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A Shoevenir é uma marca portuguesa de sneakers, que mistura arte, design e sustentabilidade. Conversamos com os fundadores, Gonçalo e Miguel, para saber mais sobre este projeto inovador.

Como surgiu a ideia da Shoevenir e como a tornaram uma realidade?

A ideia surge através de um brainstorming entre nós, após refletirmos sobre a palavra “shoevenir”. Durante mais de ano e meio fomos aprender sobre calçado e como desenvolver o conceito.

Juntamos pessoas que acrescentaram o conhecimento e recursos que faltavam e fomos avançando com protótipos e experiências. O programa Startup-Voucher ajudou-nos muito com instrumentos financeiros que nos permitiram chegar ao nível seguinte. 

 

A Sustentabilidade dos sneakers esteve na génese da ideia, ou foi algo que se tornou inevitável posteriormente? 

Tendo em conta a vasta ofertas de materiais de origem sustentável, definimos desde cedo essa posição. Não é eco-fashion, é senso comum. Porém, ainda temos conhecimento a adquirir no campo da sustentabilidade e estamos ansiosos por aplicá-lo no futuro. 

Shoevenir Campo

Quais são os materiais utilizados na produção e que impacto eles têm no produto?

As Shoevenirs são compostas por pele e camurça vegan, cortiça reciclada, cordões de algodão, e poliéster reciclado. Adicionalmente, as nossas solas são 100% recicláveis.

Para além de todos este componente terem os materiais certificados, nós fizemos questão de visitar todas as fábricas e acompanhar todos os testes feitos. As condições de trabalho superaram sempre as expectativas, fruto da qualidade incutida ao calçado português. 

 

Irão plantar uma árvore a cada par vendido. No que consiste esta ideia e como a vão operacionalizar?

Sim! Temos uma parceria com a ONETREEPLANTED, uma das associações mais experientes do mundo no campo da reflorestação. Sempre que um par é vendido, um dólar é enviado para plantar uma árvore num lugar onde opera a ONETREEPLANTED. 

Shoevenir Mulher

Da primeira coleção da Shoevenir fazem parte seis sneakers: Porto, Lisboa, Madeira, Açores, Algarve e Cloud. Porquê estes nomes? E porquê um tão diferente dos outros?  

O nosso objetivo é que a Cloud, tal como as nuvens, possa assumir qualquer forma. Sabíamos que era essencial termos uma Shoevenir num registo mais “clean” para ser usado em qualquer ocasião, com qualquer outfit. Também queremos usá-la para explorar o campo da customização ao fazer colaborações exclusivas. 

 

O setor da moda, e especificamente dos sneakers, é bastante concorrencial. O que trazem de novo aos consumidores? 

Trazemos aos consumidores um sneaker com significado emocional. Algo que mistura arte, design e sustentabilidade para contar uma história. Sabíamos que se colocássemos um sneaker no mercado teria de apresentar muita diferenciação e é exatamente para isso que trabalhamos.  

Shoevenir Casal

A Shoeviner está incubada na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto. Qual a importância deste tipo de apoios para iniciarem o vosso negócio?

A UPTEC permitiu-nos contactar com um ecossistema de empreendedorismo que incentiva o debate e a criatividade. Tivemos o acompanhamento de uma mentora, a Fátima São Simão, que sempre acrescentou inputs valiosos durante o desenvolvimento do projeto. Sentimos que é importante estar incubado, até por uma questão de solidificação de ideias. 

 

Onde e quando podemos ter acessos aos Shoevenir? 

As Shoevenirs vão estar disponíveis para pré-encomenda durante a nossa campanha de crowdfunding em setembro. Após a angariação das vendas vamos finalmente poder dar início à produção e entregá-las por volta de Dezembro. 

Shoevenir Founders

Gonçalo e Miguel 

Founders, Shoevenir

Gonçalo – Licenciado em Gestão e com Pós-Graduação em Digital Business. As suas experiências passadas no campo da logística, comercial e marketing acabaram por apurar um gosto pelo empreendedorismo, que sempre existiu. Neste momento está dedicado à Shoevenir e à Powerzada, uma outra start-up. 

Miguel – Licenciado em Design de Comunicação com experiência em Audiovisual. Trabalhou como designer gráfico, com fotografia de moda e edição. Atualmente para além da Shoevenir, trabalha como freelancer em Social Media Management e criador de conteúdos multimédia.

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Entre os dias 21 e 27 de março, o Dino Parque da Lourinhã irá organizar a Semana do Ambiente, uma semana temática com atividades dedicadas à educação e à consciência ecológica dedicadas  a toda a família, mas em particular às crianças. Sendo a geração responsável pela conservação  do planeta, as crianças serão convidadas especiais e, até 12 anos, têm entrada gratuita durante  todo o fim de semana

O programa, norteado pela temática da sustentabilidade, irá abordar um assunto diferente em  cada dia, e prevê um conjunto de atividades destinadas à comunidade escolar e à população em  geral. A organização conta com a colaboração de parceiros locais e regionais. 

A inaugurar o primeiro dia, 21 de março, o tema “Florestas” vai celebrar o Dia Mundial da Árvore  com a oferta de árvores para plantar no Dino Parque, em parceria com a The Navigator  Company. O dia contará também com a oferta de uma visita guiada sobre sustentabilidade para  grupos escolares, além de um workshop dedicado ao tema “Plantio e Sementeira”.  

As visitas guiadas durante a Semana do Ambiente e o workshop de dia 21 estarão sujeitos a  inscrição e limitados aos primeiros 30 participantes.  

O dia 22 de março, Dia Mundial da Água, faz deste recurso fundamental protagonista. Para as  escolas, o Dino Parque tem planeados uma visita guiada e um conjunto de jogos sobre o ciclo da  água e a biodiversidade. Além disto, a empresa Docapesca visitará o parque com uma ação de  sensibilização para o consumo sustentável de pescado – procurando dar a conhecer aos mais  pequenos o processo de fazer chegar o peixe ao prato. O dia 22 contará, ainda, com uma ação  de sensibilização da SPEA (Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves) sobre a preservação  de aves. 

No dia 23 de março, Dia Mundial da Meteorologia, o programa será dedicado às alterações  climáticas. Além da oferta de uma visita guiada especial, o Dino Parque tem preparado o jogo  “O Clima em Mudança”, que pretende sensibilizar para um dos temas mais relevantes do nosso  tempo. 

No dia 24 de março, o programa focar-se-á no tema “Resíduos” através do jogo “Recicla e  Reduz”. 

O dia 25 de março terá como temática os “Mares e Oceanos”, também com um jogo e a oferta  de uma visita guiada. Este dia marcará, ainda, a inauguração da exibição “Resíduos em Exposição  – Arte Pré-Histórica”, que vai reunir esculturas de animais pré-históricos criadas por alunos das  escolas do concelho da Lourinhã recorrendo apenas a materiais recicláveis.  

O fim-de-semana será dedicado à Biodiversidade e à Sustentabilidade em geral, procurando  agregar todos os temas abordados durante a semana. Para o efeito, o Dino Parque reuniu um  conjunto de oradores que irão sensibilizar para a temática a partir das suas diferentes áreas de  atuação.  

O sábado (26 de março) contará com a presença de João Correia, da Flying Sharks, empresa que  promove a exploração sustentável dos oceanos através de consultoria e transporte de animais  marinhos para instituições com foco na investigação sobre o meio. Marcará também presença  a chef Patrícia Borges, professora e proprietária da empresa de catering Sea Lovers, com um  showcooking que terá por base a pesca sustentável e os produtos de origem local. A tarde estará  a cargo de Nuno Vasco Rodrigues (biólogo marinho e fotógrafo de conservação) e de Lurdes  Morais (representante do projeto “Life Berlengas” do ICNF).  

A fechar a Semana do Ambiente do Dino Parque, a manhã de domingo (27 de março) contará  com a presença de Simão Quintans, em representação da Lourambi – Associação para a Defesa  do Ambiente do Concelho da Lourinhã, e de Nuno Pimentel, coordenador científico do Aspiring  Geoparque Oeste. À tarde, Rui Dias, geólogo e diretor executivo do Centro Ciência Viva de  Estremoz, estará à conversa sobre a utilização dos recursos geológicos da Terra. Lídia e Manuel  Nascimento encerram o programa, numa palestra que incidirá sobre a temática do lixo na praia.  O casal, que criou uma página nas redes sociais que alerta para este flagelo, irá dar a conhecer  o seu projeto “Mar à Deriva – Adrift Sea”. 

O fim de semana irá receber, ainda, o “Dá Mão à Floresta” – projeto de responsabilidade social  e ambiental da The Navigator Company –, com diversas atividades que irão colocar os mais  pequenos em contacto com o mundo da floresta sob a ótica da educação ambiental.  

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A Fidelidade, a Fosun e o Hospital da Luz Learning Health lançam a 5ª edição do Protechting, um programa internacional para a inovação, que liga as startups de topo nas áreas de Insurtech (seguros) e Healthtech (saúde) com empresas de alcance global nestas indústrias.

Assente na visão partilhada da Fidelidade e da Fosun que define o empreendedorismo como uma fonte de inovação essencial na construção das sociedades do futuro, o programa Protechting, desenvolvido com o apoio da consultora de inovação Beta-i, pretende fomentar uma cultura de acolhimento e desenvolvimento da inovação, facilitando o acesso a recursos importantes para a evolução e concretização de ideias de negócio.

O Protechting 5.0 irá focar-se nas áreas de Insurtech e Healthtech, procurando sempre dar prioridade às soluções ligadas à Sustentabilidade. As startups que integrarem este programa terão contacto com players internacionais de referência nas áreas de Seguros e Saúde, em diferentes geografias, com o objetivo de desenvolver oportunidades de colaboração em projetos piloto.

Na área de Insurtech, procuram-se soluções maduras e sustentáveis que melhorem a experiência do cliente, com um serviço de seguros otimizado, com os participantes a serem desafiados nas áreas de Seguros Gerais, Property and Home Living (habitacional), Cibersegurança, Futuro da Mobilidade, o Poder da Tecnologia e ainda na área “Beyond Insurance” onde se consideram novas formas de negócio ou abordagens à vida pós-Covid-19.

Na área da Healthtech, procuram-se soluções eficazes, e também sustentáveis, que melhorem a saúde e o bem-estar das pessoas, de forma segura, uma vez que a adoção de tecnologia nos cuidados de saúde tem conduzido a melhores diagnósticos e tratamentos, aumentando a eficiência no setor. Nesse âmbito, os desafios serão nas áreas de Bem-estar e Lifestyle, Deteção de Doenças, Novos Tratamentos, Vida depois da Covid-19, Cuidado do Paciente e Gestão de Saúde.

Com inscrições abertas até 17 de abril em www.protechting.pt, o programa irá selecionar uma shortlist de projetos com potencial, rumo a um Innovation Match Day – no qual as startups se conectam com as empresas e são encaminhadas as colaborações para o desenvolvimento de projetos-piloto. Posteriormente, e durante quatro meses, serão acompanhados até ao Demo Day, encontro no qual o ponto de situação dos projetos, e os seus potenciais impactos no negócio e sociedade, são apresentados aos parceiros e à comunidade de inovação.

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Para ser mais ecológico é importante que tenha atitudes mais conscientes e sustentáveis, não só em casa mas também no seu local de trabalho, onde passa grande parte do seu dia.

Aqui vão 7 dicas para se tronar mais sustentável no trabalho:

1 – Se tiver essa possibilidade, trabalhe a partir de casa:
Evita deslocações, poupa combustível e ajuda o meio ambiente. Além disso, evita a utilização desnecessária de recursos.

2 – Opte por utilizar trasnportes de forma mais sustentável:
Deixe o carro em casa. Se for possível, vá trabalhar a pé, de transportes públicos, de bicicleta ou partilhe viagens com os colegas.

3 – Não utilize louça descartável:
Leve a própria garrafa de água, use um copo reutilizável para o café ou chá evitando os descartáveis

4 – Levar almoço de casa, com talheres reutilizáveis:
Em primeiro lugar, poupa dinheiro e tempo. Por outro lado, pode aproveitar as sobras do jantar do dia anterior e, assim, reduzir o desperdício de comida. Prepare snacks saudáveis (s/embalagens) para comer entre refeições (fruta, cenouras, frutos secos);

5 – Evitar a impressão desnecessária de materiais e promover o uso de materiais de escritório amigos do ambiente.
Por exemplo use papel e envelopes reciclados; prefira canetas recarregáveis, em vez de descartáveis; use clips, em vez de elásticos porque que são produzidos com recurso a petróleo bruto; opte por tinteiros recicláveis para as impressoras e fax; entre outros.

6 – Diminuir o uso do ar condicionado:
Se possível, evite o uso do ar condicionado. Caso não seja possível, se o clima externo estiver ameno, utilize a ventilação média ou mínima no condicionador de ar de modo a reduzir os gastos.

7 – Separação correta de resíduos:
Caso o seu local de trabalho já disponha de um pequeno “ecoponto” faça a correta separação do lixo. Caso ainda não tenha sugira como medida de sustentabilidade para que todos possam contribuir para um ambiente mais limpo.

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Situada no coração do Parque Natural da Ria Formosa, a Quinta do Lago sempre foi extremamente apaixonada pela preservação do seu ambiente natural. A natureza sempre fez parte do ADN do Resort – apenas 9% da área total é construída – tudo o resto são áreas verdes ou água.

Conversamos com Mark Tupling, Superintendente Greenkeeper na Quinta do Lago,  para saber mais sobre as estratégias ecológicas do Resort, como o fornecimento de produtos orgânicos cultivados em todos os seus restaurantes, melhoramentos nos processos de irrigação e no tratamento da água, desenvolvimento de atividades que promovam a sustentabilidade junto da comunidade local, inspirando a uma vida sustentável e em contacto com a natureza.

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A Quinta do Lago é um resort que prima pela sua localização no Algarve, na privacidade e segurança da Reserva Natural da Ria Formosa. A questão da sustentabilidade é um dos pilares fundamentais para a preservação da vossa atividade?

Sem dúvida. Temos a honra de fazer parte deste parque natural e tratá-lo como a nossa casa. Por essa razão as nossas decisões comerciais são fortemente influenciadas pela nossa localização, a fim de preservar o resort para as gerações futuras. Estamos em parceria com ONG’s locais e internacionais para acompanhar e melhorar o nosso esforço no sentido da sustentabilidade.

Tratando-se de um resort que está inteiramente ligado ao golf. Que medidas amigas do ambiente adotam para a manutenção dos campos?

Em 2019 começámos a trabalhar com a Vita Nativa, uma ONG local, para documentar e acompanhar a nossa vida selvagem, dando-nos uma melhor compreensão da nossa pegada ecológica. Em 2020, aderimos ao Programa OnCourse com a Organização Ambiental do Golfe (GEO), com o objetivo de orientar os nossos planos de sustentabilidade e defender os nossos esforços. A participação nestas iniciativas ajudou as nossas Equipas a promover a natureza, proteger o ambiente, reduzir a utilização de recursos e envolver-se com a comunidade local.

 

Proporcionam experiências para dar a conhecer mais sobre a flora e fauna locais, nomeadamente passeios guiados pelo campo de golfe, libertação de espécies nativas no meio ambiente, entre outros. Qual a importância destas experiências quer para as pessoas, quer para o resort?

Uma grande parte do nosso esforço de sustentabilidade é envolvermo-nos com a nossa comunidade local. Isto não é para substituir o golfe, mas para promover todos os benefícios que o resort pode proporcionar no estilo de vida da nossa comunidade com o objetivo de estimular o contacto com a natureza; recebemos sempre um feedback muito positivo dos nossos clientes que participaram nestas iniciativas, especialmente as famílias jovens que nos visitam para relaxar para além golfe.

A Quinta do Lago foi reconhecida pela Associação Internacional de Operadores Turísticos de Golfe (IAGTO) 2021 com o Prémio de Sustentabilidade para Eficiência de Recursos. De que forma isso contribui para o reconhecimento da marca?

Ficamos extremamente honrados por termos ganho o Prémio IAGTO para a Eficiência de Recursos, uma vez que eles são um organismo industrial globalmente reconhecido. O setor do turismo continuará a ser um mercado altamente competitivo e dinâmico, com as gerações futuras a liderar o movimento da sustentabilidade, é importante evoluirmos para satisfazer as suas exigências e sermos reconhecidos por o fazermos, o que nos deixou muito orgulhosos.

 

No que consiste a Q Farm e quais as suas vantagens?

A Q-Farm fornece aos nossos restaurantes frutas e legumes locais, organicamente cultivados, sazonais. Podemos especializar-nos em produtos de nicho, feitos à medida dos nossos menus que podem ser colhidos, entregues, preparados e servidos dentro de uma tarde. Isto serve como uma grande vantagem para a nossa equipa de Chefs ao conceber os seus menus e ajuda a reduzir os recursos de uma cadeia de abastecimento volátil.

Qual o próximo passo para promover ainda mais a sustentabilidade na Quinta do Lago?

Esforçamo-nos por cobrir os três principais pilares da sustentabilidade e continuaremos a fazê-lo ao longo dos próximos anos. O nosso objetivo imediato é tornarmo-nos um campo de golfe certificado pela GEO e temos planos para atingir esse objetivo ainda em 2022. Reconhecemos também que podemos e devemos fazer mais, pelo que estamos a planear escalar os nossos esforços atuais à medida que crescemos e desenvolvemos novas áreas de negócio.

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Mark Tupling,
Diretor de Manutenção de Campos de Golfe na Quinta do Lago

Mark, está na Quinta do Lago desde 2020, tendo-se mudado com a sua família dos Emirados Árabes Unidos, há mais de 10 anos. A paixão de Mark pela manutenção de campos de golfe começou no início da sua carreira em Gleneagles, Escócia, onde aprendeu que trabalhar com a natureza era o método ideal para manter os campos de golfe; uma lição que ele tem levado a cabo diariamente na sua carreira. Trabalhar para estes princípios ajudou Mark a conduzir a sua equipa à Certificação GEO para Jumeirah Golf Estates, Dubai, que é agora o seu objetivo na Quinta do Lago.

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O Mobile World Congress 2022, que está a acontecer em Barcelona até ao próximo dia 03 de março, assistiu hoje ao discurso proferido pelo Rotating Chairman da Huawei. Numa intervenção difundida online, Guo Ping aproveitou a ocasião para salientar o plano da empresa de dar continuidade à sua estratégia de globalização e aumentar o investimento em tecnologias fundamentais.

Ao centrar o seu discurso em dois dos maiores desafios que o mundo actualmente atravessa, a digitalização e a neutralidade carbónica, Guo Ping fez questão de frisar que, face às previsões que apontam para que, em 2022, mais de 50% do PIB global será na área da digitalização, “a indústria deve explorar novas teorias e arquiteturas para remodelar o paradigma tecnológico e assim alcançar a sustentabilidade digital”. Já no campo da neutralidade carbónica, o Rotating Chairman da Huawei destacou que “a densidade de conectividade e o poder de computação determinam a força da economia digital, mas também devem manter a vitalidade a longo prazo”. Por essa mesma razão, acrescentou Guo Ping, “é absolutamente necessário considerar uma nova dimensão; a redução de carbono“.

As palavras do Rotating Chairman da Huawei foram aliás reforçadas por Li Peng. O presidente para a região da Europa Ocidental da Huawei, destacou que a empresa “está a colaborar activamente comos seus parceiros da indústria para reduzir a pegada de carbono”, ainda dizendo que esta ”é uma das principais prioridades” da empresa. Dando como exemplo a solução de agricultura inteligente da Huawei que já criou valor para os agricultores na Suíça, em que drones que usam big data e 5G são capazes de monitorizar campos agrícolas 20 vezes mais rápido do que antes, ou a colheita de precisão que reduziu o uso de herbicidas em 90%, Li Peng referiu que a multinacional “tem vindo a explorar desde há décadas formas de economizar energia e reduzir as emissões dos nossos próprios equipamentos e soluções”. Isto porque, frisou, “a transformação digital é uma jornada que nunca termina”.

Tendo em conta estas preocupações globais, a Huawei adoptou entretanto a estratégia “More Bits, Less Watts”. Nesse sentido, a empresa tem envidado grandes esforços para melhorar os seus recursos digitais fundamentais, comprometendo-se a multinacional a tornar os seus produtos 2,7 vezes mais eficientes em termos de energia, através de consideráveis avanços em áreas como teoria, materiais e algoritmos.

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Faltam-nos as palavras para descrever esta conversa com a Catarina Vieira, fundadora do Chão do Rio – Turismo de Aldeia. Um projeto que nasce da vontade da Catarina e o companheiro plantarem árvores, onde podemos enumerar uma lista infinita de ações sustentáveis para preservar e potenciar a sua localização e onde sentimos o amor pelo projeto, natureza e hóspedes em cada palavra da Catarina, que nos narra uma história de encantar e encantada, tal como Chão do Rio é.

Como nos descreve o Turismo de Aldeia Chão do Rio? 

Localizado no sopé da Serra da Estrela, na aldeia de Travancinha, o Chão do Rio – turismo de aldeia, oferece uma experiência de alojamento sustentável, certificada pela Biosphere Responsible Tourism

Na sua quinta de 8 hectares, os seus hóspedes são desafiados para uma experiência de Slow Tourism, de grande contacto com a natureza e a vida rural. As confortáveis casas em pedra com telhados decorados com giestas estão dispostas em torno da piscina biológica, construída para se assemelhar às lagoas da serra da Estrela. Os géneros para o pequeno-almoço são servidos em cestos e incluem especialidades regionais. Os seus hóspedes são encorajados a explorar os trilhos das proximidades a pé ou nas bicicletas disponíveis gratuitamente. As crianças podem divertir-se com carros-de-mão, apanhar os ovos do galinheiro amovível ou apenas brincar livremente e em segurança. 

As Casas Churra, Cotovia, Loba, Ribeira e Pastor – todas com 1 quarto – permitem acomodar 4 pessoas. A Casa da Cumeada – 2 quartos e capacidade para 6 pessoas – está um pouco mais distante das restantes casas, proporcionando maior privacidade. A nova Fraga & Urze é um edifício com duas casas, a Urze, com tipologia T1 e preparada para hóspedes com mobilidade condicionada e a Fraga, com tipologia T2. Estas duas casas podem funcionar como uma só casa e permitem acomodar 8 pessoas. 

A decoração das casas é simples e confortável. Todas as casas possuem alpendre onde é possível desfrutar de refeições ao ar livre ou reparadoras sestas na rede. O Chão do Rio oferece ainda acesso a bicicletas, trilho interno sinalizado, carros-de-mão, churrasqueiras, forno de lenha, lareira ao ar livre, parque infantil, horta, galinheiro e piscina biológica. São permitidos animais de estimação mediante custo adicional.

Como surgiu a ideia do Chão do Rio? 

O Chão do Rio, mais do que uma ideia, foi um processo de evolução e adaptação às circunstâncias que a vida nos foi apresentando e a um enorme desejo de enraizamento e contacto com a Natureza

Chão do Rio é o nome de registo da propriedade onde está implantado o Chão do Rio – Turismo de Aldeia. Em 2001, eu e o meu companheiro adquirimos um terreno na aldeia de Travancinha, concelho de Seia, onde existia uma ruína de um antigo abrigo de animais, com potencial para recuperação para uma segunda habitação. No entanto, nessa altura, a nossa principal motivação era a compra de um terreno onde pudéssemos plantar árvores, queríamos deixar um legado para as gerações futuras, embora nessa altura ainda não tivéssemos as nossas filhas. Aquela era uma região onde gostávamos de fazer caminhadas (Serra da Estrela) e, por coincidência, foi ali que descobrimos o terreno que desejávamos comprar. No início, íamos lá todas as semanas (vindos de Aveiro), apenas para limpar o terreno, plantar árvores e descarregar do stress da semana. Era uma relação com a terra muito física. Ao fim do dia, saíamos dali cansados, mas felizes. Mais tarde viríamos a recuperar a ruína e transformá-la numa casa de fim-de-semana apenas para nós, e ali passámos a ficar aos fins-de-semana.

Já em 2006, a nossa vida profissional complicou-se e tornou-se difícil suportar os custos de manutenção de um terreno de 8 hectares apenas para nosso deleite. Mas, foi precisamente deste momento de aperto que começou a surgir a ideia de transformar aquele nosso refúgio num refúgio partilhado. Já com essa ideia em mente, fui fazer uma pós-graduação na área do turismo na minha antiga escola de gestão do Porto (a FEP) e numa disciplina de estratégia construí o plano de negócios do então sonhado “Chão do Rio – Estância Rural”. Em rigor, já ali estava quase tudo o que é hoje, mas então era só uma ideia. De qualquer modo, nesse curso percebi que com pouco investimento era possível testar se o nosso Chão do Rio atraía outras pessoas para além de nós. Foi por isso que, em 2010, o Chão do Rio começou a receber hóspedes, sob a forma de alojamento local, nessa altura uma família alugava uma quinta inteira de 8 hectares. Rapidamente percebemos que Travancinha, também para outros, era uma boa base para visitar o destino turístico Serra da Estrela e o desejo de ir mais além instalou-se.

Estávamos em 2011 quando contactámos a ADRUSE (Gabinete de Apoio à Ação Local da região) e descobrimos que, daí a 15 dias, iria acabar talvez a nossa grande oportunidade de fazer crescer o Chão do Rio. Nesse momento, aquele plano de negócios do Chão do Rio – Estância Rural, bem como a boa vontade de todos os que acreditaram na nossa capacidade de realização, serviram para completar uma candidatura ao antigo PRODER em apenas 15 dias. Quase um ano depois soubemos que a nossa candidatura havia sido aprovada.

Em 2012 começámos a construção e em 1/8/2014 começámos a comercializar o Chão do Rio no booking.com. 

O que os vossos hóspedes mais valorizam na experiência? 

O encantamento muitas vezes acontece no primeiro olhar, muitos relatam a sensação de entrar numa aldeia de fadas, que predispõe ao espanto. A natureza presente de forma não artificializada, faz outra parte importante do trabalho, ao variar com as estações e propiciar diferentes sensações consoante a época. Finalmente, a equipa sempre disponível e genuinamente envolvida, de uma forma simples contribui para um momento memorável. Depois há momentos especiais, como o facto de a chegada do pão quente acontecer pelas 5 da tarde, pelo momento do check-in, estando o cabaz de pequeno-almoço do dia seguinte já disponível na casa, que propicia logo um dos pontos altos: o lanche.

 

Dispõem de uma piscina biológica. Podem explicar-nos um pouco melhor no que consiste? 

Uma piscina biológica é a recriação artificial de um ecossistema natural. É um lago para banhos, onde a qualidade da água se obtém através de jardins aquáticos com plantas purificadoras, de um maior volume de água por banhista do que seria numa piscina convencional e através a circulação permanente da água. 

Tratando-se de uma água não tratada, a nossa ação é sempre indireta, favorecendo a saúde das plantas, para que estas assegurem a qualidade da água. E a qualidade vê-se bem pelas inúmeras libelinhas que ali nascem. Como onde há água pura, há vida, à piscina são atraídos muitos seres que contribuem para o equilíbrio do ecossistema, sendo os mais visíveis os anfíbios, como as rãs ou tritões.

Como incorporam a sustentabilidade no vosso espaço? 

A nossa política de sustentabilidade define medidas em diversas áreas:

Promovemos a biodiversidade…

Estamos a recuperar um bosque de folhosas na nossa quinta, plantando bolotas de Carvalhos autóctones;

Criámos corredores ecológicos para a circulação das espécies selvagens, através de espécies arbustivas locais;

Criámos zonas húmidas como o nosso “Brejo das Libelinhas” e a nossa Piscina Biológica;

Criámos zonas abrigo para animais selvagens como coelhos e lebres;

Recuperámos a frente ribeirinha da nossa propriedade.

Incentivamos experiências amigas do ambiente…

Os nossos hóspedes recebem diversas propostas de experiências através de parceiros locais, como massagens à sombra de carvalhos, workshops de fotografia, Caminhadas na Serra, Passeios a Cavalo e passeios no rio em Stand Up Paddle Board.

Disponibilizamos bicicletas de utilização gratuita para passear na propriedade ou na aldeia de Travancinha;

Criámos um trilho pedestre por onde os nossos hóspedes são convidados a caminhar, despertando para a magia da natureza;

As crianças podem apanhar ovos do galinheiro, legumes da nossa horta biológica, dar de comer às ovelhas “Flor” e “Estrela” ou divertir-se em passeios de carro-de-mão;

Os mergulhos entre nenúfares, libelinhas e rãs na nossa piscina biológica são inesquecíveis;

As zonas de piquenique, o forno de lenha e as churrasqueiras, transformam as refeições em saborosos momentos lúdicos de comunhão com a natureza;

Convidamos os nossos hóspedes a explorar a natureza em todos momentos, entregando-lhes uma lanterna para caminhadas noturnas.

Divulgamos o património local e contribuímos para o desenvolvimento da região…

O nosso cabaz de pequeno-almoço inclui uma grande variedade de produtos endógenos;

Na nossa loja de recordações vendemos artesanato local;

Na nossa receção são prestadas informações sobre a região;

Participamos ativamente na divulgação da Aldeia de Travancinha através de reportagens fotográficas profissionais dedicadas aos seus pontos de interesse turístico;

Os nossos hóspedes são convidados a conhecer e consumir nos estabelecimentos da aldeia e localidades vizinhas;

Integramos uma rede de parceiros locais que oferece experiências de animação únicas, abdicando de quaisquer comissões de intermediação…

Em momentos de renovação dos nossos equipamentos, doamos materiais em bom estado de conservação a instituições de cariz social localizadas nas proximidades do Chão do Rio.

Reduzimos os impactos ambientais mais adversos…

As casas do Chão do Rio confundem-se com a paisagem natural pela utilização de telhados de origem vegetal, construídos com recurso a materiais provenientes da limpeza dos terrenos envolventes.

todas as construções foram realizadas com materiais sustentáveis, tais como como pedra proveniente de demolições locais e madeira;

O aquecimento da água é realizado através de painéis solares;

Os nossos esgotos estão ligados à estação pública de tratamento de águas residuais;

O nosso aquecimento é realizado através de recuperadores de calor a lenha;

Reciclamos e incentivamos à reciclagem em cada uma das nossas casas, através da colocação de eco-pontos;

A iluminação é efetuada com lâmpadas Led;

A iluminação exterior é reduzida ao mínimo para evitar o consumo energético e a poluição luminosa;

O nosso “jardim” é um prado espontâneo que não carece de rega;

O nosso galinheiro é móvel, evitando a desertificação do solo e contribuindo para o enriquecimento natural da alimentação das nossas galinhas;

A manutenção dos espaços exteriores é realizada com recurso a meios manuais e mecânicos, nunca sendo utilizados pesticidas;

A nossa piscina principal é biológica, sendo o seu equilíbrio assegurado através da recriação de um ecossistema natural, onde as plantas garantem a purificação da água;

As nossas aménities são sabonetes artesanais produzidos na região, recorrendo a matérias primas locais;

O papel higiénico e os guardanapos são 100% reciclados e de origem nacional;

Os nossos hóspedes tem a opção de não trocar as toalhas diariamente, por forma a ajudarem-nos na redução do consumo de água e detergentes;

Reduzimos ao máximo a impressão de materiais publicitários em suporte de papel, privilegiando outros meios de divulgação de menor impacto ambiental;

Um fator de decisão essencial nos nossos consumos é o número de quilómetros percorridos. Sempre que possível, compramos localmente.

O vosso cliente tipo é português ou internacional? O respeito pelo ambiente é fator crítico de escolha?

Os nossos hóspedes são desde o início, na sua maioria, provenientes do mercado nacional, maioritariamente das cidades de Lisboa e Porto. Na sua maioria, são hóspedes com uma grande sensibilidade para as questões ambientais e fascinados pela natureza. Mas também são famílias onde mais que o fascínio pela natureza, a sua falta os atrai até nós. Todos, em maior ou menor grau, de forma consciente ou inconsciente, necessitamos de um contacto com o meio natural não possível nas cidades e daí a atração pelo nosso espaço.

 

Têm ações, ou planos, relacionados com a atuação sustentável que gostassem de destacar?  

Sim, um dos nossos projetos mais acarinhados é a nossa “Floresta do Futuro”. Cerca de metade da área total da propriedade do Chão do Rio (4 hectares), constitui uma área de reserva de natureza, onde estamos a recuperar uma Floresta autóctone. Esta área era anteriormente ocupada por uma mata de pinheiro manso, que o fogo em Outubro 2017 destruiu completamente. Desde então este espaço tem sido semeado e plantado com uma floresta autóctone, com o apoio de escolas, do Centro de Interpretação da Serra da Estrela e da Casa Santa Isabel. Este espaço que apelidamos Floresta do Futuro, por ser uma floresta para quem vem depois de nós, é pretexto de encontro e reflexão alargada, no nosso “dia aberto, um dia pela Floresta”, um evento aberto à comunidade por altura do aniversário dos fogos. Este ano a pandemia suspendeu o evento que pretendemos retomar já no próximo ano.

Catarina Vieira 

Natural de Aveiro, Catarina Vieira licenciou-se em Gestão na Faculdade de Economia do Porto. Em 2012, na Serra da Estrela concretizou a sua vocação empreendedora, integrando a paixão pela natureza, a vontade de fazer a diferença e os conhecimentos académicos adquiridos. O Chão do Rio – turismo de aldeia, foi o sonho concretizado através de uma unidade de turismo rural de pequena escala, localizada na aldeia de Travancinha, no sopé da Serra da Estrela! Desde a sua criação, o Chão do Rio tem desenvolvido um reconhecido trabalho em prol do Turismo Sustentável, tendo se tornado na primeira Unidade de Turismo Rural em Portugal a receber a Certificação “Biosphere Sustainable Tourism” em 2018 e foi vencedor dos Prémios AHRESP 2019 na Categoria Sustentabilidade Ambiental. 

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Falámos com Rita Andrade Soares, CEO da Herdade da Malhadinha Nova, um projeto de turismo com alojamento que nasce com a recuperação de uma ruína do Monte da Peceguina, uma unidade com 10 quartos dedicada a proporcionar experiências inspiradas no Vinho, na Gastronomia e na cultura e tradições locais.

Fale-nos um pouco sobre a história da Herdade da Malhadinha Nova e o conceito a ela associado. 

A Malhadinha Nova é um projeto familiar, iniciado em 1998 com a compra de uma propriedade abandonada no baixo Alentejo, numa das zonas menos povoadas da Europa. O conceito transversal a todas as áreas de negócio da Herdade centra-se na preservação das características endógenas da propriedade e no desejo imenso de preservar este espaço singular, de o melhorar através do desenvolvimento de atividades diversas, sempre com a enorme aposta na qualidade e com o objetivo de deixar um legado.

O projeto inicia com a plantação dos primeiros 20 hectares de vinha, com a construção de uma adega e culmina hoje com várias áreas de negócio desenvolvidas na propriedade, toda ela em produção biológica certificada, auto suficiência em vinho e azeite, ambos produzidos a partir das vinhas maioritariamente de castas portuguesas existentes na propriedade; azeitonas 100% de variedade galega de Olival tradicional; a produção agrícola e a pecuária através da criação das raças autóctones, Vaca Alentejana, Porco Preto e Ovelha Merina, todas elas de denominação de origem protegida (DOP); e da criação do cavalo Puro Sangue Lusitano. 

O projeto de turismo com alojamento nasce com a recuperação de uma ruína do Monte da Peceguina, uma unidade com 10 quartos dedicada à comercialização de experiências inspiradas no Vinho, na Gastronomia e na cultura e tradições locais. Culmina, mais recentemente, com a recuperação de todas as ruínas existentes nos 450 hectares da propriedade, nas quais hoje se oferecem 26 quartos espalhados por cinco diferentes unidades hoteleiras, onde mais uma vez se proporcionam experiências criativas e inovadoras com respeito pela natureza, pelo tempo, num espaço único, como expoente máximo do Luxo.

Que experiência pretendem proporcionar a quem visita o alojamento? 

Todas as experiências que proporcionamos na Malhadinha são desenhadas à medida de quem nos visita, pelas mãos de uma equipa criativa e dedicada, inspiradas em diversos temas, tais como o vinho, o pilar central, a gastronomia, a cultura, a aventura, o desporto, o romance, o bem estar, entre outros, sendo que o limite do que queremos criar e proporcionar é a imaginação . 

De que forma a sustentabilidade está presente na Herdade? 

A sustentabilidade está presente transversalmente:

Desde o início do projeto, o projeto HMN (Herdade da Malhadinha Nova) de imediato se transformou também no enorme desafio de manter a sustentabilidade e o equilíbrio natural  de uma propriedade singular, nunca antes agredida por explorações exaustivas de solos através de adubações químicas e/ou usos de pesticidas ou plantações de qualquer monocultura intensiva, ou ainda alvo de qualquer especulação imobiliária que facilmente teria levado à edificação de centenas ou milhares de metros quadrados de construção para garantia de uma sustentabilidade económica fácil de encontrar. 

A preservação de um ecossistema perfeito constituído por montado de azinho, olivais tradicionais, searas de trigo, aveia e cevada e pradaria natural, a preservação e recuperação das edificações seculares existentes na propriedade, rapidamente se transformaram num objetivo primordial. 

Surgem assim, antes das primeiras plantações de vinha, a exploração de forma sustentável de todo este gigantesco potencial através da aquisição de diversas espécies animais tais como os animais de denominação de origem protegida.

Todo o potencial de exploração das terras da Malhadinha passou de um estado de total abandono de há décadas para uma utilização de todos os recursos naturais  de forma absolutamente sustentável a todos os níveis:

  • Económico – (rentabilidade garantida em todas as áreas de exploração): o enorme investimento na qualidade e na exclusividade do produto, na primazia da imagem, na excelência do serviço, transportaram a marca MALHADINHA para um reconhecimento e consolidação nos mercados nacionais e internacionais que garantem o escoamento total dos artigos produzidos.

  • Social – (criação da empresa em 1999 com dois trabalhadores da região, pessoal efetivo atual superior a 70 pax sendo mais de 80% da região): utilização na recuperação e construção de todos os edifícios de boa parte de materiais tradicionais tais como a terracota e os azulejos fabricados por artesãos da região, madeiras da região e carpintarias produzidas por empresas locais.
    A enorme preocupação com a necessidade de partilhar e preservar conhecimento, saberes e tradições resulta num envolvimento das comunidades locais de artesãos, músicos, artistas em todas as experiências promovidas pela HMN na sua atividade turística, tal como em peças decorativas produzidas por estes artesãos e que serão comercializadas nas unidades .
  • Ambiental: a totalidade dos 455 hectares da propriedade convertidos para modo biológico no início de 2017, tratamentos de água realizados em toda a herdade por ETARES BIOLÓGICAS (plantas). Uso eficiente da água, monitorização de todo o gasto de água na propriedade por caudalímetros instalados em todos os pontos de consumo e supervisionado por um parceiro independente (Aquagri) em regime de avença, boas práticas agrícolas, fertilização natural dos solos com utilização de estrume e culturas auxiliares em toda a vinha capazes de aportar azoto ( fava, tremoço, trevo), corte natural das ervas infestantes com recurso a pastoreio das ovelhas em determinadas épocas. A recente aquisição de 10 veículos 100% elétricos para deslocação interna de colaboradores e hóspedes.

  • Energética: garantida em boa parte pela utilização de energia solar em todas as unidades de alojamento da propriedade, pela utilização de caldeiras de aquecimento a lenha proveniente da poda das azinheiras seculares existentes na propriedade, pela recuperação e construção de todos os edifícios com técnicas tradicionais e materiais de elevadíssima eficiência energética, pela aquisição apenas de equipamentos de última geração com eficiência energética máxima.

A participação e integração, desde o início, com grande sucesso no Plano de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo comprovam bem as práticas e a  visão estratégicas da HMN

A cultura alentejana é um aspeto importante para a Herdade da Malhadinha Nova. Como a incorporam no hotel? 

A cultura do nosso país, a cultura alentejana e a história e tradições da região e do passado desta propriedade agrícola são uma enorme inspiração desde o início do projeto, em todas as áreas. Cada casa do projeto hoteleiro inspira-se nas atividades locais do passado, na geologia, na avifauna e flora locais, na natureza da Malhadinha, e em todos os espaços encontramos peças fabricadas por artesãos locais; nas experiências, esses mesmos artesãos vêm partilhar o seu saber e as suas atividade artesanais, através de workshops ou apresentações dos seus trabalhos.

 

Quais são as atividades que disponibilizam para quem visita o vosso espaço? Qual é a que tem maior procura? 

As atividades mais procuradas ou as experiências que mais desenhamos são as dedicadas ao Vinho e Gastronomia, culturais e desportivas, programas em família com o intuito de partilhar a cultura local são cada vez mais procurados, os clientes procuram a Malhadinha para estadias cada vez mais longas, em que a natureza e as preocupações com a preservação do planeta são cada vez mais aspectos que famílias multigeracionais desejam vivenciar. Viajar com um propósito é hoje um dos principais objetivos de quem nos procura. 

Existe uma maior preocupação dos clientes em relação à sustentabilidade? Notam que tal já é um fator que pesa na decisão de escolha? 

Sendo a Malhadinha, na sua essência, um projeto de vinhos, e estando localizada numa região em que a tradição gastronómica é tão rica, já por si é uma das preocupações dos nossos hóspedes. É uma propriedade inserida num ambiente natural com uma diversidade e dimensão considerável, o que a torna também bastante apetecível, sobretudo pelas atividades desportivas e de aventura, as iniciativas e experiências culturais e as viagens com o propósito de conhecer a cultura e as tradições locais. O  tema cultural e o sentido de pertença são cada vez mais procurados. Sem dúvida que a sustentabilidade é uma preocupação crescente dos nossos clientes, e a Malhadinha encontra-se neste momento a desenvolver novas experiências dedicadas à preservação da Natureza e ao potencial deste espaço . Entre outras atividades, dispomos de uma forte colaboração com o Centro de Conservação da Natureza, de maneira a poder dar a conhecer as espécies de avifauna, através de materiais criativos de comunicação e apresentação das variadas espécies protegidas.

A Malhadinha está dentro de uma das zonas mais importantes do país para a criação e o desenvolvimento de espécies de aves em vias de extinção. Dar um exemplo a outros projetos para que se desenvolvam de acordo com os mesmos princípios  e valores, preservar e melhorar um espaço natural único e deixar um legado são as nossas principais motivações. 

Rita Andrade Soares

Nasceu em Lisboa, a 4 de Julho de 1972. Em 1993 inicia a colaboração na gestão do negócio da Garrafeira Soares, em conjunto com o seu marido João Soares e o irmão Paulo Soares. Em 1998 Adquire uma propriedade no Alentejo de 450 hectares, com o objetivo de produzir vinhos de elevada qualidade. Em 2007 inaugurou o Restaurante Gourmet da Malhadinha, e em Fevereiro de 2008, O Country House & Spa, um hotel de charme. Inicia, em 2012, uma “joinventure” no algarve com a produção de vinhos, Quinta do Convento do Paraiso. Em 2015 lança-se como autora na área do ENOTURISMO com a obra “ Portugal Wine & Lifestyle”. É responsável pela organização de um dos eventos mais mediáticos em Portugal na área dos vinhos e das bebidas espirituosas “ Algarve Trade Experience”.  Autora de vários artigos de Turismo para várias publicações entre elas, Forbes Magazine e Revista Vilas e Golf.

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A Humana é uma associação sem fins lucrativos que, desde 1998, trabalha a favor da proteção do meio ambiente através da reutilização têxtil e realiza tanto programas de cooperação para o desenvolvimento em Moçambique e na Guiné-Bissau como de apoio local em Portugal.

Em 2021, a Humana recuperou quase 11 milhões de peças de vestuário, num total de 2.700 toneladas, com o objetivo de dar-lhes uma segunda vida. A associação acrescenta que este valor representa 1,4% de todos os resíduos têxteis gerados em Portugal.

Sónia Almeida, responsável pela recolha têxtil em Portugal, refere que este “são números preocupantes, ainda mais quando a recolha seletiva tem um enorme potencial, já que 50% dos resíduos têxteis podem ser reaproveitados e mais de 35% podem ser reciclados”.

As 2.700 toneladas de têxteis recuperadas no ano passado em Portugal “evitaram a emissão de 16.470 toneladas de CO2 à atmosfera”, o que é equivalente à “emissão anual de 6.186 carros que circulam 15.000 km cada ou à absorção anual de dióxido de carbono de 122.910 árvores”.

Em Portugal, a Humana é composta por uma rede de estabelecimentos de moda em segunda mão que conta com 10 lojas em Lisboa e 5 no Porto.

 

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A NOS melhorou o seu desempenho em sustentabilidade face a 2020 e obtém agora a sexta classificação mais alta no sector das telecomunicações na Europa, segundo a última avaliação de ESG (ambiental, social e governança) conduzida pela Moody’s ESG Solutions, um provedor de dados e avaliações especializado nestas áreas.

Na edição de 2021, a NOS foi classificada com o nível “Advanced”, obtendo uma pontuação de 63 em 100. A Moody’s ESG Solutions analisa  mais de mil empresas a nível europeu, 35 das quais na área das telecomunicações 

A pontuação obtida pela NOS reflete uma subida de três pontos face a 2020, destacando-se uma melhoria de desempenho nas dimensões Ambiente e Social, com pontuações de 69 e 66 respetivamente, muito acima das médias setoriais de 46 pontos em ambas as dimensões, o que traduz as melhores práticas e iniciativas implementadas transversalmente na Organização. Na dimensão de Governance, a NOS alcançou uma pontuação de 53, que compara com uma média do setor de 48.

Incidindo nas dimensões Comportamento da Empresa, Direitos Humanos, Ambiente, Envolvimento com a Comunidade, Governo da Sociedade e Recursos Humanos, esta avaliação de ESG classifica a capacidade de as empresas integrarem fatores de sustentabilidade na sua estratégia e práticas de gestão, com o propósito de promover o crescimento económico, o investimento responsável e a criação de valor a médio e longo prazo. 

Objetivos e metas de redução de energia e emissões NOS

Em dezembro, a NOS obteve a aprovação dos seus objetivos de redução das emissões de gases com efeito de estufa (GEE) pela Science Based Targets initiative (SBTi). As novas metas assumidas pela operadora estão alinhadas com as trajetórias de redução de emissões definidas pela ciência climática como necessárias para limitar o aumento da temperatura global a 1,5º C, objetivo fundamental do Acordo de Paris. Reconhecida internacionalmente, a SBTi avalia e aprova objetivos de redução de base científica assumidos pelo setor empresarial, acelerando, assim, a transição para uma economia de baixo carbono.

A NOS compromete-se a reduzir, até 2030, as suas emissões de âmbito 1 e 2 (emissões associadas à operação própria) em 90%, em relação aos valores de 2019. No mesmo período, a empresa compromete-se também a reduzir as emissões de âmbito 3 (emissões que ocorrem a montante e a jusante, na cadeia de valor) em 30%.

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