de consumo do utilizador. É também por isso que, mais do que da White Stamp, o programa  Sell 1 Buy 1 é das marcas aderentes. 

Nota: Lista completa de marcas aderentes ao programa Sell 1 Buy 1 aqui.

 

Qual tem sido a adesão à plataforma por parte das pessoas? 

O feedback e adesão registados até ao momento têm superado todas as expectativas, com  taxas de crescimento muito significativas desde a data de lançamento do programa (final de  2020). 

Na perspetiva das marcas, o processo de adesão é muito simples – em menos de 1 dia  conseguimos ter o programa operacional. Simultaneamente, não há qualquer custo associado  à manutenção, que é feita essencialmente pela White Stamp. As marcas aderentes ganham  acesso a um programa que promove a circularidade sem necessitarem de ajustar o modelo  de negócio ou alocarem tempo e recursos à sua implementação/manutenção. 

O conceito de oferecer um desconto com propósito é algo muito apelativo para as marcas,  na medida em que, cada vez mais, está alinhado com o seu ADN e, simultaneamente, vai ao  encontro das exigências do consumidor atual (85% dos Millennials acredita que é muito  importante que as empresas implementem programas que promovam a sustentabilidade ambiental). 

Para as pessoas, o programa Sell 1 Buy 1 resolve o problema da acumulação de artigos  parados no roupeiro, ao mesmo tempo que promove a adoção de práticas de consumo mais  conscientes e sustentáveis, associando um desconto com um propósito nas suas marcas de  moda favoritas. 

A Havaianas juntou-se recentemente à White Stamp. No que consiste esta parceria? 

A parceria com a Havaianas funciona nos mesmos moldes que qualquer outra marca aderente  ao programa Sell 1 Buy 1. Ou seja, o utilizador pode trocar artigos usados por crédito para  descontar em compras na Havaianas. Para tal, basta aceder ao website da Havaianas, clicar  no botão Sell 1 Buy 1 e seguir os passos apresentados.

A Havaianas tem, efetivamente, uma projeção internacional e um nível de maturidade que  nos permite explorar outras oportunidades – algo que está a ser explorado e testado e que,  a seu tempo, será certamente implementado. 

De momento, o foco passa por garantir que a experiência proporcionada ao utilizador excede  as suas melhores expectativas, promovendo uma utilização regular do programa. 

 

Para além do core business, participam em mais alguma iniciativa que promova a sustentabilidade ambiental? 

A reutilização, complementada com a consciencialização, é a principal solução da White  Stamp para a poupança de recursos naturais escassos. Mais de 90% dos artigos que chegam  até nós são reintroduzidos no mercado de 2ª mão através de parceiros que operam nesta  área. No entanto, nem todas as peças que recebemos cumprem com os critérios de venda do  mercado de segunda mão. Por este motivo, estabelecemos parcerias que permitem adiar ao  máximo o descarte precoce ou a reciclagem de artigos em menos bom estado, como sejam a doação ou o reaproveitamento de tecidos para a criação de têxteis para o lar. 

Simultaneamente, estamos ativamente a trabalhar no desenvolvimento de sinergias (desde  a consultoria especializada à produção) que nos permitam apresentar soluções a todos os  participantes do ecossistema Sell 1 Buy 1 interessados em fortalecer a circularidade dos seus negócios.  

Quais são os próximos passos para a White Stamp? 

Criar o hábito de vender usado sempre que se compra novo é a ambição principal da White  Stamp. No entanto, para que essa dinâmica exista, é essencial que o programa esteja  disponível nas marcas que compõem a rotina de compra dos consumidores. Por isso, a criação  de novas parcerias é algo que estará sempre presente nos nossos planos. 

Para exponenciar o crescimento deste ecossistema, estamos a trabalhar em “1-click  solutions”, o que tornará a integração em marcas parceiras ainda mais rápida e o  funcionamento do programa ainda mais intuitivo. 

Em simultâneo, porque acreditamos que esta é uma proposta que se enquadra muitíssimo  bem num segmento crescente de consumidores, passa pelos nossos planos apostar de forma  estruturada noutros mercados europeus, sendo que Espanha e Alemanha são dois países  estrategicamente relevantes para a White Stamp. 

Pedro Sobral Santos

Após licenciatura em Gestão de Empresas pela Universidade Católica Portuguesa e Pós Graduação em Finanças pela mesma instituição, Pedro Santos seguiu para Londres  acompanhado de ambição e inocência. Na altura o contacto com a moda ficava-se pela ótica  do consumidor, mas a obsessão pela otimização e inovação sempre estiveram no ADN. O  percurso de quase 10 anos em Inglaterra passou sempre pela banca (Santander UK e Lloyds Banking Group) em áreas como Estratégia e Customer Insights. O regresso a Portugal deu-se  em 2018 com o objetivo de total dedicação à conceção e desenvolvimento da White Stamp.

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A NOS melhorou o seu desempenho em sustentabilidade face a 2020 e obtém agora a sexta classificação mais alta no sector das telecomunicações na Europa, segundo a última avaliação de ESG (ambiental, social e governança) conduzida pela Moody’s ESG Solutions, um provedor de dados e avaliações especializado nestas áreas.

Na edição de 2021, a NOS foi classificada com o nível “Advanced”, obtendo uma pontuação de 63 em 100. A Moody’s ESG Solutions analisa  mais de mil empresas a nível europeu, 35 das quais na área das telecomunicações 

A pontuação obtida pela NOS reflete uma subida de três pontos face a 2020, destacando-se uma melhoria de desempenho nas dimensões Ambiente e Social, com pontuações de 69 e 66 respetivamente, muito acima das médias setoriais de 46 pontos em ambas as dimensões, o que traduz as melhores práticas e iniciativas implementadas transversalmente na Organização. Na dimensão de Governance, a NOS alcançou uma pontuação de 53, que compara com uma média do setor de 48.

Incidindo nas dimensões Comportamento da Empresa, Direitos Humanos, Ambiente, Envolvimento com a Comunidade, Governo da Sociedade e Recursos Humanos, esta avaliação de ESG classifica a capacidade de as empresas integrarem fatores de sustentabilidade na sua estratégia e práticas de gestão, com o propósito de promover o crescimento económico, o investimento responsável e a criação de valor a médio e longo prazo. 

Objetivos e metas de redução de energia e emissões NOS

Em dezembro, a NOS obteve a aprovação dos seus objetivos de redução das emissões de gases com efeito de estufa (GEE) pela Science Based Targets initiative (SBTi). As novas metas assumidas pela operadora estão alinhadas com as trajetórias de redução de emissões definidas pela ciência climática como necessárias para limitar o aumento da temperatura global a 1,5º C, objetivo fundamental do Acordo de Paris. Reconhecida internacionalmente, a SBTi avalia e aprova objetivos de redução de base científica assumidos pelo setor empresarial, acelerando, assim, a transição para uma economia de baixo carbono.

A NOS compromete-se a reduzir, até 2030, as suas emissões de âmbito 1 e 2 (emissões associadas à operação própria) em 90%, em relação aos valores de 2019. No mesmo período, a empresa compromete-se também a reduzir as emissões de âmbito 3 (emissões que ocorrem a montante e a jusante, na cadeia de valor) em 30%.

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Ricardo Cabral, CEO da NATURLUV, conversou connosco sobre o seu projeto de pastelaria 100% saudável, sem glutén, sem lactose, sem açúcares refinados e vegana.

Como surge a NATURLUV e no que consiste? 

A NATURLUV nasceu, primeiramente, da nossa própria necessidade de querermos comer um doce mas que fosse mais saudável. Eu e a Márcia, já a alguns anos, começamos a preocupar-nos com a nossa saúde e estilo de vida. Começamos a treinar e a ter mais cuidado com a nossa alimentação. A nível das refeições não encontrámos muitas dificuldades, pois Portugal, felizmente, tem disponível bastante comida deliciosa e saudável… Apenas tivemos de fazer algumas alterações, principalmente, cortar os alimentos processados e substituí-los por alimentos mais naturais. Nos supermercados encontramos algumas soluções… Agora a nível dos doces foi inicialmente mais complicado. 

A Márcia, por exemplo, tendo passado por um distúrbio alimentar, tinha muita aversão a qualquer tipo de bolo tradicional, pois sabia que estavam carregados de açúcares e hidratos de carbono vazios. Apesar de o distúrbio manifestar-se como uma percepção exagerada dos efeitos deste tipo de alimentos, não deixava de ter razão. Então, inicialmente comecei eu por experimentar e criar doces saudáveis em casa para podermos comer descansados, sem culpa. Admito que nem todas as experiências correram bem, mas foram melhorando com as tentativas. A Márcia, que é engenheira alimentar,  também começou a ter mais interesse sobre o tema e a pesquisar receitas e ingredientes. E, assim, fomos aperfeiçoando, em conjunto, a culinária diária. 

Nesta fase da nossa vida, estávamos também ambos descontentes com a nossa situação profissional e sempre tivémos ambição de ter algo nosso, construído por nós. Reparámos que nos cafés, restaurantes, mesmo nos supermercados não havia doces que fossem saudáveis e deliciosos. Aliamos o útil ao agradável, e decidimos ir em frente com o projeto! 

A NATURLUV é uma pastelaria online saudável, que se foca na produção de sobremesas e doces sem glúten, vegan e sem açúcares refinados. Demos este nome, porque representa o nosso processo pessoal, de voltar a desfrutar do que a natureza já nos dá… Ingredientes naturais e saborosos! Amor à Natureza! 

Vendem produtos destinados a pessoas com algumas restrições alimentares. Sente que  este tipo de mercado tem crescido cada vez mais? 

As restrições alimentares sempre existiram… Na nossa perspectiva, hoje em dia, dois fatores estão a contribuir exponencialmente para o seu crescimento: o aumento do número dos diagnósticos, pois mais pessoas estão a ser acompanhadas devidamente pelos seus médicos e as mudanças negativas na qualidade em geral dos alimentos disponibilizados nos mercados, como p.e. os conservantes artificiais. Devido a este fator, têm surgido várias intolerâncias alimentares, como à lactose, proteína do leite de vaca e ovos, ao glúten…

Felizmente existe um movimento incontestável de maior consciencialização, procura e oferta de soluções para os vários tipos de restrições alimentares que as pessoas cada vez mais encontram e descobrem e do qual orgulhosamente fazemos parte.

Utilizam ingredientes naturais no fabrico dos vossos doces, sem artificiais e conservantes e  preferencialmente, por matérias-primas biológicas, farinhas integrais. Sentem que as  pessoas valorizam esse aspeto? 

A procura de alimentos mais saudáveis e naturais tem aumentado nos últimos anos. As pessoas nunca estiveram tão conscientes e nunca deram tanto valor à qualidade dos alimentos que consomem, isto porque cada vez mais descobrimos a íntima ligação entre a nossa alimentação e o nosso bem estar, não só físico como psicológico e mental. Uma alimentação mais selectiva é parte de muitos estilos de vida emergentes na sociedade moderna, quer a pessoa esteja interessada em fitness, quer seja uma escolha ética, como tornar-se vegan ou até simplesmente um pai ou mãe a querer dar um melhor desenvolvimento aos seus filhos. Estamo-nos a aperceber e são já, na minha opinião, críticos e graves, os efeitos do consumo habitual de alimentos processados, com baixo valor nutricional. Veja-se que de acordo com a Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade (SPEO), 34,8 por cento da população portuguesa é pré-obesa e mais de metade da população (57,1%) está perante uma situação de obesidade/excesso de peso. Segundo um relatório da OCDE, Portugal era em 2019 o segundo país com uma maior taxa de prevalência de diabetes na UE, com cerca de 9,8% a terem a doença.

O conceito da NATURLUV está, já em si, a promover um consumo consciente. Participam  em algumas iniciativas relacionadas com a sustentabilidade, para além, do vosso core  business? 

Começámos por estruturar o nosso negócio, diferentemente das pastelarias tradicionais, funcionando apenas com pré-encomenda de forma a evitar o desperdício alimentar. Além disso, tudo na nossa pastelaria, é aproveitado. Desde o resíduo do leite vegetal, às cascas de fruta… São englobados nas várias receitas e tentamos, assim, ao máximo minimizar, o lixo orgânico, que se acumula bastante neste tipo de negócios. Tentamos ao máximo evitar o uso de plásticos, optando por embalagens compostáveis e papel alimentar 100% biodegradável. 

 

Quais os próximos passos para este projeto? 

Queremos apostar mais na área do digital, nomeadamente, produtos informáticos e educativos, com informação baseada em factos científicos. Este é um fator crucial, que queremos trazer para a vida das pessoas! A informação disponibilizada na internet tem, infelizmente, ainda o problema de por vezes ser contraditória ou mesmo falsa. O fenómeno da desinformação já se tornou parte da nossa consciência como consumidores. Tendo oportunidade em mãos… queremos fazer parte da solução! 

Ricardo Cabral

Ricardo é um jovem empreendedor de 28 anos, nascido em Portimão e crescido na Margem Sul, de ascendência portuguesa e angolana. Dedica a maior parte do seu tempo a construir o seu sonho de ter um negócio de sucesso, contribuindo para um mundo melhor. Nos seus tempos livres, gosta de estar com a família, passear com a namorada, praticar exercício físico, desbravar caminhos com o seu cão e aprender sobre história, ciência e tecnologia.

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Estamos a falar de cães particularmente, que passam toda a vida acorrentados, muitas das vezes sem condições nenhumas, ao sol, á chuva, isolados, sem qualquer contato social, simplesmente muitos deles a espera da morte, presos a “bidons” ou a casotas sem o mínimo de espaço ou condições. Existe de facto um problema de consciência, de falta de noção, que estes animais sofrem como nós, que precisam de estar abrigados, em algum lugar seguro, que precisam de estar em contato social, para não serem agressivos pela falta de liberdade. Infelizmente estas situações ainda ocorrem nos dias de hoje em Portugal, embora as mentalidades estão cada vez mais sensíveis ao bem-estar Animal.

Portugal relativamente a estas práticas e outras, ainda é um país retrógrado, em qualquer país na Europa, existem leis onde o acorrentamento é proibido, e as leis são cada vez mais exigentes no que toca aos animais. O partido Animalista Português (PAN), assegurou uma proposta pelo fim das correntes, onde consistia um plano de desacorrentamento “nenhum animal pode ser permanentemente acorrentado ou amarrado” “não é admissível que um animal de companhia possa ser mantido acorrentado uma vida inteira” na Assembleia da República, esta proposta foi  aprovada pelo Bloco Esquerda, e rejeitada pelas demais bancadas. 

O que falta por cá, sem dúvida, são campanhas de sensibilização, tentar que se modifique as mentalidades no que toca as correntes, e principalmente que os tutores tenham a consciência que é preciso que os animais precisam de ser  passeados, de socializar, saber o que é um árvore, uma criança etc. para além do mais é fundamental que os detentores criem condições para estes animais estarem em conjunturas mínimas de alojamento.  

Mas nem tudo são más notícias. Em 2017 foi criado um Movimento de sensibilização por Tânia Mesquita (Quebr´a Corrente) em Santarém. Trata-se de uma Movimento, constituído por voluntários com o apoio de médicos veterinários, e entidades locais onde o objetivo é sensibilizar os detentores a libertarem os seus animais de modo a que estes possam usufruir de mais liberdade. Para além do mais, este Movimento transmite uma mensagem de carinho, e informa que os animais precisam de liberdade, exercício, socialização e cuidados de saúde, mas também que estão dispostos a ajudar numa vedação em áreas exteriores se possível. Em crescimento um pouco por todo o país, tem-se vindo a observar que esta conjunção de pessoas voluntárias têm feito um excelente trabalho no que toca a este assunto. Os resultados são cada vez mais visíveis, observa-se que as pessoas estão mais atentas a esta questão das correntes e que estão dispostas a modificar esta situação dos animais, criando assim mais condições para o seu bem-estar. 

Ainda sobre a sensibilização, este movimento tem-se localizado nas escolas para chamar a atenção para o problema dos cães acorrentados, pois segundo o  Movimento existe um enorme potencial dos jovens enquanto agentes de mudança.

Os que realmente fazem isto desta forma são pessoas “ricas” na vida, porque já descobriram o quão prazeroso é colocar a felicidade do Outro (seja ele de que espécie for), acima da sua própria felicidade.”  – Marlene dos Santos

 

Este é um artigo de opinião de Sandra Parreira.

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Os animais têm direitos de serem cuidados e protegidos pelo homem. A FALA faz um trabalho importante, composta por cidadãos e cidadãs comuns, que trabalham por amor e voluntariamente em prol dos animais através do seu ativismo como eventos locais e nacionais e campanhas de sensibilização nas redes sociais.

Como surgiu a ideia de criar a NARD?

A NARD (The National Animals Rights Day/Dia Internacional dos Direitos dos Animais) é um evento internacional que celebrou este ano a 11º edição e que acontece em mais de 50 cidades do mundo, todos os anos. Idealizada e organizada pela Organização Our Planet Theirs Too, dos EUA, teve a primeira edição em 2011 com o propósito de dar voz aos animais e despertar consciência global relativamente aos direitos dos animais. Pretende ser uma celebração e uma homenagem aos milhões de animais mortos anualmente pelos humanos, nas mais variadas formas de exploração – consumo, testes em animais, uso de peles/lãs, etc. Ao chamar a atenção para os direitos dos animais pretende também educar para alternativas à exploração e crueldade animal que é praticada.

Este ano aceitámos o desafio de organizar o evento pela primeira vez numa cidade portuguesa e o resultado não poderia ter sido melhor. A comunidade saiu mais motivada e comprometida pela causa animal.

 

Quais são as vossas maiores valências no que respeita à proteção dos animais?

A FALA encontra-se em processo de mobilização de ativistas para preencher os seus quadros das diferentes áreas que constituem uma organização sem fins lucrativos e queremos apostar na formação dos/as ativistas para no futuro desenvolvermos projetos de grande eficácia de forma a obter o reconhecimento dos direitos fundamentais para todos os animais. Para já estamos a apostar na criação de uma comunidade saudável e motivada, que achamos ser o
motor para o desenvolvimento do movimento e para a sustentabilidade das pessoas que fazem parte dele. O empoderamento e a capacitação das pessoas da comunidade FALA são a base para um futuro promissor.

Para além do ativismo de rua, que mais ações são desenvolvidas na vossa organização?

A FALA ainda não tem uma imagem de marca, mas tem 3 pilares bem fortes que ajudarão a
construir as ações do futuro.

  • Projeto educativo em escolas para a sensibilização dos mais jovens. Palestras e organização de projeções de documentários. 
  • Formação constante: Acreditamos que temos imenso para aprender com os movimentos do passado de forma a sermos eficazes no presente.
  • Construção de uma comunidade ativista sólida e saudável através de eventos sociais como passeios, desporto ou mesmo visitas a santuários. Reconhecemos que somos mais do que simples ativistas, somos seres dinâmicos com necessidades relacionais profundas, numa atitude proativa para lutar contra o burnout.
  • Somos um coletivo pela libertação animal, mas temos sempre presente a ideia de libertação coletiva, através do desenvolvimento de projetos com interligações de outras lutas como o antirracismo, a luta feminista ou a comunidade LGBTQIA+. Acreditamos que todas as formas de opressão estão interligadas e que o entendimento coletivo desta ideia e a coligação entre as lutas é o único meio pelo qual alcançaremos a mudança social desejada, onde a injustiça social não é aceitável.

 

Qual é a finalidade de utilizar corpos de animais? Sentem que esta ação será reconhecida e compreendida pela sociedade em geral?

Como referimos, a Ação NARD foi idealizada e organizada pela ONG Our Planet- Theirs Too. A finalidade é além de honrar estas vidas vítimas da exploração pela mão humana, sensibilizar as pessoas para o número de mortes que acontecem na realidade devido a diferentes formas de exploração animal. Acaba por ser uma tentativa de celebração – funeral, fechar um ciclo de exploração com homenagem e respeito. Existem vários objetivos neste evento: educar, dar visibilidade a um problema e trabalhar a comunidade e o compromisso da comunidade. É um evento que pode ser catártico para muita gente e pensamos que é impactante o suficiente para conseguir criar algum debate nacional através da cobertura mediática que tivemos assim como com quem passa e vê a performance impactante. Pensamos que de uma forma geral a Ação é compreendida pela sociedade em geral.

Até que ponto a Legislação poderá contribuir para o combate de exploração do consumo Animal?

Embora seja importante, acreditamos que será impossível tornar o mundo um sítio melhor para os animais não humanos apenas com ações de rua ou campanhas online. No entanto, estas são fundamentais para que qualquer campanha de lobby político tenha sucesso. A mudança social deve ser global e imposta pela ciência e vontade popular. É no parlamento que se torna palpável a vontade de um povo.

 

Gostaria de saber se também atuam sobre outros animais que necessitem da vossa ajuda?

A FALA defende os direitos de todos os animais não humanos. Neste momento, e sendo uma organização fundada em 2021, a nossa Ação é mais direcionada para a sensibilização da população, ações pró-direitos dos animais e colaboração com santuários e organizações que apoiam e defendem os animais. Temos projetos a longo prazo que a seu tempo serão comunicados.

Os/As fundadores/as da FALA começaram a desenvolver trabalho em conjunto pela libertação animal em 2017, sob a alçada de uma organização internacional. Com o tempo, fortaleceram laços, partilharam experiências e formaram uma visão comum. Em 2021, decidiram reorganizar-se e criar uma nova imagem, com uma nova missão. Assim nasceu a FALA como a  conhecemos agora — uma organização comunitária, horizontal, baseada em amor e na abordagem da não-violenta.

Qual é o balanço da vossa primeira manifestação em Lisboa?

A NARD foi realizada pela primeira vez em Portugal este ano e o balanço é mais positivo do que esperámos. Tivemos uma equipa de trabalho muito coesa e funcional, o que fez com que corresse tudo muito bem. Recebemos muito feedback positivo por parte dos/das participantes.

Foi um desafio muito grande, pois estivemos sempre a trabalhar à distância, mas consideramos que os resultados foram muito bons, tivemos muita adesão e causámos bastante impacto, que era um dos nossos maiores objetivos.

Podermos fazer parte de uma comunidade tão grande como a NARD, que existe em todo o mundo, é muito motivante para nós.

 

Neste momento até onde a vossa associação pretende chegar?

Somos uma organização recente, não sabemos onde iremos chegar, mas pretendemos criar uma plataforma humana de ativistas motivados, apoiados e potencializados, promovendo uma linguagem positiva e inclusiva. Pretendemos trabalhar em prol dos direitos dos animais, sabendo de todas as limitações que a luta pela causa impõe.

Somos uma equipa de vários locais do país, de várias idades, de distintas áreas profissionais e que ao longo dos últimos anos se foi especializando em várias áreas dentro do ativismo pelos animais. O facto de sermos pessoas muito diversificadas faz com que o nosso trabalho seja também diferente e tenha várias possibilidades, e estamos sempre disponíveis a aprender.

Tentamos compreender os vários lados das pessoas que nos acompanham, não só dentro da comunidade ativista e vegana mas também para quem está em transição, ou apenas quem é curioso, o que poderá ser o início de uma mudança na vida dessa pessoa. Essa visão é também partilhada sobre as pessoas que fazem parte da indústria que combatemos. Acreditamos que o nosso papel é o de facilitar a transição das e dos trabalhadores da indústria tendo em conta as suas necessidades de sobrevivência. A FALA, independentemente de ter uma abordagem compassiva e de esforço de entendimento entre as diferentes fações, vai desenvolver campanhas audaciosas que visarão o fim de práticas bastantes específicas, com vitórias concretas para os animais.

Qual é o vosso maior objetivo?

Queremos vitórias concretas e palpáveis para os animais. De um ponto de vista mais geral, o nosso objetivo é desenvolver trabalho para que seja possível um futuro onde os seres sencientes não são vítimas de exploração humana e lhes são  reconhecidos direitos inerentes a seres que sentem e têm direito à vida e a ser defendidos. 

 

Quem quiser ajudar a vossa associação como poderão fazê-lo? 

Poderão:

  • seguir-nos nas nossas redes sociais, partilhando os nossos posts e fazendo-nos chegar material inerente à causa animal para podermos partilhar com a comunidade;
  • fazendo parte do nosso património humano, tornando-se ativista pela FALA;
  • contribuindo financeiramente pois neste momento e para manter a independência e valores a FALA não tem financiamento oficial. Para ajudar podem ir a https://opencollective.com/falaorg e fazer um donativo pontual ou na melhor das hipóteses, mensal. Isto permite-nos sonhar com projetos de grande magnitude e o apoio da comunidade é fundamental;

Uma entrevista da autoria de Sandra Parreira

Fez o seu percurso escolar, na Escola Secundaria de Alcanena, e terminou com um CET (Gestão de Turismo) no Politécnico em Tomar Em 2020, interessou-se pela escrita, tem vindo a trabalhar até ao momento em vários projetos do qual se orgulha, pretende transmitir informações sobre o bem-estar Animal. Para além de escrever artigos, trabalha também com Marketing Digital.

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A Meight, startup portuguesa que criou uma plataforma que é capaz de prever, monitorizar e gerir as operações do transporte de mercadorias, nomeadamente a gestão de consumo de combustível e de todas tarefas que são realizadas no terreno, anunciou que fechou com sucesso uma ronda de financiamento Seed no montante de 1,3 milhões de euros.

O financiamento foi liderado sociedade de capital de risco portuguesa Faber e contou ainda com a participação da holding familiar Lusiaves SGPS, da sociedade de capital de risco alemã Superlyst, do European Institute of Innovation and Technology (EIT) e de um sindicato estratégico de business angels, como Ryan Petersen, os fundadores da Unbabel e a sociedade de capital de risco Dispatch Ventures. 

Criada em 2018, a Meight entra no mercado com uma ferramenta única dedicada a auxiliar o trabalho dos motoristas, suportada por uma infraestrutura capaz de gerir proativamente o processo de condução de veículos pesados de carga, com o objetivo de aumentar a sua eficiência e segurança, assim como das várias tarefas acessórias que os motoristas têm de realizar para garantir um bom serviço de transporte de mercadorias. A solução consta de uma plataforma que conecta com os vários serviços existentes, nomeadamente de  telemetria, gestão de recursos, gestão de tráfego, etc… recolhe resultados e, através de machine learning, processa os dados e transmite aconselhamento ativo, e em tempo real, aos motoristas através de um smartphone

O financiamento captado vai permitir à Meight acelerar a sua estratégia de expansão, com enfoque na Alemanha, bem como o seu processo de recrutamento, sobretudo de engenheiros de software, para continuar o desenvolvimento da infraestrutura de dados. 

Com a tecnologia da Meight é possível recolher dados sobre a condução, em todos os percursos a nível mundial, que permitirão criar padrões ideais de condução para aquele veículo, percurso e condutor, comunicando-os ao condutor em tempo real, com a antecedência necessária para que este efetue as manobras sugeridas. Atualmente, a Meight conta já com 20 milhões de quilómetros “percorridos” e pode ser utilizada por 75% das marcas de camiões na Europa. 

Para mais informações: https://www.meight.com/  

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Com as previsões de crescimento populacional, a intensificação do impacto negativo do ser humano no meio natural, a fome e, por outro lado, o desperdício alimentar, é importante que o setor agrícola se consiga adaptar às exigências e necessidades sociais e ambientais. A agricultura urbana já é, para muitos, uma realidade, mas é também uma tendência que vai continuar a crescer por todo o mundo.

Começou a dar os seus primeiros passos em 2020, mas foi em agosto de 2021 que a Raiz foi oficialmente fundada. Uma empresa portuguesa que pretende transformar a forma como se produzem os vegetais, com recurso à agricultura vertical, aproveitando a luz solar natural, complementada com luz artificial num ambiente controlado.

Esta evolução permite reduzir o espaço ocupado pela horta, tornando-a a opção ideal para ambientes urbanos, criando uma noção de agricultura de “hiper-local”, que cultiva vegetais sazonais e vende para o seu “bairro”, permitindo assim o consumo ainda mais fresco e menos deslocações, poluição e custos na sua cadeia de valor. 

As hortas verticais com a tecnologia Raiz permitem o uso de -50% de fertilizantes, 12 vezes menos água, 95% menos uso de terra e 100% menos de pesticidas.

A Raiz já produziu e vendeu produtos como manjericão vermelho e verde, couve Pak Choi, nasturtium, também conhecido como agrião e vários germinados – ervilha, couve, amaranto, brócolos e girassol.

O projeto visa contribuir para cidades mais inteligentes, mais sustentáveis e que respondam às atuais necessidades e exigências de um consumidor mais sensível e preocupado com a saúde e bem-estar – sua e do Planeta – ajudando a combater problemas como o desperdício alimentar, a desflorestação, a poluição, a falta de variedade e qualidade de alguns produtos.

Para ajudar a enraizar este conceito em Portugal, basta contribuir e partilhar a campanha de crowdfunding (neste link) que vai permitir transformar um contentor abandonado no Arroz Estúdios, no Beato, na primeira “Concept Farm” Raiz em Lisboa.

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A importância da sustentabilidade chegou ao design e à comunicação através da utilização inovadora de materiais orgânicos e sustentáveis nas peças de comunicação. Numa edição que reforça o compromisso da Associação Abutrica – organizadora da prova de trail running Trilhos dos Abutres – com a sustentabilidade, o cartaz principal e os vários elementos gráficos da prova foram integralmente produzidos com materiais orgânicos, com destaque para a “lama”.  Inspirada na “lama”, um dos elementos mais característicos da prova de referência de corrida de montanha em Portugal, a peça central de promoção dos Trilhos dos Abutres 2022 consiste no cartaz denominado “Elemento Terra”, feito totalmente a partir de materiais orgânicos, tendo sido desenhado e pintado a partir de uma mistura composta por terra e água, a qual forma a lama. O resultado é uma peça de comunicação natural e ecológica, com assinatura da Cream Sports Agency, que, além do cartaz principal, desenhou e produziu outros dois cartazes orgânicos. Sérgio Duarte, diretor criativo da Cream Sports Agency, afirma: “A sustentabilidade é hoje crucial para as empresas e organizações. O design e a comunicação necessitam de acompanhar a tendência, incorporando princípios de responsabilidade ambiental e ecológica na maneira como trabalham, mas também no output que criam”. A preocupação da Associação Abutrica e da Cream com a minimização da pegada ecológica e defesa da Natureza refletiu-se também nos troféus dos Trilhos dos Abutres 2022, os quais foram produzidos em barro, de forma manual. A Associação Abutrica criou igualmente uma “eco” inscrição, que permitiu aos atletas escolher comprar apenas o dorsal e acesso aos abastecimentos, eliminando a produção de merchandising ou equipamentos não essenciais, possibilitando uma presença mais consciente com um preço mais reduzido. Esta solução foi um sucesso, tendo esgotado em poucos minutos. A 11ª edição dos Trilhos dos Abutres irá juntar mais de 1.000 atletas nacionais e internacionais no concelho de Miranda do Corvo. Aquele que é considerado um dos maiores eventos nacionais da modalidade, disputa-se em plena Serra da Lousã, com a prova rainha de 50 quilómetros (Ultra Trail) no sábado, 29 de janeiro, e com as provas de 30 quilómetros (Trail), Mini Trilhos dos Abutres (20 quilómetros) e Trilhos Júnior a decorrerem no domingo, dia 30. As provas são pontuáveis para os circuitos nacionais da ATRP – Associação de Trail Running de Portugal.
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