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A ONI, operador português integral com soluções convergentes de Comunicações, Cloud e Cibersegurança, acaba reforçar o seu compromisso para reduzir a sua pegada carbónica ao anunciar um acordo com a Acciona Energia, empresa especializada em produção e fornecimento de energias  renováveis, para o fornecimento de energia 100% renovável para os seus data centers e para os seus consumos internos.

Com este acordo, o data center de Lisboa (Matinha), um dos maiores do país com mais de 2000m2 e o datacenter da Maia, dedicado aos clientes empresariais localizados no Norte do país, que reúnem as mais avançadas soluções de conectividade, segurança e eficiência energética, passam a utilizar energia 100% renovável.

A parceria de cinco anos entre as duas empresas não só garante o fornecimento de energia 100% sustentável, mas também permitirá que cada kW utilizado nos seus data centers seja certificado com garantias de origem 100% renovável, emitidas pela EEGO e rastreado através da tecnologia blockchain. Deste modo, a ONI reforça o seu compromisso com a sustentabilidade e com as emissões zero.

Com o aumento do volume de dados e com a digitalização da maioria dos sectores económicos, os data centers que albergam as suas infra-estruturas requerem enormes quantidades de energia para funcionar. E, se por um lado, é necessária água para arrefecer os servidores, por outro, é essencial para a produção de eletricidade. Neste sentido, no início de 2021, a indústria europeia de cloud e dos data centers assinou um acordo importante para contribuir para a sustentabilidade através de centros neutros do ponto de vista climático.

A Gigas (GIGA.MAB), multinacional espanhola especializada em serviços de cloud computing que adquiriu a ONI há um ano por 40 milhões de euros, também aprovou o acordo que estabelece o compromisso de tornar os data centers na Europa neutros para o clima até 2030. O pacto faz parte do Pacto Verde Europeu, que visa fazer da Europa o primeiro continente neutro para o clima até 2050.

O ambiente é uma das prioridades da nossa empresa. O anúncio de que os nossos data centers em Portugal vão passar, a partir de agora, a ser alimentados com energia 100% renovável é mais um passo em direção ao nosso objetivo de reduzir ao máximo a nossa pegada ecológica”, afirma Nuno Saraiva, CEO da ONI.

O responsável acrescenta ainda que “é uma responsabilidade que devemos ter em mente, uma vez que somos um player importante numa das indústrias mais intensivas a nível energético, as IT”.

Tecnologia Blockchain para garantir fontes de energia

No âmbito do acordo assinado entre a ONI e a Acciona Energía – e em conjunto com os requisitos regulamentares para reduzir as emissões de CO₂ – as fontes de energia renovável serão garantidas através de tecnologia Blockchain. A Acciona Energía utilizará o GREENCHAIN para prestar este serviço. Este projeto baseia-se em tecnologia Blockchain, ideal para oferecer este serviço de forma transparente e em tempo real, permitindo ao cliente rastrear a origem renovável da electricidade utilizada pelas suas infraestruturas alojadas nos data centers da ONI.

O GREENCHAIN é um sistema complementar, desenvolvido pela Acciona Energía, que se baseia na tecnologia blockchain, no sentido de rastrear a eletricidade injetada na rede, até ao ponto de consumo. Com isso, permite dar uma garantia às empresas que adotam esta solução quanto à origem 100% renovável da energia elétrica consumida.

Atualmente, o grupo a que pertence a ONI fornece serviços de telecomunicações, cloud e segurança a mais de 10.000 empresas, bem como serviços de retalho de voz e dados para outras operadoras de telecomunicações dos quais cerca de 1500 se encontram em Portugal. Detém 11 centros de dados na Europa, Estados Unidos y América Latina, incluindo dois centros de dados próprios em Portugal (Lisboa e Porto), redes de fibra metropolitanas em Portugal e uma rede de fibra que liga Madrid a Lisboa e Porto, e que irá favorecer a integração de serviços e operações com a Gigas na Península Ibérica. 

Com a aquisição da ONI, que fechou há mais de um ano, por 40 milhões de euros, a Gigas tornou-se num operador líder no mercado de serviços convergentes de telecomunicações, cloud e segurança para empresas na Península Ibérica, reforçando a sua oferta de produtos para ser um fornecedor abrangente (one stop shop). Atualmente, tem mais de 300 pessoas altamente qualificadas, das quais 165 em Portugal.

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MOSS: como surgiu este projeto e em que consiste?

A MOSS é uma climate tech, empresa de tecnologia para serviços ambientais, com atuação global. Em 2020, A MOSS criou o primeiro token lastreado em crédito de carbono, inovação que possibilitou a compra e venda do primeiro ativo digital verde via plataforma onde empresas e pessoas podem, de forma prática e rápida, compensar a sua pegada de carbono.

Com um ano de existência, a MOSS já transacionou mais de 70 milhões de reais, que ajudaram a preservar, aproximadamente, 500 milhões de árvores, através de projetos certificados globalmente na Amazônia. 

A MOSS trabalha principalmente com projetos florestais, mas o objetivo da empresa é ser uma plataforma de serviços e soluções ambientais.

A pegada de carbono é muito discutida, mas nem sempre esclarecida. Como descreve o que é a pegada carbónica e porque é importante reduzi-la?

As atividades do dia a dia de uma pessoa como utilização de meios de transporte, compras de vestuário geram, direta ou indiretamente, gás carbônico. Em uma empresa/indústria, os processos de produção que envolvem o consumo de combustíveis fósseis e produção ou consumo de certos insumos, igualmente contribuem para a emissão de gases. Esse rastro, ou pegada, são a principal causa de contribuição para o efeito estufa.

A pegada de carbono é usada para estimar o quanto de recursos naturais estão sendo necessários para comportar o atual padrão de consumo. Mudar esse padrão para práticas mais sustentáveis é um desafio antigo e cada vez mais urgente frente ao aquecimento global.

Por isso, amenizar essa pegada de carbono é uma ação, indicada por muitos especialistas em recursos naturais, como algo urgente para a sobrevivência do meio ambiente e da própria vida.  A MOSS oferece a Calculadora de Carbono da MOSS para que a pessoa contabilize sua emissão de carbono em razão do seu estilo de vida. Com o resultado, o utilizador da calculadora pode escolher em compensar o peso dessa pegada por meio da compra e compensação de créditos de carbono. 

 

“Colocamos créditos de carbono em blockchain” é a promessa da MOSS. Pode explicar o que são os 2 conceitos, créditos de carbono e blockchain?

Criado em 1997, a partir do Protocolo de Kyoto, um crédito de carbono é a representação de uma tonelada de carbono que deixou de ser emitida na atmosfera , contribuindo para a diminuição do efeito estufa. A MOSS trouxe uma grande inovação ao colocar esses ativos  em blockchain.

Os créditos de carbono são contratos digitais. O que a MOSS fez foi adicionar uma camada de segurança em todas as transações que o envolvem, evitando assim a duplicidade de transações envolvendo um mesmo crédito. O Blockchain é um sistema, em formato de cadeia de blocos, que permite a validação e verificação de uma informação. Comparando com o mundo físico, seria como um livro contabilístico, só que mais seguro, digital, transparente e descentralizado. Com o blockchain, a MOSS conseguiu fracionar os créditos, o que gera uma série de oportunidades de negócios, inclusive o acesso para pessoas físicas que podem comprar uma parcela de um crédito de carbono para se compensar.

Floresta da Amazonia

Esta compensação deve ser apenas uma preocupação das grandes empresas?

Nesse mercado, empresas que possuem um nível de emissão muito alto e estão construindo alternativas para a redução podem comprar créditos de carbono para compensar suas emissões. O mundo precisa reduzir a emissão de carbono para evitarmos o acréscimo de temperatura 1,5º graus celsius até 2050.

No nosso dia-a-dia, sem nos apercebermos, contribuímos para a emissão de gases de efeito estufa. Podem dar-nos alguns exemplos concretos de ações cotidianas que contribuem para a pegada de carbono e como os podemos reduzir?

Algumas dicas para pessoas:

  • Pesquise a procedência dos produtos que consome e busque por marcas com responsabilidade socioambiental;
  • Pense global e aja local – dê preferência por marcas e produtos com menor impacto de transporte, e que incentivem a economia da comunidade;
  • Ao consumir, procure peças versáteis e duradouras, que tenham significado e que carreguem identidade. Se você comprar peças de roupas mais duráveis, evita a compra sucessiva de peças do tipo fast fashion (25%) e reduz sua pegada de carbono em 10 kgCO2e/cap por ano;
  • Evite o desperdício de água e energia elétrica.Se você compartilhar sua residência entre 2 ou mais moradores, ao invés de morar sozinho, reduz sua pegada de carbono em 260 kgCO2e/cap por ano;
  • Que tal optar por meios de transporte não poluentes?  Vale transporte público, carro compartilhado ou bicicleta. Os veículos com motores de combustão são os maiores poluidores entre os meios de transporte.  (Fonte Instituto Akatu)

Para pessoas jurídicas (empresas), a MOSS tem uma equipe técnica que ajuda empresas, de todos os tamanhos, a identificarem as fontes diretas e indiretas de emissão. A partir desse inventário, é possível fazer a compensação imediata usando os tokens de carbono enquanto esse negócio investe em novas tecnologias e práticas para se tornar mais sustentável no médio e longo prazo..

 

Quais os principais projetos da MOSS e no que consistem?

No caso da MOSS, os créditos são resultados do principal ativo brasileiro: a Floresta Amazônica. Os projetos dos quais a MOSS adquire seus créditos são certificados por protocolos globais, e fazem a conservação e manejo florestal, promovendo a bioeconomia na região e mantendo a floresta de pé numa região que vem sendo alvo de grande desmatamento. A MOSS oferece créditos emitidos por projetos  como Fazenda Ituxi, Agrocortex e Amazon IFM.

 

Os projetos da MOSS são certificados. No que consistem essas certificações e qual a sua importância?

Os projetos fornecedores de crédito de carbono para a MOSS, são escolhidos entre os melhores e passam por um processo rígido de diligência pela MOSS – onde são visitados, investigados e analisados –  além de serem certificados pela VERRA (maior e mais importante órgão de certificação do mundo).

Todos os projetos fornecedores além de terem os créditos de carbono certificados pela VERRA, também recebem a certificação CCB (Climate, Community & Biodiversity), pela mesma instituição. O que significa que os projetos atuam simultaneamente com a conservação da fauna, flora e comunidade local.

 

A MOSS está muito ligada à Amazónia e ao Brasil. Existem projetos específicos para Portugal?

Hoje a MOSS trabalha apenas com projetos focados na preservação da Amazônia, mas pretende expandir seu portfólio no futuro.

Sente que a pandemia mudou a percepção das pessoas sobre a sua pegada carbónica? No que se traduz essa mudança?

Muitas mudanças que empresas estão fazendo, mesmo no Brasil onde o mercado é voluntário, vem da pressão dos clientes e investidores mais exigentes e conscientes. Mas ainda precisamos avançar no conhecimento sobre o tema de maneira geral.

No início da pandemia as emissões de gás carbônico no mundo caíram em média 6%, contudo, em dezembro de 2020, com a economia mundial já se restabelecendo, foram emitidos 2% mais carbono do que no mesmo mês de 2019. Demonstrar os riscos dessas emissões e os caminhos já disponíveis para contê-las é parte do trabalho de educação que a MOSS vem fazendo junto a empresas do Brasil, Europa e Estados Unidos.

Fernanda Castilho 

General Manager da MOSS, plataforma de compra e venda de crédito de carbono criada em 2020 e que tem atuação global.

Foi Relationship Manager por três anos no Banco BTG Pactual e, posteriormente, na XP Inc. Advogada com MBA em Administração pela Universidade da Carolina do Norte, construiu sólida experiência em Direito Empresarial e Finanças, junto ao Banco Fator, e em Direito Tributário, no Veirano Advogados. Entre suas experiências internacionais, atuou como Marketing Manager na   multinacional Agility Logistics, em um projeto voltado a desenvolver novas linhas comerciais entre EUA e Brasil.

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