Autor

Marta Belchior

Ricardo Morgado, porta-voz da sustentabilidade em Portugal, quer tornar a economia circular acessível a todos os setores. Por isso mesmo fundou a The Loop Co., que nasce para aliviar as famílias do enorme fardo que tinham no início do ano lectivo dos seus filhos, através da reutilização de materiais escolares. Descubra como todo este projeto surgiu nesta entrevista.

Como nasce a The Loop?

A The Loop Co. nasceu no local onde todos os estudámos, em Coimbra, no ano de 2016 com o projeto Book in Loop, uma plataforma destinada à compra e venda de manuais escolares em segunda-mão. O objetivo era criar um sistema que permitisse a todas as famílias a venda de manuais escolares, em condições de reutilização, assim como a sua compra. Entretanto, a empresa foi crescendo, acompanhámos as tendências do mercado, as necessidades dos consumidores e dos nossos clientes. Em 2019, juntamente com a Carolina Patrocínio, criámos a BabyLoop, plataforma online de revenda de produtos de puericultura e decoração sustentável, e outros projetos que demonstraram que a The Loop Co. podia ser uma marca agregadora com a missão de criar negócios tecnológicos na área da economia circular. Queremos continuar a crescer ao tornar a economia circular cada vez mais acessível para consumidores e empresas.

Quais as áreas em que atuam e como contribuem para a sustentabilidade do planeta?

Atualmente, operamos em três áreas: economia circular, impacto social e desenvolvimento de soluções tecnológicas. No caso da economia circular estamos a contribuir para fechar o “loop”, isto é, desenvolvemos dois projetos nesta área que nos permitem estender o ciclo de vida dos produtos ao revender os que estão em boas condições: a Book in Loop, revenda de manuais escolares e, recentemente, também calculadoras, e a BabyLoop, revenda de produtos de puericultura e decoração sustentável. Na área de impacto social e no desenvolvimento de soluções tecnológicas procuramos criar projetos que tornem a sustentabilidade cada vez mais acessível a todos, tanto para o público em geral como para as empresas e negócios. Assim, com estas áreas de ação, queremos tornar o nosso país cada vez mais sustentável através da tecnologia, que tem um poder de transformação brutal. 

Relativamente à Book in Loop e à Baby Loop, como tem sido a adesão por parte do consumidor?

A adesão por parte dos consumidores a ambos os projetos tem sido fantástica: em 5 anos da Book in Loop já demos uma nova vida a 300 mil livros e ajudámos famílias a pouparem mais de três milhões de euros; na BabyLoop já poupamos às famílias mais de 120 mil euros ao revender produtos de puericultura. Cada consumidor tem a sua razão, seja por questões ambientais ou pela poupança significativa que podem fazer, as famílias estão cada vez mais dispostas a comprarem produtos em segunda-mão. O consumo responsável é cada vez mais uma tendência, portanto acreditamos que a adesão aos nossos projetos de economia circular vai continuar a ser bastante positiva.

No que é que a adesão à Fundação Calouste Gulbenkian contribuiu para o crescimento da The Loop?

A Fundação Calouste Gulbenkian é parceira da The Loop Co. num projeto de inovação social, a Uniloop, que tem como objetivo criar um sistema de incentivos por comportamentos ambientalmente sustentáveis.

Algum plano para o futuro da The Loop?

Muitos! Felizmente estamos com projetos em várias áreas (Economia circular, comércio, saúde, IoT), o que nos permite sustentar o nosso crescimento em qualidade, competência e transversalidade. Mas a nossa visão para o futuro é clara: queremos aplicar cada vez mais a tecnologia que criamos à economia circular e à sustentabilidade.

Onde é que as pessoas podem encontrar mais informação sobre os projetos da The Loop?

Podem consultar o nosso website em: www.loop-os.com ou seguir as nossas redes sociais onde partilhamos algumas novidades dos nossos projetos, como é o caso da BabyLoop e da Book in Loop.

Ricardo Morgado

O Ricardo Morgado é um empreendedor com a missão de tornar a economia cada vez mais sustentável. Formado em engenharia biomédica, pela Universidade de Coimbra, utilizou os seus conhecimentos para fundar a sua própria empresa juntamente de alguns amigos de infância e colegas, após ter trabalhado no setor médico. Hoje em dia trabalha ativamente como um porta-voz da sustentabilidade em Portugal e quer tornar a economia circular acessível a todos os setores.

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Ao conversar com Luís Capão, Presidente do Conselho de Administração da Cascais Ambiente, conseguimos perceber a importância do Projeto iRec ao implementar Sistema de Depósito com Retorno para promover uma atitude mais proativa no que diz respeito à reciclagem por parte dos consumidores e qual o impacto que este projeto teve no conselho de Cascais.

No que é que consiste o projeto-piloto iREC – Inovar a Reciclagem, e como surgiu esta iniciativa? 

É o primeiro Sistema de Depósito com Retorno (SDR) a entrar em funcionamento em Portugal. É um sistema que introduz uma compensação pelo comportamento correto do munícipe: a devolução de embalagens de bebidas numa máquina junto do retalhista. Hoje a recompensa é um ponto ou dois por garrafa recebido na aplicação Citypoints, mas quando a legislação entrar em vigor, o que teoricamente acontecerá em 2022, torna-se obrigatória a devolução ao consumidor do valor da embalagem. Em Cascais já temos 15 máquinas de SDR em funcionamento que nos permitem enviar para reciclagem material de ótima qualidade.

 

Qual o impacto deste projeto na pegada ecológica de Cascais? 

Nestes 10 meses de projeto recolhemos quase 700 mil embalagens de bebidas. São 49 toneladas de resíduos que não estão contaminados e que vão otimizar pela sua qualidade os processos de reciclagem. Este material poderá ser transformado, por exemplo, em mais de 150 mil novas garrafas de bebidas de vidro e 50 mil t-shirts feitas a partir de PET. É matéria-prima que não se vai buscar à natureza. Evitando a deposição em aterro, evitamos também a produção de CO2.

Como incentivam a comunidade a participar nesta iniciativa e qual a adesão que tem tido?

Tudo foi pensado para alcançar bons níveis de participação. A localização das máquinas junto aos supermercados a que as pessoas vão, a simplicidade de utilização das máquinas, o próprio design das máquinas e a clareza das campanhas de comunicação são essenciais para que as pessoas adiram. As ações de esclarecimento por parte de voluntárias junto das máquinas para explicar a importância deste novo sistema mostram-se muito importantes para o sucesso. A gamificação foi introduzida neste projeto para ser uma forma prática de receber os incentivos. Dar pontos que se podem trocar por experiências ou produtos com valor, como cabazes de alimentos biológicos, sapatos feitos a partir de material reciclado ou passeios a cavalo no Pisão, é um incentivo extra à adesão.

 

A pandemia fez-nos refletir sobre os nossos estilos de vida, hábitos de consumo, alimentação, etc. Acredita que essa questão incentivou/facilitou a comunidade a ser parte ativa deste projeto? 

É possível que se tenha tornado mais evidente essa reflexão. A verdade é que em Cascais essa mudança de mentalidade já foi feita há mais tempo. Costumamos dizer que este executivo tem por missão fazer de Cascais o melhor município para viver, o presidente Carlos Carreiras refere-se várias vezes à Felicidade Interna Bruta como uma métrica a ser aplicada, e esta ideia reflete-se em políticas públicas amigas do ambiente que são amigas das pessoas: estamos há vários anos a construir um ecossistema agrícola biológico que tem hortas de produção e hortas para autoconsumo, que chamamos hortas comunitárias, estamos a desenvolver uma rede de corredores ecológicos que ligam o Parque Natural aos centros urbanos, de que é exemplo a Ribeira das Vinhas, estamos a aumentar o número de espaços verdes urbanos e a incentivar a biodiversidade desses parques… E de cada vez que construímos um parque urbano ou um trilho novo, as pessoas apropriam-se dele imediatamente, de cada vez que inauguramos uma horta comunitária a nossa lista de espera cresce. Isto significa que as pessoas de Cascais estão conscientes que o que promovemos no concelho é um estilo de vida saudável tanto do ponto de vista alimentar, como físico e mental. A comunidade retribui fazendo a sua parte na adesão a estes projetos que visam tornar o mundo, e não apenas Cascais, um lugar melhor.

Qual o próximo passo para tornar Cascais uma cidade ainda mais sustentável?

Só na Cascais Ambiente estamos num processo de descarbonização da frota, através da utilização de eletricidade e de novas tecnologias. Vamos alargar a recolha de biorresíduos em sacos óticos, que já testámos num projeto-piloto com grande adesão das 5000 mil famílias e nos vai permitir reduzir esses restos de comida a composto, retendo enormes quantidades de CO2. Temos um grande projeto em fase de implementação, o Plano Paisagem, que desenha as linhas mestras de uma utilização do solo que promove a biodiversidade e as atividades económicas enquanto protege o ambiente. Queremos aumentar a área de espaços verdes urbanos. Depois, temos todas as outras áreas de ação da CMC com um pensamento muito inovador e que se reflete nos transportes públicos gratuitos, na descarbonização desta frota, no aumento da mobilidade suave com bicicletas e trotinetes partilhadas, no crescimento das ciclovias… A lista é muito grande, podia continuar.

Luís Almeida Capão

Luís Almeida Capão, 42 anos, exerce funções como Presidente do Conselho de Administração da Cascais Ambiente – EMAC S.A., do qual faz parte desde 2013. Tem responsabilidades na definição estratégica da empresa em toda a sua linha de atividade, desde as operações de limpeza urbana e recolha de resíduos à adaptação às alterações climáticas, passando ainda pela manutenção de espaços verdes urbanos, agricultura urbana e gestão da estrutura ecológica e promoção da biodiversidade de Cascais. As equipas da Cascais Ambiente têm desenvolvido um consistente trabalho na área da inovação e otimização operacional no setor do ambiente, que já valeram a obtenção de relevantes distinções, bem como uma abordagem de reconhecimento do cidadão como co-criador do território. 

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O André Vaz e o José Rodrigues, fundadores do Mercado de Tabuaço, conversaram connosco e deram-nos a conhecer um pouco mais sobre o seu projeto e a importância de dar a conhecer produtos locais a nível nacional e internacional.

Como surge a ideia de criar o Mercado do Tabuaço? 

Este projeto tem como principal objetivo ajudar o comércio local.

Através de uma conversa entre dois amigos, que à posteriori se tornaram os CEO´s da Vintage Cloud detentora da marca “Mercado de Tabuaço”, o André Vaz encarregue da parte digital e o José Rodrigues encarregue da parte de logística, surgiu assim a ideia de criar um “Marketplace” que fizesse a comercialização dos produtos/serviços via e-commerce com uma forte e eficaz logística. Essa ideia foi apresentada ao Presidente do Município de Tabuaço, Eng. Carlos Carvalho, que desde logo mostrou forte interesse, daí nasceu a parceria com o Município de Tabuaço.

Passado um mês a plataforma estava a funcionar com mais de 50 empresas aderentes, onde cada empresa tem em média 10 produtos, que perfaz os 500 produtos.

 

Como tem sido a adesão por parte dos clientes?

Fantástica, para além do mercado nacional que representa a maior fatia, temos tido cliente de todos cantos do mundo, já enviamos encomendas para: França, Inglaterra, Alemanha, Itália, Suíça e Finlândia. Fora da Europa para: Brasil, Argentina e Estados Unidos.

Os nossos clientes são, desde pessoas do concelho, emigrantes do concelho comprando no que intitulamos “mercado da saudade”, como pessoas que simplesmente querem experimentar produtos endógenos do concelho de Tabuaço ou oferecer os mesmos.

O Mercado de Tabuaço comercializa produtos 100% nacionais. Sentem que os clientes valorizam os produtos locais e conhecerem a sua origem?

Para se fazer parte do Mercado de Tabuaço é preciso que a empresa que comercializa, esteja sediada no concelho de Tabuaço, logo todos os produtos são nacionais e quem compra valoriza isso. Existe uma grande procura de produtos como o Vinho do Douro/Porto, a confeitaria, como por exemplo o Bolo Rei que é muito tradicional na nossa zona e o fumeiro.

 

O Mercado do Tabuaço nasce no concelho de Tabuaço, mas comercializa para o mundo inteiro. Foi algo estratégico?

Inicialmente pensamos em enviar os produtos só a nível nacional, mas depois sentimos que quem é do nosso concelho e esteja emigrado, “quer um bocadinho de nós” lá fora e se iria privar, logo quando iniciamos o nosso projeto, a opção do envio para todo mundo estava ativa. O Concelho de Tabuaço é um concelho do interior que infelizmente perdeu população como todos os outros, essas pessoas que tiveram de emigrar são as que porventura precisavam mais dos nossos produtos, como tal, tem sido a nossa maior aposta. 

Uma das nossas apostas seria fazer chegar os produtos de Tabuaço aos quatro cantos do mundo e através da parceria com o Município de Tabuaço, conseguimos oferecer portes gratuitos até 31 de dezembro de 2021, que se tem mostrado uma mais valia na subida nas nossas vendas, para vários países do mundo. 

Foram finalistas na categoria “Iniciativa Comércio Local” dos prémios CTT e-Commerce. Em que medida é que isto contribui para o reconhecimento da marca? 

Ainda é recente para falarmos sobre os CTT e-Commerce, ficar nos finalistas foi para nós uma honra. Tentamos fazer o melhor que sabemos e podemos, levando assim o nome de Tabuaço mais longe. Tem sido engraçado ver o carinho que os Tabuacenses têm tido por nós, desde os produtores/lojas que agora têm o seu espaço online, como os compradores que podem comprar para si como comprar para oferecer.

Temos tido bastantes tabuacenses a oferecer produtos do concelho a familiares e amigos, dando assim a conhecer e estimulando a visita quer dos pontos turísticos quer das próprias lojas fisicamente.

 

Quais os próximos passos para este projeto?

O próximo passo do projeto é torná-lo mais verde e sustentável. Estamos a estudar o facto de em vez de utilizarmos o tradicional “papel bubble” no embalamento, utilizarmos folhas de arvores endógenas, tipo: videiras, figueiras e laranjeira, que existem em abundância no nosso concelho e assim diminuindo a nossa pegada ecológica.

E por fim, apresentar este projeto a mais Câmaras Municipais para tentar fazer com que produtores, desde pequenos até grandes, encontrem o seu espaço no mercado digital.

André Vaz

Empresário na área da tecnologia / publicidade / web design.

José Rodrigues

Empresário na área da produção de vinho / azeite e Turismo.

Ambos naturais do concelho de Tabuaço e amigos de longa data, estivemos sempre envolvidos em várias atividades do concelho.


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Sonasol, marca de referência da Henkel no mercado português de Home Care, está a celebrar 70 anos e assinala a data com uma campanha de sensibilização e proteção ambiental, envolvendo todos os portugueses no objetivo de plantar 1400 árvores.

A campanha, desenvolvida em parceria com a organização Plantar uma Árvore, visa tornar Portugal mais verde e coincide ainda com a comemoração dos 50 anos da operação da Henkel em Portugal, cuja estratégia de sustentabilidade e proteção ambiental tem sido continuamente reforçada. 

Nesta campanha de Sonasol, na compra de um produto desta marca, os consumidores estão a contribuir para a plantação de uma árvore, que permitirá a plantação de 70 árvores por cada uma das 20 regiões de Portugal Continental e Ilhas, resultando num total de 1400 árvores plantadas, que tornará Portugal um país ainda mais verde. Esta campanha é válida até ao dia 15 de dezembro de 2021. 

Para a Henkel, a sustentabilidade faz parte da sua estratégia, e esta campanha vem reforçar os seus valores, bem como os da marca Sonasol, tendo como objetivo principal oferecer aos consumidores mais valor, maior desempenho, e proteção ambiental. De acordo com a estratégia de sustentabilidade da empresa, até 2030, a Henkel pretende triplicar o seu valor criado ao mesmo tempo que reduz a pegada ecológica causada pelas suas operações.  A eficiência energética será continuamente melhorada e, em 2030, será utilizada apenas eletricidade proveniente de fontes renováveis. 

A Henkel promove também ativamente o desenvolvimento de uma economia circular e persegue metas ambiciosas para as suas embalagens. A meta para 2025 é que 100% das embalagens sejam recicláveis ou reutilizáveis. Embora muitas das suas marcas já disponibilizem produtos com embalagens feitas a partir de material reciclado, a empresa pretende aumentar em 30% a proporção de plástico reciclado em todos os produtos de bens de consumo até 2025. 

Saiba mais sobre esta campanha em:  www.plantarumaarvore.org ou www.passatemposhenkel.com

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A entrevista com Virgílio Ferreira permitiu-nos perceber no que consiste o projeto Sustentar e qual a importância de transmitir e consciencializar a população a adotar boas praticas através da arte.

No que consiste o projeto Sustentar?

Desenhamos a Sustentar como uma plataforma colaborativa para o desenvolvimento de projetos fotográficos e videográficos focados em iniciativas que procuram responder aos desafios ecológicos e sociais que enfrentamos. 

A primeira edição iniciou em janeiro de 2020, conectando seis artistas com seis iniciativas implementadas em Portugal: POCITYF (Câmara Municipal de Évora), Núcleo Museológico do Sal (Câmara Municipal da Figueira da Foz), Geoparque Algarvensis Loulé-Silves-Albufeira (Câmara Municipal de Loulé), Transição agroecológica (Câmara Municipal de Mértola), Setúbal Preserva bairros do Grito do Povo e dos Pescadores (Câmara Municipal de Setúbal) e LIFE Montado-Adapt (EDIA).

Durante o processo de criação, a plataforma Sustentar proporcionou encontros entre curadores, artistas e especialistas para análise do trabalho em curso, bem como residências artísticas em cada território — espaços vitais e críticos para incubar novas práticas, examinar metodologias e desenvolver diálogos proativos.

Os resultados dos trabalhos desenvolvidos no âmbito da plataforma Sustentar estão a ser apresentados numa exposição coletiva itinerante organizada e produzida pela Ci.CLO. A exposição foi inaugurada na Bienal’21 Fotografia do Porto e, posteriormente, foi apresentada no Fotofestiwal, em Lodz (Polónia), em Mértola e na Figueira da Foz. Neste momento, pode ser visitada no Museu da Luz, no Alentejo, e em 2022 continuará a percorrer os municípios parceiros.

PROJETOS ARTÍSTICOS DESENVOLVIDOS NO ÂMBITO DA PLATAFORMA SUSTENTAR

  • Arte de Sombrear o Sol, Evgenia Emets. Acompanha as alterações climáticas, a transição agroecológica e a agricultura sintrópica em Mértola como uma possibilidade de adaptação ao cenário de severa escassez de água. 
  • De Vagar o Mar, Maria Oliveira. Cria uma passagem metafórica para o mundo antigo e pré-humano nas salinas da Figueira da Foz, reconhecendo o potencial natural e cultural deste território. 
  • Em Plena Luz, Elisa Azevedo. Explora a integração de sistemas inovadores de captação de luz solar para tornar a zona histórica de Évora autossustentável do ponto de vista energético. 
  • O Leito do Rio, Sam Mountford. Realizado no Parque de Noudar, o filme centra-se nas dimensões culturais, sociais e ecológicas dos Montados ibéricos e na resiliência deste território para mitigar as consequências das alterações climáticas. 
  • Geoparque, Nuno Barroso. Especula sobre os paradigmas do território do Geoparque Algarvensis através da exploração da multirrealidade em torno da agricultura, energia e atividade turística. 
  • Hoje, Translúcido, Margarida Reis Pereira. Desenvolve-se através do diálogo com as comunidades dos bairros do Grito do Povo e dos Pescadores, em Setúbal, utilizando um conjunto de estratégias visuais para representar as suas memórias e identidade.

ACOMPANHAMENTO CURATORIAL

  • Krzysztof Candrowicz, curador, investigador, diretor de arte, co-fundador do International Festival of Photography em Lodz, Polónia, e ex-diretor artístico da Triennale der Photographie Hamburg, Alemanha.
  • Pablo Berástegui, curador e diretor da Galeria de Fotografia Salut au Monde!
  • Virgílio Ferreira, diretor artístico da Ci.CLO e da Bienal Fotografia do Porto e coordenador do programa Sustentar

ESPECIALISTAS CONVIDADOS

  • Jayne Dyer, artista, crítica de arte e académica australiana.
  • Gil Penha-Lopes, investigador Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
  • Álvaro Domingues, geógrafo e investigador do Centro de Estudos de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto

Como surge a ideia e qual o objetivo principal de criar uma plataforma de diálogo?

Todos os projetos organizados e produzidos pela Ci.CLO, nos quais se inclui a plataforma Sustentar, procuram contribuir para uma regeneração socioecológica através das artes. 

A Sustentar surge da vontade de criar uma plataforma de projetos fotográficos e videográficos com apoio curatorial tendo como eixo temático a sustentabilidade, e procurando contribuir para uma maior consciencialização crítica sobre as vulnerabilidades ecológicas e sociais que enfrentamos a nível local e a nível global. Com a criação desta plataforma, pretendemos produzir uma série de projetos em diálogo com iniciativas que representem boas práticas no âmbito da sustentabilidade ambiental, social e económica; e difundir a produção artística realizada no âmbito deste projeto a nível nacional e internacional.

 

De onde vem a ideia de usar a arte para transmitir os desafios ecológicos e sociais que vivemos? E porquê?

Como referi, essa é a intenção subjacente a todos os projetos desenvolvidos pela Ci.CLO. Desde 2015 que temos sido uma plataforma de pesquisa, criação e ação na área da fotografia que estabelece uma relação transdisciplinar com outros campos artísticos, ambientais e sociais para abordar criticamente preocupações e emergências do nosso tempo. 

Também a Bienal Fotografia do Porto, organizada e produzida pela Ci.CLO, e onde foi inaugurada a exposição Sustentar, tem como missão contribuir para a produção e disseminação de perspectivas artísticas, ações e intervenções, que promovam uma mudança cultural ética que acreditamos ser tão desejável quanto é inevitável.

Em que medida este tipo de ações pode ter impacto na mudança comportamental que é necessária haver?

Acreditamos que os processos de criação artística  podem ser transformadores e, consequentemente, podem contribuir para mudanças culturais, a nível pessoal e coletivo. Essa transformação pode acontecer tanto no artista como no público. 

 

Quais as futuras ações que estão a planear desenvolver?

A exposição Sustentar vai continuar a circular pelo país: até dia 12 de dezembro, pode ser visitada no Museu da Luz, no Alentejo; em fevereiro de 2022, na Galeria de Arte do Convento Espírito Santo, em Loulé; seguindo para Évora e Setúbal, em março e maio, respetivamente. Simultaneamente, estamos a delinear a segunda edição deste projeto.

A Ci.CLO é também responsável pela organização, produção e curadoria da Bienal Fotografia do Porto, cuja próxima edição (2022-23) estamos também a preparar; e do ViViFiCAR, cujas atividades de criação, exposição e desenvolvimento de públicos se estendem pelos próximos dois anos.

O ViViFiCAR é um projeto imersivo e transdisciplinar que se articula entre a fotografia, os novos média e a arquitetura para promover encontros entre artistas durienses, nacionais e noruegueses com as comunidades locais a partir de estratégias participativas de criação e exposição de obras de arte community-specific. Abraçando as ideias de «animar», «viver» e «ficar», o ViViFiCAR procura respostas criativas para o desafio da fixação populacional em quatro municípios de baixa densidade no Douro — Alijó, Lamego, Mêda e Torre de Moncorvo.

Virgílio Ferreira

Virgílio Ferreira é o fundador e diretor artístico da Ci.CLO e da Bienal Fotografia do Porto. É mestre em Fotografia pela Universidade de Brighton. Nos últimos 20 anos, tem vindo a desenvolver projetos transversais na área da criação, formação e produção artística e cultural em parceria com vários museus, municípios, centros culturais e escolas de arte em Portugal e no estrangeiro, nomeadamente o «ViViFiCAR», «Cidades na Cidade»,  «Sustentar» e «[ESCAPE]». Enquanto artista, o seu trabalho tem sido exposto na Europa, Médio Oriente, Estados Unidos e Sudeste Asiático.

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Falamos com Celina Marques, Ana Gaspar, Sandra Neto e Teresa Capítulo que são responsáveis pela criação de uma marca de roupa em 2ª mão, a 4UseAgain, que tem como objetivo promover a economia circular, reduzir o consumo e reutilizar os materiais para perceber mais sobre o seu projeto.

Como surgiu a 4UseAgain?

A 4UseAgain nasceu a partir da ideia de quatro amigas empreendedoras, de várias áreas de formação, mas com uma vontade comum: reduzir a pegada ecológica e promover a economia circular. Aliado aos vários tipos de formação, também os diferentes tipos de interesses e formas de estar na vida levaram a que as 4 sócias potenciassem a sua ideia de dar uma segunda oportunidade ao que já não era usado e concretizassem o lançamento do site www.4useagain.com,  para promoverem todos os artigos  que merecem  ser “4UseAgain”.

 

Como tem sido a adesão por parte das pessoas?

A 4UseAgain é uma empresa recente no mercado, pelo que a adesão ao site tem vindo a ser gradual, mas com consistência, quem efetua uma compra normalmente repete a experiência de comprar artigos de qualidade a preços mais convidativos.

Em que medida a 4UseAgain contribui para a sustentabilidade?

As novas tecnologias permitem-nos ter muito do que desejamos ou necessitamos à distância de um “click”. O isolamento social de 2020 veio potenciar ainda mais o uso das tecnologias e fomentar o e-commerce. O facto do cliente poder efetuar as suas compras de uma forma cómoda, rápida e intuitiva em qualquer momento, poder comparar preços, colocar questões, escolher o modo de pagamento, o local de entrega e ainda efetuar trocas/devoluções, faz com que cada vez mais se opte pelas compras online. 

Se aliarmos o e-commerce à comercialização de artigos em segunda mão, ou que ainda não saíram de uma loja ou armazém, estamos de uma forma muito direta a promover a economia circular, a evitar o desperdício e simultaneamente a cuidar do nosso planeta.

Se pensarmos que a indústria têxtil é a segunda maior responsável pela poluição industrial e contribui com cerca de 10% das emissões globais de CO2, com 17% a 20% da poluição global da água doce e que cerca de 25% dos pesticidas utilizados no mundo são aplicados no cultivo do algodão, faz todo o sentido fomentar a reutilização de artigos que se encontram em bom estado e que em muitas situações não chegaram sequer a serem usados.

Foi a pensar em tudo isto que surgiu a 4UseAgain. É importante que todos nós tenhamos a noção que as nossas ações podem minimizar os impactes no meio ambiente, desenvolvendo e promovendo comportamentos mais sustentáveis. 

 

Como é que as pessoas podem participar nesta economia circular através da 4UseAgain?

Ao confiar à 4UseAgain os artigos, o cliente/fornecedor está a potenciar a reutilização dos mesmos, permitindo assim que estes venham a ter um novo dono e uma nova utilização. Simultaneamente, ao adquirir artigos através do site, o cliente/comprador tem a oportunidade de comprar artigos únicos e de qualidade a preços mais reduzidos, contribuindo, também, desta forma para a redução do desperdício.

Quais os próximos passos para este projeto?

O site www.4useagain.com apresenta-se com um menu intuitivo que permite ao visitante “navegar”  de  uma forma fácil e prática. Possui também vários tipos de filtros de forma a permitir ao seu utilizador chegar de uma forma rápida ao artigo pretendido.

O site iniciou-se com artigos de moda para mulher, homem, menina, menino, desde vestuário, calçado e acessórios.

Posteriormente, foi lançada a área “Premium”, na qual o cliente pode encontrar artigos novos e com etiqueta, muitos dos quais provenientes de parcerias estabelecidas com várias lojas/fornecedores. Nesta fase de evolução da empresa foi também efetuada a  tradução do site  para inglês, permitindo, assim, a internacionalização da marca. 

Mais recentemente foi lançada uma área destinada à venda de livros de vários géneros literários. Brevemente o site servirá também de montra a artigos de decoração que deixaram de estar em exposição nas “nossas” casas, mas que se encontram em ótimas condições para serem reutilizados noutra habitação. Irá também contar com uma área inteiramente dedicada ao vintage (artigos de moda) e será traduzido para espanhol.

 

Onde é que as pessoas podem adquirir os produtos?

Os artigos da 4UseAgain podem ser diretamente adquiridos no site www.4useagain.com. Através do site é possível consultar a variedade de artigos comercializados (Premium, Moda e Livros), efetuar a compra bem como  o respetivo pagamento através: cartão de crédito, MBWAY e referência multibanco.  A expedição das encomendas é efetuada  após a validação do pagamento via CTT. Quando a encomenda é  expedida, o cliente recebe um e-mail de confirmação  e terá a possibilidade de efetuar o “Track & Trace” para acompanhar as informações de entrega.

Celina Marques, Ana Gaspar, Sandra Neto e Teresa Capítulo

Somos um grupo de quatro amigas empreendedoras – Celina Marques, Ana Gaspar, Sandra Neto e Teresa Capítulo, de várias áreas de formação:, gestão, sociologia, relações públicas e psicologia, respetivamente. Todas integradas no mercado de trabalho, com diferentes tipos de interesse que vão desde o prazer de estar em família e com os amigos, de viajar, de ler, de aprender ou praticar desportos na natureza e atividades radicais,  mas com o  interesse comum de dar uma segunda oportunidade ao que não está a ser usado. Ao potenciarmos a economia circular e o consumo sustentável, estamos a contribuir  em simultâneo para a redução da pegada ecológica.

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Os Cannes Corporate Media & TV Awards têm como propósito premiar anualmente os melhores filmes corporativos, produções para meios digitais, documentários e reportagens, num total de 46 categorias. O júri do prémio é composto por membros reconhecidos internacionalmente, das áreas do cinema, televisão, audiovisual, publicidade e marketing, incluindo vencedores de prémios Oscar e Emmy.

Com o propósito de exibir o vídeo na abertura da conferência Plastic Pollution: What Now?, organizada pelo grupo Jerónimo Martins em setembro de 2019 no campus da Nova SBE, o vídeo foi agora premiado em Cannes, tratando-se de um projeto “educativo, eficaz e bem ilustrado que ajuda a explicar um assunto complexo e urgente de forma simples e apelativa”, como mencionou o júri do evento.

Sara Miranda, Directora de Comunicação e Responsabilidade Corporativas do Grupo Jerónimo Martins, destaca que “o negócio da distribuição alimentar não pode prescindir da utilização de plástico, nomeadamente pelo papel deste na preservação da segurança dos alimentos. No entanto, temos a responsabilidade de combater o uso abusivo e o mau encaminhamento do plástico e todas as formas de poluição que daqui resultam. Este pequeno filme procura justamente evidenciar a dualidade do plástico e a necessidade de gerirmos corretamente a utilização deste material”.

“Em 1886, o sueco Robert Louis Stevenson escreveu “O Estranho caso do Dr. Jekyll e do Sr. Hyde”, a história de duas personalidades antagónicas, uma boa e outra diabólica, que habitam na mesma pessoa. A vida e a ficção intersetam-se por várias ocasiões e, nos dias de hoje, a sociedade tem o seu próprio Dr. Jekyll e Sr. Hyde: o plástico”. Este é o mote do vídeo premiado.

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Com peças inovadoras e sofisticadas para pessoas que procuram diminuir o impacto ambiental através das suas escolhas de moda consciente, a marca made in Brasil lança a sua nova coleção GAIA, criada para celebrar mais de 20 anos da cultura de sustentabilidade da Osklen.

Guiada pelo conceito ASAPAs Sustainable As Possible, As Soon As Possible na produção de todos os seus produtos, a marca transmite a urgência da adoção de hábitos e práticas voltadas para o desenvolvimento humano sustentável, mediante a utilização de materiais com impacto positivo no ambiente. Assim, nesta coleção todas as peças feitas com e-fabrics, tecidos produzidos com materiais e processos sustentáveis, como PET reciclado, cânhamo e seda orgânica, lona eco, algodão reciclado e tricot handmade que, para além de serem resistentes e duradouros, têm um processo de produção que promove a economia circular e a limpeza do planeta e ainda reduzem as emissões de CO2 e consumos de água e energia face aos processos convencionais.

Pioneira na moda sustentável desde 1998, a marca compromete-se com o consumo consciente e a integridade socioambiental, incorporando o estilo e design a produtos éticos que inspirem cada vez mais pessoas a adotarem um estilo de vida mais equilibrado. Inspiradas nas cores da floresta amazónica com um verde floresta, o pleno tom terra, o preto e os ousados jambo e jabuticaba , GAIA apresenta peças versáteis como t-shirts, macacos, vestidos, blusas, casacos, calças, sweats e bolsas em pele de pirarurcu.

Toda a coleção assenta nos pilares de consciência ambiental com que a marca se identifica e cada peça tem uma componente sustentável que é reconhecida com uma das três bandeiras desenvolvidas pela marca – Regenerate Life, Redesign Waste, Respect our people. A primeira bandeira assenta sobre a recuperação e preservação da biodiversidade para manter a floresta viva e diminuir o impacto do aquecimento global. Redesign Waste é a bandeira que marca os artigos que promovem o reaproveitamento de resíduos, que atribuem um novo significado ao que é considerado lixo e que incentivam a economia circular, utilizando maioritariamente matérias primas recicladas. E por último, num contexto de valorização dos saberes, tradições, património sociocultural e igualdade de género, surge a bandeira Respect Our People com produtos que envolvem trabalhos manuais, artesanais e criativos. A identificação das bandeiras em cada peça permite ao consumidor perceber de que forma as suas escolhas impactam o mundo que o rodeia.

Produzida para honrar e celebrar a natureza, a coleção GAIA encontra-se disponível na loja física Osklen na Marina de Cascais e na loja on-line da Embau com PVP’s entre os 49€ e os 1.200€ para ajudar a alcançar o equilíbrio entre ações e impactos.

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A ONI, operador português integral com soluções convergentes de Comunicações, Cloud e Cibersegurança, acaba reforçar o seu compromisso para reduzir a sua pegada carbónica ao anunciar um acordo com a Acciona Energia, empresa especializada em produção e fornecimento de energias  renováveis, para o fornecimento de energia 100% renovável para os seus data centers e para os seus consumos internos.

Com este acordo, o data center de Lisboa (Matinha), um dos maiores do país com mais de 2000m2 e o datacenter da Maia, dedicado aos clientes empresariais localizados no Norte do país, que reúnem as mais avançadas soluções de conectividade, segurança e eficiência energética, passam a utilizar energia 100% renovável.

A parceria de cinco anos entre as duas empresas não só garante o fornecimento de energia 100% sustentável, mas também permitirá que cada kW utilizado nos seus data centers seja certificado com garantias de origem 100% renovável, emitidas pela EEGO e rastreado através da tecnologia blockchain. Deste modo, a ONI reforça o seu compromisso com a sustentabilidade e com as emissões zero.

Com o aumento do volume de dados e com a digitalização da maioria dos sectores económicos, os data centers que albergam as suas infra-estruturas requerem enormes quantidades de energia para funcionar. E, se por um lado, é necessária água para arrefecer os servidores, por outro, é essencial para a produção de eletricidade. Neste sentido, no início de 2021, a indústria europeia de cloud e dos data centers assinou um acordo importante para contribuir para a sustentabilidade através de centros neutros do ponto de vista climático.

A Gigas (GIGA.MAB), multinacional espanhola especializada em serviços de cloud computing que adquiriu a ONI há um ano por 40 milhões de euros, também aprovou o acordo que estabelece o compromisso de tornar os data centers na Europa neutros para o clima até 2030. O pacto faz parte do Pacto Verde Europeu, que visa fazer da Europa o primeiro continente neutro para o clima até 2050.

O ambiente é uma das prioridades da nossa empresa. O anúncio de que os nossos data centers em Portugal vão passar, a partir de agora, a ser alimentados com energia 100% renovável é mais um passo em direção ao nosso objetivo de reduzir ao máximo a nossa pegada ecológica”, afirma Nuno Saraiva, CEO da ONI.

O responsável acrescenta ainda que “é uma responsabilidade que devemos ter em mente, uma vez que somos um player importante numa das indústrias mais intensivas a nível energético, as IT”.

Tecnologia Blockchain para garantir fontes de energia

No âmbito do acordo assinado entre a ONI e a Acciona Energía – e em conjunto com os requisitos regulamentares para reduzir as emissões de CO₂ – as fontes de energia renovável serão garantidas através de tecnologia Blockchain. A Acciona Energía utilizará o GREENCHAIN para prestar este serviço. Este projeto baseia-se em tecnologia Blockchain, ideal para oferecer este serviço de forma transparente e em tempo real, permitindo ao cliente rastrear a origem renovável da electricidade utilizada pelas suas infraestruturas alojadas nos data centers da ONI.

O GREENCHAIN é um sistema complementar, desenvolvido pela Acciona Energía, que se baseia na tecnologia blockchain, no sentido de rastrear a eletricidade injetada na rede, até ao ponto de consumo. Com isso, permite dar uma garantia às empresas que adotam esta solução quanto à origem 100% renovável da energia elétrica consumida.

Atualmente, o grupo a que pertence a ONI fornece serviços de telecomunicações, cloud e segurança a mais de 10.000 empresas, bem como serviços de retalho de voz e dados para outras operadoras de telecomunicações dos quais cerca de 1500 se encontram em Portugal. Detém 11 centros de dados na Europa, Estados Unidos y América Latina, incluindo dois centros de dados próprios em Portugal (Lisboa e Porto), redes de fibra metropolitanas em Portugal e uma rede de fibra que liga Madrid a Lisboa e Porto, e que irá favorecer a integração de serviços e operações com a Gigas na Península Ibérica. 

Com a aquisição da ONI, que fechou há mais de um ano, por 40 milhões de euros, a Gigas tornou-se num operador líder no mercado de serviços convergentes de telecomunicações, cloud e segurança para empresas na Península Ibérica, reforçando a sua oferta de produtos para ser um fornecedor abrangente (one stop shop). Atualmente, tem mais de 300 pessoas altamente qualificadas, das quais 165 em Portugal.

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A STCP – Sociedade de Transportes Colectivos do Porto conta com mais cinco autocarros 100% elétricos, dando por concluída a ação de renovação de frota, que está em curso desde abril de 2018 e tem como pressuposto garantir a crescente descarbonização da operação. 

As novas viaturas garantem uma autonomia mínima de 250 Km e capacidade máxima de lotação de 90  passageiros por veículo, sendo totalmente acessíveis a clientes de mobilidade reduzida. Estão equipadas com  várias tecnologias “de ponta” no apoio à condução/segurança e utilizam materiais, de última geração, para  redução de impacto ambiental. 

A entrada em atividade destas cinco viaturas 100% elétricas, com zero emissões de poluentes, permitirá no  seu conjunto uma redução anual de cerca de 441 toneladas de CO2 equivalente, comparativamente com um  cenário em que continuassem a circular cinco das viaturas antigas que foram, entretanto, abatidas. 

Manuel Queiró, presidente da STCP, afirma “tratar-se de mais uma conquista que irá beneficiar os passageiros e as populações envolventes, através da garantia da prestação de um serviço tecnologicamente mais  avançado, seguro e confortável e que, ao mesmo tempo, diminui a sua pegada ambiental”. 

As novas viaturas movidas a energia 100% elétrica, do fabricante Zhongtong Bus (ZT Bus), foram obtidas ao  abrigo do II aviso do PO SEUR (Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos que  permitiu a substituição de veículos em fim de vida (com mais de 16 anos), com o objetivo de prestar às  populações um serviço de maior eficiência, em termos económicos e ambientais, e reduzir significativamente  as emissões de carbono. 

Ao longo destes últimos quatro anos, e com um investimento global de cerca de 70M€, a STCP passa a deter um conjunto de 274 viaturas mais limpas, mais eficientes  energética e economicamente (254 movidas a Gás Natural e 20 autocarros 100% elétricos). Neste âmbito, 65%  da frota da STCP foi alvo de substituição durante este espaço temporal. 

Este projeto de renovação da frota da STCP foi cofinanciado pelos Aviso I e Aviso II do PO SEUR Portugal 2020  – Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos. Graças a este Programa, o mix  energético da frota da maior operadora de transportes coletivos de passageiros da AMP – Área metropolitana  do Porto, que contabiliza 420 autocarros, passa a ser composto por 79% CNG, 5% eletricidade e 16% diesel. 

Os cinco autocarros Zhongtong Bus foram fornecidos pela empresa portuguesa a EF – Mobilidade Elétrica,  representante da marca em vários mercados da União Europeia. A ZT Bus está entre os cinco maiores  fabricantes mundiais de autocarros, o segundo maior no que diz respeito à produção de autocarros elétricos  e o primeiro relativamente a autocarros movidos a hidrogénio, sendo uma empresa certificada pela ISO 14001, empenhada na redução da pegada ambiental dos seus produtos. 

Características sobre as novas viaturas Euro ZT Bus 

Dimensões 

  • Comprimento: 12,2 m 
  • Altura máxima: 3,2 m 

Conforto e acessibilidade 

  • Maior lotação:
    – 28 lugares sentados
    – 62 lugares em pé
  • Acessos para mobilidade reduzida:
    – 1 lugar PMR
    – Rampa manual na porta da Frente
    – Low floor (sem degraus no corredor interior) 

Segurança

  • Sistema anticolisão 
  • Sistema de deteção de faixa de rodagem  
  • Sensor de luzes 
  • Sistema de vigilância “Brigade” 

Ecologia

  • 100% elétrico 
  • Zero emissões poluentes 
  • Materiais de última geração com menor impacto ambiental 
  • Em 4.000.000 kms com zero emissões (vs diesel Euro VI):
    – Poupança de 2M€ em fonte de energia
    – Poupança de 1052 tep (toneladas equivalentes de petróleo)
    – Poupança de 4164 t CO2

Rentabilidade

  • Potência: 260 KW (348 cv) 
  • Maior autonomia (mínimo 250 km) 
  • Maior capacidade operacional 
  • Menor custo por km/passageiro 

Desde o início do ano que a STCP opera com energia 100% renovável.

 

PO SEUR – Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos 

O apoio a medidas de eficiência energética, a redução dos consumos energéticos e a descarbonização nos  transportes públicos de passageiros é uma prioridade do Acordo de Parceria do Portugal 2020, celebrado entre  Portugal e a Comissão Europeia.  

POSEUR-07-2016-71 e STCP 

Candidatura anunciada em 2017, que contemplava a aquisição de 188 autocarros 

Processo com início de entregas em abril de 2018 e concluído a 31 de dezembro de 2020 As aquisições consideram: 

  • 173 viaturas movidas a Gás Natural Comprimido; 
  • 15 viaturas 100% elétricas; 
  • Construção de um novo posto de abastecimento a gás (Estação de Recolha da Via Norte); Instalação de postos de carregamento para veículos elétricos (Estação de Recolha de Francos). 

POSEUR-07-2018-10 e STCP 

Candidatura anunciada em abril de 2019, que contemplava a aquisição de 86 autocarros Processo com entregas a decorrer entre março e outubro de 2021 

As aquisições consideram: 

  • 81 viaturas movidas a Gás Natural Comprimido; 
  • 5 viaturas 100% elétricas; 
  • Renovação do posto de abastecimento a gás (Estação de Recolha de Francos); 
  • Instalação de carregadores para os 5 veículos elétricos (Estação de Recolha de Francos).

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