Autor

Marta Belchior

Falámos com Rita Andrade Soares, CEO da Herdade da Malhadinha Nova, um projeto de turismo com alojamento que nasce com a recuperação de uma ruína do Monte da Peceguina, uma unidade com 10 quartos dedicada a proporcionar experiências inspiradas no Vinho, na Gastronomia e na cultura e tradições locais.

Fale-nos um pouco sobre a história da Herdade da Malhadinha Nova e o conceito a ela associado. 

A Malhadinha Nova é um projeto familiar, iniciado em 1998 com a compra de uma propriedade abandonada no baixo Alentejo, numa das zonas menos povoadas da Europa. O conceito transversal a todas as áreas de negócio da Herdade centra-se na preservação das características endógenas da propriedade e no desejo imenso de preservar este espaço singular, de o melhorar através do desenvolvimento de atividades diversas, sempre com a enorme aposta na qualidade e com o objetivo de deixar um legado.

O projeto inicia com a plantação dos primeiros 20 hectares de vinha, com a construção de uma adega e culmina hoje com várias áreas de negócio desenvolvidas na propriedade, toda ela em produção biológica certificada, auto suficiência em vinho e azeite, ambos produzidos a partir das vinhas maioritariamente de castas portuguesas existentes na propriedade; azeitonas 100% de variedade galega de Olival tradicional; a produção agrícola e a pecuária através da criação das raças autóctones, Vaca Alentejana, Porco Preto e Ovelha Merina, todas elas de denominação de origem protegida (DOP); e da criação do cavalo Puro Sangue Lusitano. 

O projeto de turismo com alojamento nasce com a recuperação de uma ruína do Monte da Peceguina, uma unidade com 10 quartos dedicada à comercialização de experiências inspiradas no Vinho, na Gastronomia e na cultura e tradições locais. Culmina, mais recentemente, com a recuperação de todas as ruínas existentes nos 450 hectares da propriedade, nas quais hoje se oferecem 26 quartos espalhados por cinco diferentes unidades hoteleiras, onde mais uma vez se proporcionam experiências criativas e inovadoras com respeito pela natureza, pelo tempo, num espaço único, como expoente máximo do Luxo.

Que experiência pretendem proporcionar a quem visita o alojamento? 

Todas as experiências que proporcionamos na Malhadinha são desenhadas à medida de quem nos visita, pelas mãos de uma equipa criativa e dedicada, inspiradas em diversos temas, tais como o vinho, o pilar central, a gastronomia, a cultura, a aventura, o desporto, o romance, o bem estar, entre outros, sendo que o limite do que queremos criar e proporcionar é a imaginação . 

De que forma a sustentabilidade está presente na Herdade? 

A sustentabilidade está presente transversalmente:

Desde o início do projeto, o projeto HMN (Herdade da Malhadinha Nova) de imediato se transformou também no enorme desafio de manter a sustentabilidade e o equilíbrio natural  de uma propriedade singular, nunca antes agredida por explorações exaustivas de solos através de adubações químicas e/ou usos de pesticidas ou plantações de qualquer monocultura intensiva, ou ainda alvo de qualquer especulação imobiliária que facilmente teria levado à edificação de centenas ou milhares de metros quadrados de construção para garantia de uma sustentabilidade económica fácil de encontrar. 

A preservação de um ecossistema perfeito constituído por montado de azinho, olivais tradicionais, searas de trigo, aveia e cevada e pradaria natural, a preservação e recuperação das edificações seculares existentes na propriedade, rapidamente se transformaram num objetivo primordial. 

Surgem assim, antes das primeiras plantações de vinha, a exploração de forma sustentável de todo este gigantesco potencial através da aquisição de diversas espécies animais tais como os animais de denominação de origem protegida.

Todo o potencial de exploração das terras da Malhadinha passou de um estado de total abandono de há décadas para uma utilização de todos os recursos naturais  de forma absolutamente sustentável a todos os níveis:

  • Económico – (rentabilidade garantida em todas as áreas de exploração): o enorme investimento na qualidade e na exclusividade do produto, na primazia da imagem, na excelência do serviço, transportaram a marca MALHADINHA para um reconhecimento e consolidação nos mercados nacionais e internacionais que garantem o escoamento total dos artigos produzidos.

  • Social – (criação da empresa em 1999 com dois trabalhadores da região, pessoal efetivo atual superior a 70 pax sendo mais de 80% da região): utilização na recuperação e construção de todos os edifícios de boa parte de materiais tradicionais tais como a terracota e os azulejos fabricados por artesãos da região, madeiras da região e carpintarias produzidas por empresas locais.
    A enorme preocupação com a necessidade de partilhar e preservar conhecimento, saberes e tradições resulta num envolvimento das comunidades locais de artesãos, músicos, artistas em todas as experiências promovidas pela HMN na sua atividade turística, tal como em peças decorativas produzidas por estes artesãos e que serão comercializadas nas unidades .
  • Ambiental: a totalidade dos 455 hectares da propriedade convertidos para modo biológico no início de 2017, tratamentos de água realizados em toda a herdade por ETARES BIOLÓGICAS (plantas). Uso eficiente da água, monitorização de todo o gasto de água na propriedade por caudalímetros instalados em todos os pontos de consumo e supervisionado por um parceiro independente (Aquagri) em regime de avença, boas práticas agrícolas, fertilização natural dos solos com utilização de estrume e culturas auxiliares em toda a vinha capazes de aportar azoto ( fava, tremoço, trevo), corte natural das ervas infestantes com recurso a pastoreio das ovelhas em determinadas épocas. A recente aquisição de 10 veículos 100% elétricos para deslocação interna de colaboradores e hóspedes.

  • Energética: garantida em boa parte pela utilização de energia solar em todas as unidades de alojamento da propriedade, pela utilização de caldeiras de aquecimento a lenha proveniente da poda das azinheiras seculares existentes na propriedade, pela recuperação e construção de todos os edifícios com técnicas tradicionais e materiais de elevadíssima eficiência energética, pela aquisição apenas de equipamentos de última geração com eficiência energética máxima.

A participação e integração, desde o início, com grande sucesso no Plano de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo comprovam bem as práticas e a  visão estratégicas da HMN

A cultura alentejana é um aspeto importante para a Herdade da Malhadinha Nova. Como a incorporam no hotel? 

A cultura do nosso país, a cultura alentejana e a história e tradições da região e do passado desta propriedade agrícola são uma enorme inspiração desde o início do projeto, em todas as áreas. Cada casa do projeto hoteleiro inspira-se nas atividades locais do passado, na geologia, na avifauna e flora locais, na natureza da Malhadinha, e em todos os espaços encontramos peças fabricadas por artesãos locais; nas experiências, esses mesmos artesãos vêm partilhar o seu saber e as suas atividade artesanais, através de workshops ou apresentações dos seus trabalhos.

 

Quais são as atividades que disponibilizam para quem visita o vosso espaço? Qual é a que tem maior procura? 

As atividades mais procuradas ou as experiências que mais desenhamos são as dedicadas ao Vinho e Gastronomia, culturais e desportivas, programas em família com o intuito de partilhar a cultura local são cada vez mais procurados, os clientes procuram a Malhadinha para estadias cada vez mais longas, em que a natureza e as preocupações com a preservação do planeta são cada vez mais aspectos que famílias multigeracionais desejam vivenciar. Viajar com um propósito é hoje um dos principais objetivos de quem nos procura. 

Existe uma maior preocupação dos clientes em relação à sustentabilidade? Notam que tal já é um fator que pesa na decisão de escolha? 

Sendo a Malhadinha, na sua essência, um projeto de vinhos, e estando localizada numa região em que a tradição gastronómica é tão rica, já por si é uma das preocupações dos nossos hóspedes. É uma propriedade inserida num ambiente natural com uma diversidade e dimensão considerável, o que a torna também bastante apetecível, sobretudo pelas atividades desportivas e de aventura, as iniciativas e experiências culturais e as viagens com o propósito de conhecer a cultura e as tradições locais. O  tema cultural e o sentido de pertença são cada vez mais procurados. Sem dúvida que a sustentabilidade é uma preocupação crescente dos nossos clientes, e a Malhadinha encontra-se neste momento a desenvolver novas experiências dedicadas à preservação da Natureza e ao potencial deste espaço . Entre outras atividades, dispomos de uma forte colaboração com o Centro de Conservação da Natureza, de maneira a poder dar a conhecer as espécies de avifauna, através de materiais criativos de comunicação e apresentação das variadas espécies protegidas.

A Malhadinha está dentro de uma das zonas mais importantes do país para a criação e o desenvolvimento de espécies de aves em vias de extinção. Dar um exemplo a outros projetos para que se desenvolvam de acordo com os mesmos princípios  e valores, preservar e melhorar um espaço natural único e deixar um legado são as nossas principais motivações. 

Rita Andrade Soares

Nasceu em Lisboa, a 4 de Julho de 1972. Em 1993 inicia a colaboração na gestão do negócio da Garrafeira Soares, em conjunto com o seu marido João Soares e o irmão Paulo Soares. Em 1998 Adquire uma propriedade no Alentejo de 450 hectares, com o objetivo de produzir vinhos de elevada qualidade. Em 2007 inaugurou o Restaurante Gourmet da Malhadinha, e em Fevereiro de 2008, O Country House & Spa, um hotel de charme. Inicia, em 2012, uma “joinventure” no algarve com a produção de vinhos, Quinta do Convento do Paraiso. Em 2015 lança-se como autora na área do ENOTURISMO com a obra “ Portugal Wine & Lifestyle”. É responsável pela organização de um dos eventos mais mediáticos em Portugal na área dos vinhos e das bebidas espirituosas “ Algarve Trade Experience”.  Autora de vários artigos de Turismo para várias publicações entre elas, Forbes Magazine e Revista Vilas e Golf.

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A ACEMEL – Associação dos Comercializadores de  Energia no Mercado Liberalizado lançou um Grupo de Trabalho, que integra as  empresas Dourogás, a Enforcesco, a Muon / Smartenergy, a Simples Energia, e a GoNeutral, com o objetivo de analisar a comercialização e os desafios colocados  ao hidrogénio e aos gases renováveis no processo de descarbonização da  economia e da sociedade. 

Os gases renováveis e o hidrogénio, são os verdadeiros promotores da  economia circular e podem contribuir de forma decisiva para a segurança e  menor dependência na importação energética. A ideia de que Portugal pode vir  a ser um exportador de energia, por via das tecnologias de produção renovável,  encontra no gás renovável o portador prioritário na trajetória da  descarbonização. Por esse motivo importa apoiar o desenvolvimento de uma  indústria de gás renovável e o estudo da integração dos gases renováveis e do  hidrogénio no mercado energético e do modelo que poderá estar associado à  sua comercialização, como o que nos propomos realizar com a constituição deste  Grupo de Trabalho, é fundamental para conhecer o impacto que estes poderão  ter na competitividade das empresas e, também, na aceleração da  descarbonização da economia e na potencialização de um novo setor exportador  e criador de riqueza e postos de trabalho”, destaca Ricardo Nunes, presidente da  Direção da ACEMEL.  

Liderado pelo Ricardo Emilio, diretor geral da Dourogás, uma empresa que tem  estado em destaque com a comercialização de hidrogénio na área da produção e  da mobilidade, este Grupo de Trabalho irá promover um estudo para apresentar,  ainda durante o primeiro trimestre de 2022, uma análise sobre os desafios e  oportunidades na comercialização de hidrogénio e gases renováveis,  considerando o papel determinante que poderão ter na transição energética que  o país precisa.  

A existência de uma agenda estruturada de gases renováveis, como a que Portugal  tem neste momento, nomeadamente a nível do hidrogénio, é fundamental para a  dinamização da indústria. O compromisso claro e objetivo que coloca como  prioridade nacional a produção dos gases renováveis, numa estratégia de  profunda alteração do paradigma da produção energética, traz ao país o  enquadramento necessário para o desenvolvimento de soluções que permitam ir  ao encontro das expectativas dos investidores. 

Estas soluções passam também pela comercialização de hidrogénio e gases  renováveis, pelo que é fundamental estudar e avaliar alternativas que garantam a  máxima eficiência e, ao mesmo tempo, a competitividade necessária para o  crescente interesse da sua aplicação nos diversos sectores.

A aposta nas energias limpas é inquestionável e soluções como o hidrogénio e os  gases renováveis são referenciais a considerar na prossecução de uma mudança  de paradigma mais rápida, mais sustentável e mais competitiva. 

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Após o sucesso alcançado na última edição, o Building The Future, principal evento português de transformação digital, com o patrocínio principal da Microsoft e construção da imatch, e que decorreu de 26 a 28 de janeiro, volta a desafiar todos os programadores, sejam estudantes ou profissionais com vários anos de experiência, inovadores e empreendedores, a participar no Hackathon. Esta edição, patrocinada pela Galp, através da sua plataforma de inovação aberta, a Upcoming Energies e com a parceria da Microsoft e da InnoEnergy, construção da imatch e apoio da TAIKAI, desafia todos os interessados a ultrapassar as fronteiras da tecnologia para construir um futuro “Low Carbon”.

Com prémios de 3.000€ para o melhor projeto, 1.500€ e 500€ para os 2º e 3º lugares, respetivamente, o Building The Future Hackathon de 2022, consciente da importância de reduzir a pegada de carbono e para impulsionar a inovação neste âmbito, desafia os participantes e a encontrar soluções, ferramentas ou softwares inovadores nos seguintes desafios:

  • Baterias de Veículos Elétricos: aplicação de uma segunda vida de Baterias em Veículos Elétricos para maximizar a sua utilização de uma forma eficiente e ecológica;
  • Financiamento da Transição Energética: facilitar e tornar mais acessível a aquisição de ativos de energia limpa através de financiamento;
  • Encontrar os melhores locais para comunidades solares: identificar pontos/locais solares privilegiados com melhor potencial para desenvolver comunidades solares urbanas;
  • Soluções alternativas de energia solar fotovoltaica: melhorar o ordenamento territorial para aplicação de energias renováveis e soluções solares fotovoltaicas alternativas;
  • Otimização de Postos de Abastecimento de Hidrogénio: melhorar a gestão do funcionamento dos postos de abastecimento e a experiência do cliente.

Para responder a estes desafios, os interessados deverão organizar-se em equipas de, no máximo, cinco elementos, identificando a área para a qual querem apresentar a sua solução. Na primeira fase, as equipas terão até dia 6 de março para escolher o desafio e desenhar uma primeira conceção do projeto, definindo o problema, a proposta de valor, a solução, a tecnologia e os membros da equipa.

As 10 melhores propostas passarão, posteriormente, à fase de desenvolvimento e, após receberem os créditos do Microsoft Azure, têm até dia 27 de março para desenvolver o protótipo e submeter para validação. Após o envio, as equipas terão ainda de fazer um pitch da sua solução ao júri da iniciativa, que irá selecionar os cinco finalistas e que, de 31 de março a 7 de abril, terão de arrecadar o maior número de votos possível do público.

Andrea Rubei, Marketing and Operations Executive Director da Microsoft Portugal, afirma: “Após o sucesso alcançado no ano passado, em que conseguimos identificar soluções verdadeiramente promissoras para a mobilidade elétrica, considerámos que fazia todo o sentido desafiar, novamente, o ecossistema de inovação nacional a responder e a solucionar, através da tecnologia, questões que são cada vez mais pertinentes e atuais para a sociedade, como o low carbon”.

Ana Casaca, Diretora da Galp Inovação, refere que “Acreditamos que este tipo de iniciativas que promovem a inovação aberta são uma ferramenta essencial para assegurar que as empresas se aproximam das comunidades tecnológicas e das mentes mais inovadoras e criativas do mundo, para em conjunto testarem em escala as suas ideias e as suas soluções, para acelerarem conceitos e modelos de negócio verdadeiramente capazes de solucionar os grandes desafios para alcançarmos um futuro neutro em carbono. Acreditamos que este tipo de inovação é uma mais-valia e por isso lançámos o nosso programa “Upcoming Energies” e apoiamos o Building The Future 2022”

Para participar nesta iniciativa, os interessados deverão efetuar a sua inscrição até ao dia 20 de fevereiro através da plataforma da TAIKAI.

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A NOVA School of Science and Technology | FCT NOVA anuncia o contributo dos seus investigadores para a descrição de uma nova espécie de dinossauro titanossauro Abditosaurus kuehnei dos restos escavados na yazida Orcau-1, no sul dos Pirenéus (Catalunha, Espanha).

O esqueleto semiarticulado de 70,5 milhões de anos é o espécime mais completo desse grupo herbívoro de dinossauros descoberto até agora na Europa. Além disso, Abditosaurus é a maior espécie de titanossauro encontrada na ilha Ibero-Armorica —uma região antiga que hoje compreende a Península Ibérica e o sul da França— representando um indivíduo senescente estimado em 17,5 metros de comprimento com massa corporal de 14 quilos. 

Para os investigadores, o tamanho do dinossauro é um dos factos mais surpreendentes a apontar: “Os titanossauros do Cretáceo Superior da Europa tendem a ser pequenos ou médios devido à sua evolução em condições insulares”, explicou Bernat Vila, paleontólogo do Institut Català de Paleontologia (ICP) que lidera a pesquisa. Durante o Cretáceo Superior (entre 83 e 66 milhões de anos atrás), a Europa era um grande arquipélago formado por dezenas de ilhas. As espécies que ali evoluíram tendem a ser relativamente pequenas, ou mesmo anãs em comparação com os seus parentes que vivem em grandes massas de terra, devido principalmente à limitação de recursos alimentares nas ilhas. “É um fenómeno recorrente na história da vida na Terra, temos vários exemplos em todo o mundo no registo fóssil dessa tendência evolutiva, por isso ficamos surpresos com as grandes dimensões desse espécime”, acrescenta ainda o investigador.

O trabalho de campo realizado ao longo de várias décadas desenterrou 53 elementos esqueléticos do espécime. Estes incluem vários dentes, vértebras, costelas e ossos dos membros, escapular e pélvico, bem como um fragmento semi articulado do pescoço formado por 12 vértebras cervicais.

No artigo publicado na Nature Ecology & Evolution, os investigadores concluem que o Abditossauro pertence a um grupo de titanossauros saltassauros da América do Sul e África, diferente do resto dos titanossauros europeus que se caracterizam por um tamanho menor. Os autores levantam a hipótese de que a linhagem Abditossauro chegou à ilha ibero-armórica aproveitando uma queda global do nível do mar que reativou antigas rotas de migração entre a África e a Europa.

A nova descoberta reflete assim um grande avanço na compreensão da evolução dos dinossauros saurópodes no final do Cretáceo e traz uma nova perspetiva para o quebra-cabeça filogenético e paleobiogeográfico dos saurópodes nos últimos 15 milhões de anos antes da sua extinção.

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A Carmo Wood, empresa portuguesa especializada em madeira tratada, acaba de alargar a sua oferta de equipamentos de exterior para espaços urbanos com uma nova gama de produtos a pensar nas cidades e no bem-estar animal. Os novos parques caninos Carmo Wood surgem como resposta ao crescimento exponencial do número de animais de estimação nos lares portugueses, muito impulsionado pela pandemia, e consequente necessidade de preparar e adaptar as cidades para receber os fiéis amigos do homem.

Compostos por um conjunto de 17 referências de estruturas em madeira tratada, de elevada resistência e durabilidade – desde túneis a lombas, passadeiras, plataformas ou saltos diversos – os parques caninos asseguram as condições ideais para treino, recreio, exercício físico e socialização dos animais, tão importantes para o seu crescimento e desenvolvimento.

Muito populares em centros urbanos noutros países da Europa, estes parques são ainda pouco usuais em Portugal, embora se registe já uma procura crescente”, afirma Jorge Milne e Carmo, CEO da Carmo Wood.  Para anunciar esta novidade, a Carmo Wood inaugurou recentemente o seu primeiro parque canino, instalado em Oliveira de Frades.

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A SGS Portugal, líder mundial em inspeção, verificação, ensaios laboratoriais,  formação e certificação, recebeu a visita do Embaixador da Suíça em Portugal, Markus Alexander Antonietti, aos recentemente inaugurados laboratórios da SGS em Portugal para apresentar os projetos a decorrer, bem como as novas instalações. A visita, que contou também com a presença de Gregor Zemp, Secretário-Geral da Câmara de  Comercio e Indústria Suíça em Portugal, da qual a SGS é membro fundador desde o  momento da sua constituição em 1987, teve ainda como objetivo criar sinergias e  identificar oportunidades de colaboração entre projetos, empresas e especialistas dos  dois países.

Durante a visita foram apresentadas as áreas de negócio da SGS Portugal e quais as  principiais apostas da empresa para os próximos anos em termos de sustentabilidade,  tecnologia e inovação. Entre vários projetos e temas discutidos, foi destacada a  importância da sustentabilidade como benefício económico e foram apresentadas as  soluções desenvolvidas com base nas mais recentes tecnologias moleculares. 

As novas instalações da SGS Portugal concentram agora diversos laboratórios,  nomeadamente, SGS Multilab, Competence Centre for Molecular Biology (CCMB) e Global BioSciences Centre. O SGS Multilab conta com importantíssimas  competências na área química e microbiológica para os setores alimentar, ambiental,  industrial e produtos de consumo, representando uma importante valorização das  estruturas tecnológicas nacionais e facilitando o desenvolvimento das atividades  económicas com base em resultados fiáveis. O CCMB tem como objetivo expandir e  desenvolver a biologia molecular na rede global da SGS. E, por fim, o Global  BioSciences Centre é um dos centros de excelência do Grupo SGS, que tem como  principal missão desenvolver e orientar a implementação de serviços integrados para  uma ampla gama de indústrias e setores, com grande foco, na área ambiental, do capital  natural, biodiversidade e da gestão de ecossistemas de forma integrada.

João Marques, Managing Director da SGS Portugal, reforça que “é extremamente  importante evidenciar o enorme talento português na área da ciência e a relevância dos  projetos que estamos a desenvolver na SGS, tanto do ponto de vista da ciência, como  também do ponto de vista económico. Atualmente, a SGS Portugal integra diversos  projetos dentro da temática da sustentabilidade, tecnologia e inovação”.

Markus-Alexander Antonietti, Embaixador da Suíça em Portugal, refere que “a  sustentabilidade é uma realidade nas nossas vidas, sendo a biotecnologia e as ciências  da vida, na minha opinião, uma das principais fontes para encontrarmos soluções mais  interessantes para a economia global. Neste campo, a SGS destaca-se através da sua  a aposta permanente em equipas de investigação com tecnologia de última geração e  impressionantes centros de conhecimento e operações”.

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Os aldeamentos Pedras d’el Rei e Pedras da Rainha, em Tavira, estabeleceram recentemente um protocolo com a Associação Vita Nativa, organização portuguesa sem fins lucrativos para a Conservação do Ambiente, com o objetivo de implementar um projeto de alojamento local para aves, inserindo várias caixas ninho nos seus aldeamentos a fim de promover a diversidade da avifauna na região do Algarve. 

Em Pedras da Rainha já se encontram instaladas 28 caixas ninho e em Pedras d’el Rei 26 caixas ninho, que já permitem a fixação de populações de espécies como chapins, poupas e mochos-galegos.

Esta parceria tem o objetivo de captar o interesse e proporcionar um contacto mais direto de quem visita os aldeamentos com as aves, promovendo assim o turismo de natureza, bem como potenciar a fixação de mais aves no meio urbano e promover e realçar o papel importante das espécies no controlo de pragas biológicas. 

O alojamento local para aves é um projeto que venceu o Orçamento Participativo Portugal de 2018 e resulta de uma colaboração entre a Associação Vita Nativa e a Direção Regional do Algarve do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas. 

Almeida Pires, Diretor Geral de Pedras da Rainha afirma que a preservação ambiental, e a defesa da avifauna existente nos nossos empreendimentos são uma preocupação constante, pelo que a adesão a este desafio mereceu de imediato a nossa aceitação. Cada vez mais, o Turismo de Natureza é uma aposta do Grupo Pedras, pelo que continuaremos a abraçar iniciativas como esta. Queremos ser cada vez mais ativos na conservação do ambiente e na defesa dos ecossistemas.”

Os aldeamentos Pedras d’el Rei e Pedras da Rainha, em conjunto com a Associação Vita Nativa, pretendem com este projeto aproximar as pessoas da biodiversidade em seu redor e tornar os espaços urbanos do Algarve mais preparados para as aves, contribuindo para o desenvolvimento e divulgação do conhecimento científico.

Saiba mais informações sobre esta iniciativa aqui.

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Com o ‘out of office’ ativo, é tempo de sair, de explorar novos territórios, de deixar a natureza despertar todos os sentidos. É altura de respirar ar fresco e absorver o poder dos elementos. O tempo parece parar totalmente na natureza, mas as suas possibilidades são infinitas. Ir para o ar livre retira as pessoas da sua rotina diária e leva-as para um estado de espírito em que podem voar livremente, voar alto e ir atrás do que realmente querem e procuram da vida. 

Se o tempo é aquilo que fazemos dele, a Swatch quer que as pessoas tenham mais tempo para se perderem na natureza e no momento com um relógio BIOCERAMIC COLORS OF NATURE no pulso. Esta coleção, que nos estimula o desejo de viajar, vai fazer-nos colocar telemóveis ou laptops de lado, ir mais longe do que o jardim do parque local, e aproveitar tudo aquilo que a natureza tem para nos oferecer. É exatamente por isso que cada uma das cinco cores da terra representa uma paisagem diferente – basaltos fortes, desfiladeiros inspiradores, densas florestas, glaciares gigantes e desertos escaldantes. 

A caixa BIG BOLD BIOCERAMIC, luneta e coroa dos modelos apresentam uma combinação única de dois terços de cerâmica com um terço de plástico de origem biológica derivado do óleo de rícino, que dá origem a um material robusto e leve, resistente a riscos e com um acabamento suave ao toque que é ideal para qualquer encontro no exterior. O ponteiro dos segundos tem a sua inspiração numa bússola, enquanto que o ‘vidro’ é fabricado a partir de material de origem biológica. 

Os relógios Swatch BIOCERAMIC COLORS OF NATURE estão já disponíveis nas lojas Swatch e na loja online da marca (https://www.swatch.com/pt-pt/colors-of-nature.html) com PVP de 130 euros.

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A NOVA School of Science and Technology | FCT NOVA anuncia que Elvira Fortunato e Cecília Roque, ambas professoras e investigadoras da faculdade, acabam de receber duas bolsas distintas do European Research Council (ERC), a mais reputada instituição de atribuição de fundos para a investigação científica e tecnológica na Europa.  

A ERC atribuiu um total de 166 bolsas proof of concept (prova de conceito) – cada uma no valor de 150 mil euros – a investigadores europeus. Quatros dessas bolsas vieram para Portugal – e metade para projetos que nasceram na FCT NOVA. 

Diminuir o lixo eletrónico, vigiar o cancro

O projeto liderado por Elvira Fortunato, professora catedrática, investigadora e diretora do CENIMAT|i3N, intitula-se de e-GREEN: From forest to electronics: green graphene e surge como resposta ao aumento do lixo eletrónico que é já o fluxo de resíduos com maior crescimento, acumulando-se 250 milhões de toneladas anuais. Uma nova abordagem sustentável, quer em termos de materiais, quer de processos, é a proposta: “O projeto e-GREEN visa a formação direta de padrões 3D baseados em grafeno para formação de circuitos impressos em substratos flexíveis recicláveis, evitando a necessidade de utilizar materiais metálicos escassos e não ecológicos para além de processos dispendiosos, poluentes e demorados”, adianta Elvira Fortunato. 

O projecto e-GREEN surge no seguimento de outro projeto distinguido com bolsa ERC, o DIGISMART (Multifunctional Digital Materials Platform for Smart Integrated Applications) cujo objetivo é revolucionar a maneira como se produzem circuitos integrados e componentes eletrónicos, utilizando materiais ‘eco-friendly’. Foi através do DIGISMART que foi possível “obter uma grande variedade de materiais baseados no grafeno, materiais estes de origem renovável – como a celulose, a nanocelulose e a cortiça – usando um novo processo baseado em grafeno induzido por laser. Este método assumiu-se como uma abordagem promissora devido à sua multifuncionalidade, relação custo/eficácia, processo, escalabilidade, simplicidade, alta eficiência e boa reprodutibilidade.”

O objetivo do e-GREEN é desenvolver uma prova de conceito baseada em vários protótipos de forma a avaliar os desempenhos elétricos e realizar uma extensa análise de mercado. O processo tecnológico abrirá novas portas para a eletrónica sustentável. 

Liderado por Cecília Roque, professora associada e Investigadora Principal do Laboratório de Engenharia Biomolecular da Unidade de Ciências Biomoleculares Aplicadas (UCIBIO), o projeto ENSURE: Non-invasive follow-up of urinary tract cancers consiste na criação de um inovador método de vigilância do cancro da bexiga, não invasivo, rápido e de baixo custo – fazendo uso do “nariz eletrónico” tecnologia desenvolvida numa bolsa ERC anterior atribuída à investigadora (SCENT: Hybrid Gels for Rapid Microbial Detection). Este nariz eletrónico inclui materiais sustentáveis sensíveis a gases, e um dispositivo que recorre a algoritmos de inteligência artificial para fazer a distinção de um conjunto de odores. Com base nesta tecnologia e em resultados preliminares da equipa, estão estabelecidas as bases para a aplicação clínica no diagnóstico e seguimento de pacientes: “O nosso maior objetivo é reduzir drasticamente o número de vezes que os doentes têm de ser sujeitos a técnicas invasivas e dolorosas”, explica Cecília Roque.

Com 573 mil novos casos e 213 mil mortes em 2020, o cancro da bexiga é o mais comum do sistema urinário e tem o maior custo por paciente entre todos os cancros, o que se deve sobretudo à vigilância exigente e que recorre a técnicas invasivas para o doente. O projeto compromete-se a avaliar a viabilidade tecnológica e de negócio numa sinergia entre a equipa de trabalho de Cecília Roque e a empresa italiana Day One, uma colaboração complementada com o contacto próximo com outros colaboradores e stakeholders. 

FCT NOVA com maior número de bolsas ERC

Elvira Fortunato acumula, assim, a sua terceira bolsa ERC e Cecília Roque a sua segunda: os projetos contemplados são, respetivamente, nas áreas da sustentabilidade e da saúde. Com as novas bolsas, a FCT NOVA reforça a sua posição pioneira liderando o número de bolsas ERC: passa de nove para 11. Já a Universidade Nova passa de um total de 22 para 24 bolsas ERC. 

Ambas as bolsas são proof of concept (ou prova de conceito) o que quer dizer que são bolsas atribuídas a investigadores já distinguidos por uma ERC. Significa também que os investigadores deverão utilizar o financiamento para passar da teoria à prática: perceber a viabilidade dos conceitos científicos em desenvolvimento assim como explorar oportunidades de negócio ou preparar candidaturas de patente. 

Entre os 166 distinguidos pelas bolsas, a maioria (92) são mulheres. As bolsas foram atribuídas a investigadores da Áustria (7 bolsas), Bélgica (5), República Checa (1), Chipre (1), Dinamarca (4), Alemanha (13), Grécia (1), Finlândia (3), França (15), Islândia (1), Irlanda (6), Israel (18), Itália (21), Luxemburgo (1), Holanda (16), Noruega (1), Portugal (4), Eslovénia (1), Espanha (18), Suécia (7) e Reino Unido (22).

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Dois anos antes das suas metas propostas para 2025, a Saur está agora a delinear o rumo para 2030,  com um plano estratégico centrado na economia circular. A ambição do Grupo Saur é tornar-se o líder da transição da água, ou seja, ser o melhor parceiro para apoiar os seus clientes e comunidades na  transição para modelos mais sustentáveis e resilientes de utilização da água. 

O ano de 2022 será dedicado à consolidação das bases do sucesso desta estratégia, com dois grandes  focos:  

  • Aumentar o know-how do Grupo, continuando o seu crescimento em todo o mundo graças a  uma política de recrutamento ambiciosa, ao reforço de sinergias e conhecimentos para  identificar práticas futuras, e à melhoria contínua dos processos.  
  • Finalizando a transformação do modelo de Saur, colocando o plano da Responsabilidade Social  Corporativa (RSC) no centro das orientações e decisões estratégicas, a fim de melhor se  preparar para 2025 e 2030.  

Para assinalar este novo período de conquista, o Grupo está a reafirmar os seus compromissos, ao definir para si próprio um objetivo e ao revelar uma renovação completa da sua identidade de marca, partilhada pela Aquapor e pelas suas concessionárias em  Portugal 

Tendo lançado as bases para um modelo empresarial empenhado, baseado na melhoria mútua do  desempenho financeiro e extra-financeiro, o Grupo está agora a iniciar um novo capítulo, adotando um  objetivo, o de devolver à água o valor que ela merece:  

Defender que todos (municípios, indústrias, cidadãos, agricultores, ONG, e a sociedade civil  como um todo) atribuam à água o valor que ela merece. Para além do nosso negócio inicial – o  de fornecer um abastecimento adequado e um tratamento responsável da água de alta  qualidade – estamos empenhados em agir e convencer os outros, para que juntos possamos  investir para poupar água e inventar novos modelos para preservar o recurso mais precioso do  nosso planeta“. 

Com base neste objetivo, a Saur pretende dar uma melhor resposta às questões ambientais e sociais  relacionadas com a gestão da água para os seus clientes e parceiros. Todas as decisões e ações do  Grupo serão agora guiadas por estes princípios, de mãos dadas com todos os seus intervenientes. 

Esta aceleração estratégica está também a ser acompanhada por uma renovação completa da  identidade da marca Saur. É a expressão de uma empresa dinâmica, atenta a todos os intervenientes e centrada no futuro. Com a nova assinatura, Missão Água, a Saur reafirma o seu compromisso de agir,  fazer diligências e unir todos os intervenientes, para criar um mundo mais seguro para as gerações  futuras.  

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