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Entre a serra e o mar encontramos o Dream Guincho. Turismo sustentável que combina a tranquilidade do campo com a proximidade da cidade.

Nesta conversa ficamos a conhecer melhor este hotel em Cascais que apresenta uma arquitetura sustentável e totalmente integrada na paisagem que o envolve. Falamos ainda sobre os desafios desta altura atípica, e de que forma o Dream Guincho os tem enfrentado.

O que os motivou a abrir o Dream Guincho? Como surgiu a ideia?

Este hotel, Dream Guincho, nasce de um sonho antigo da proprietária Maria do Rosário Pinto Correia que sempre disse que o seu projeto de reforma seria um hotel. Em 2017 apaixonou-se por um terreno entre o mar do Guincho e a Serra de Sintra, e um ano depois começaram as obras para a construção do edifício que entrou em soft opening em finais de 2019 sendo a abertura oficial ao público feito em Março 2020.

piscina turismo sustentavel

Que experiência pretendem proporcionar a quem visita o alojamento?

Queremos que as pessoas que aqui chegam se sintam em casa. Que consigam desligar da correria do mundo lá fora, e que consigam aproveitar tudo o que temos para oferecer para relaxar e carregar baterias. Quisemos associar a este ambiente de tranquilidade um conforto extremo, aliado a uma decoração discreta, mas muito cuidada e com qualidade. E este requinte está em todos os pormenores: nas almofadas e edredons de penas, nos cremes da CastelBel, nos lençóis de tecido 100% algodão, nos pratos de porcelana, no sumo de laranja feito na hora para o pequeno almoço, …

 

Quais as atividades disponíveis no vosso espaço? Visam usufruir da proximidade ao mar e serra?

Temos uma sala de estar com lareira e outra para juntar os amigos à mesa, uma sala de bilhar e piano, uma outra para ler e para desenhar, um jardim com uma piscina exterior, vários terraços cobertos e descobertos, um espaço para exercício, um elevador, excelente WI-FI em todo o Dream Guincho… e toda a Serra de Sintra e a Praia do Guincho à nossa porta!

A decoração da Fusion criou um ambiente que faz do Dream Guincho o sítio ideal para descomprimir e relaxar, para celebrar momentos especiais… e até para teletrabalho.

Organizamos todo o tipo de actividades com parceiros selecionados, aproveitando a extraordinária localização que temos, entre mar e serra e perto de tudo! No Dream Guincho podemos ter aulas de chi kung ou yoga, um personal trainer para a sala de exercício ou aqua pilates, massagens, reiki e healing… Fora daqui, desporto no mar (surf, kitesurf, windsurf, pesca ou vela no mar, …) ou em terra (passeios a cavalo, caminhadas, observação de pássaros ou golfe, ténis e padel, …), um spa ou uma mesa no restaurante. Podemos também organizar transferes e passeios para todos os destinos que nos rodeiam – Cascais, Estoril, Sintra, Lisboa, Costa Oeste, …

 

De que forma o vosso compromisso com a sustentabilidade está presente? Pode dar-nos exemplos?

Com uma arquitectura de António Castello Branco totalmente integrada na paisagem, a sua construção e operação respeitam muitos requisitos de sustentabilidade, nomeadamente a construção em madeira, sem um único tijolo, e a utilização de fontes renováveis de energia.

Apesar de não termos um restaurante convencional, o nosso staff dedica-se a comida tradicional portuguesa, e tentamos, sempre que possível, seguir as iniciativas de km0 servindo aos nossos clientes produtos locais.

dg turismo sustentavel

Sentem que a preocupação com a sustentabilidade se enfatiza pela proximidade que têm à natureza?

Estamos em Cascais, e para além disso encostados à serra e a minutos do mar, o que nos leva a estar cada vez mais conscientes da beleza da natureza e da paz que nos transmite.

É absolutamente impensável não tentar por todos os meios preservar este ar único que aqui respiramos e a riqueza natural de tudo o que nos rodeia… para que todos os que nos visitam, agora e no futuro, possam deles disfrutar.

 

O que sentem que os clientes mais valorizam no vosso espaço?

A tranquilidade, o campo, a proximidade com o mar e serra, o ar puro e o layout acolhedor do espaço são os principais fatores para nos procurarem, visitarem e adorarem. Os hóspedes veem um espaço cheio de luz natural, com uma decoração cuidada conjugando peças de todos os estilos e proveniências, com memoria, que os faz sentir em casa. Os quartos foram pensados ao pormenor, e o resultado é visível quando temos hóspedes recorrentes ou que vêm por indicação de outros. Falam nos muitas vezes também nos pequenos pormenores que temos no hotel, na simpatia e dedicação do staff para garantir o bem-estar dos hóspedes… e na nossa comida caseira e portuguesa.

 

Qual o perfil dos vossos clientes? É um cliente maioritariamente português ou internacional?

Este projeto foi pensado para clientes nacionais e internacionais. Com a abertura em plena pandemia, mais de 90% dos nossos hóspedes no ano passado foram portugueses, mas já tivemos hóspedes de vários países – Espanha, França, Inglaterra, Alemanha, Áustria etc.

O nosso cliente é aquele que procura a tranquilidade do campo, não muito longe da cidade, que prefere um sítio aconchegado e cuidado, em vez da agitação dos grandes hotéis. São pessoas que procuram sentir-se em casa longe de casa, com todo o conforto que um hotel lhes pode dar… e que gostam do que é genuíno e bom.

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Estudos indicam que o setor do Turismo foi um dos mais afetados pela pandemia. Como têm conseguido diminuir o seu impacto no vosso negócio?

A nossa dimensão foi um fator crítico para conseguirmos adaptar-nos à nova realidade durante esta pandemia. O facto de sermos um hotel com 8 quartos com áreas socais grandes facilita o distanciamento entre os hóspedes e esse é um grande ponto a nosso favor. As pessoas procuram sítios pequenos, tranquilos e onde se possam sentir seguros.

Também o nosso serviço de refeições, servidas à mesa, facilitou esta adaptação.

Apenas tivemos de reforçar as medidas de higiene, e com a ajuda do selo Clean & Safe que nos foi atribuído pelo Turismo de Portugal foi ainda mais fácil mostrar às pessoas que para além de ser um lugar de paz é também um lugar onde se podem sentir em segurança.

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Tiramos a curiosidade a quem pretende perceber de que forma uma marca com a dimensão da Makro incorpora a sustentabilidade no seu dia-a-dia, uma das principais empresas nacionais de distribuição grossista ao nível da comercialização de produtos alimentares e não alimentares.

Filipa Herédia, Communication & Engagement Manager da Makro, explicou-nos o compromisso da Makro com a transição para uma economia circular, onde se pretende eliminar o desperdício de produtos e materiais. Respondeu-nos, ainda, a algumas questões sobre de que forma a sustentabilidade está presente na estratégia corporativa e cadeia de valor da Makro, e que ações têm desenvolvido a nível da responsabilidade social, que se tornou uma necessidade ainda mais urgente na época atípica que atualmente vivemos.

De que forma uma marca com a dimensão da Makro incorpora a sustentabilidade no seu negócio e dia-a-dia?

Sustentabilidade, para nós, significa mais do que questões ecológicas e sociais: sustentabilidade é uma questão de atitude e uma forma de trabalhar. Orienta a forma como fazemos negócios e é parte integrante de nossa estratégia corporativa.

A Makro Portugal encontra-se empenhada em construir um futuro onde a sustentabilidade ambiental seja, de facto, uma realidade não só na sua operação, mas também, na dos seus clientes, fornecedores e toda a sua esfera de atuação.

Desta forma e a título de exemplo, podemos inclusivamente referir que nos encontramos empenhados na redução da utilização do plástico. Até 2023, em conjunto com os restantes países do GRUPO METRO, pretendemos economizar 300 toneladas de plástico e até 2025 ambicionamos capacitar os nossos clientes de ferramentas para reduzir a sua pegada ecológica.

Este é um processo que já vem sendo traçado desde 2014, ano em que a Makro Portugal começou a disponibilizar alternativas ao plástico provenientes de fontes renováveis, compostáveis e biodegradáveis, que não interferem na cadeia de abastecimento alimentar. Através de algumas destas matérias, os clientes Makro podem contar com uma gama completa de soluções alternativas ao plástico a preços competitivos, como palhinhas, talheres, pratos, copos, sacos.

Por outro lado, o ano passado, desenvolvemos uma parceria com a Lota Digital, através da qual os nossos clientes podem usufruir do peixe mais fresco, com qualidade garantida, capturado exclusivamente por pescadores tradicionais portugueses.

Através do marketplace online B2B da Lota Digital, a Makro pode comprar pescado nacional diretamente aos pescadores aderentes e, com essa iniciativa, reforçar o apoio à economia nacional e local. Oferecer aos nossos clientes o melhor sempre foi para a Makro uma prioridade. Se a este objetivo juntarmos a revitalização da economia em torno da pesca tradicional portuguesa, temos então o melhor de dois mundos. Na Makro estamos muito empenhados em disponibilizar aos nossos clientes produtos de qualidade provenientes de todas as esferas, com especial foco nos portugueses, naturalmente. Somos um país muito rico a nível de produtos e diversidade alimentar. Por isso a nossa gastronomia tem uma qualidade indiscutível. Com esta parceria ganhamos em qualidade, oferta, transparência e rastreabilidade, contribuindo ainda para a sustentabilidade da pesca tradicional portuguesa.

Por outro lado, existe já uma enorme preocupação por parte da empresa em procurar fornecedores que tenham eles, também, esta questão, bem presente nas suas linhas de produção. Trata-se de um trabalho conjunto que estamos a desenvolver. Se todos nos esforçarmos, então os resultados serão efetivamente compensadores.

 

É cada vez mais evidente a necessidade de utilização consciente de matérias-primas, desde a redução do desperdício à reciclagem dos produtos no fim de vida. Que iniciativas têm desenvolvido neste sentido?

A Makro trabalha para o 12º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, que visa o Consumo e Produção Responsáveis. Por isso, estamos comprometidos com a transição para uma economia circular, na qual produtos e materiais circulam para eliminar o desperdício.

As próximas metas passam por aumentar a consciencialização entre colaboradores e clientes para mudar padrões de consumo, otimizar os processos de gestão de resíduos e oferecer pontos de recolha nas lojas para aumentar a taxa de recolha e reciclagem, trabalhar com os fornecedores para disponibilizar aos clientes uma gama de produtos e soluções sustentáveis, otimizar as embalagens das marcas próprias para reduzir o seu impacto ambiental, impulsionado pelo princípio dos 3R – “reduzir, reciclar, renovar”.

O futuro prepara-se no passado e faz-se no presente – esta frase ilustra bem o trabalho que tem sido desenvolvido pela MAKRO Portugal. Ao participar desde 2014 na METRO PLASTIC INICIATIVE, em conjunto com 12 países do GRUPO METRO, contribuímos para a otimização de 11.000 embalagens nas nossas marcas próprias, para a redução de 400 toneladas de material. Neste último ponto, em particular, a makro conseguiu encontrar alternativas ao PVC em 100% das embalagens nas suas Marcas Próprias (Metro Chef, Metro Professional, ARO e Rioba), substituindo um plástico considerado ’problemático’ pelos resíduos tóxicos resultantes da sua produção e eliminação.

Os nossos clientes podem assim assumir a responsabilidade e contribuir ativamente para a preservação dos ecossistemas locais. A Makro compromete-se a apoiar os seus clientes durante o período de transição dos plásticos de uso convencional com informações sobre como usar e descartar os materiais alternativos com eficiência.

 

A Makro lançou recentemente a campanha “Mais Rentabilidade” onde, entre outros tópicos, aborda a importância de reduzir o desperdício alimentar. Fale-nos um pouco sobre esta campanha.

Agora que os negócios do setor Horeca começam o caminho progressivo do desconfinamento e tendo em conta as grandes dificuldades pelas quais o setor passou e ainda se encontra a passar, pensamos que esta é, sem dúvida, uma campanha que os irá apoiar a evitarem o desperdício e a serem mais rentáveis, não apenas na diversificação das suas cartas, como até mesmo do ponto de vista da gestão financeira dos seus negócios. Acreditamos que reduzir o desperdício alimentar é um passo fundamental para a sua sustentabilidade.

Caminhar ao lado dos nossos clientes é um dos nossos princípios. Aliás, o seu sucesso é o nosso negócio, e agora mais do que nunca. Por isso mesmo, desenvolvemos esta campanha, em parceria com o Chef Paulo Pinto, sendo acompanhada do lançamento de um catálogo exclusivo makro – “Mais Rentabilidade para o seu negócio”, onde o Chef deixa algumas dicas de utilização, confeção e rentabilização de diversas proteínas como: o camarão, o bacalhau, o polvo, o atum, o salmão, a pescada, o frango, o pato e o borrego.

É possível encontrar também os pratos mais confecionados em Portugal, bem como o respetivo foodcost estimativo. Estas sugestões são elaboradas por José Lino, Gastroconsultor da makro, de forma a evitar o desperdício e a rentabilizar a sua utilização, preparação e confeção.

distribuição grossista

A sustentabilidade está presente ao longo da cadeia de valor? Se sim, de que forma?

Tem cada vez mais que estar. Tem que ser um esforço concertado de todos. Por exemplo, os negócios de restauração e hotelaria querem oferecer aos seus clientes experiências únicas ligadas, entre outras, a determinados aspetos regionais ou culturais. Para eles, produtos orgânicos e responsáveis estão entre os principais meios para se diferenciar dos demais. Ao mesmo tempo, esses produtos estão no centro da transformação dos desafios mundiais em torno do consumo e da produção sustentáveis.

Na makro disponibilizamos um sortido abrangente, que ajuda os nossos clientes a diferenciarem-se eles próprios dos seus clientes e a corresponder às necessidades das gerações atuais e futuras, destacando-se pela utilização sustentável de recursos.

Por outro lado, no grupo incorporamos no nosso sortido a produção sustentável de alimentos, por meio da interação e colaboração com produtores, fornecedores e clientes onde podemos encontrar respostas para as perguntas e desafios de hoje e de amanhã.

Enfim, temos uma série de iniciativas a correr que abrangem toda a cadeia de valor de forma a oferecermos ao longo de toda a linha soluções que sejam sustentáveis também muito do ponto de vista ambiental. É uma preocupação intrínseca a todo o grupo.

 

Um dos desafios da sustentabilidade é o conhecimento dos consumidores. Como têm comunicado o vosso compromisso?

Através de campanhas de incentivo à consciencialização para as temáticas da sustentabilidade.

Por exemplo, todos os anos lançamos, em conjunto com alguns dos nossos fornecedores, a campanha Water Initiative, desenvolvida pelo Grupo Metro – ao qual a Makro pertence – e que pretende sensibilizar clientes, colaboradores e a sociedade em geral para a escassez da água e para a necessidade de haver um consumo racional, ponderado e responsável. Tem como objetivo aumentar a consciência social para a escassez e contaminação da água, influenciar clientes para que sejam mais sustentáveis e reforçar o papel da Makro enquanto empresa sustentável.

A Makro tem a particularidade de ser um negócio grossista e por esse motivo as nossas comunicações de sensibilização, tal como a campanha Mais Rentabilidade, são muito focadas nos nossos clientes, e não tanto nos consumidores, como fazem outras insígnias de retalho. Ainda assim procuramos dar visibilidade ao que estamos a fazer, mas principalmente queremos fazê-lo através dos nosso fornecedores e clientes.

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Em que medida a sustentabilidade também está presente na comunicação interna da Makro?

Na makro todas as nossas decisões são regidas pelos nossos princípios Orientadores, que estão interligados com a forma como trabalhamos diariamente: Liderar pelo Exemplo, Poder dos Relacionamentos, Faço Acontecer, Negócio Sustentável, Sucesso do Cliente. Nas nossas comunicações, os nossos princípios estão sempre presentes. Por exemplo num programa de reconhecimento, o Programa Mais, onde os colaboradores são nomeados por outro colaboradores, temos vários exemplos de como ao vivermos os princípios tomamos decisões que impactam o negócio, comunidade, planeta.

 

Referem no vosso website que a responsabilidade social é um tema de destaque para a Makro. Que passos têm dado com propósito?

Temos desenvolvido uma série de ações ao nível da responsabilidade social. É, de facto, um pilar no qual assenta a missão da empresa. Especialmente em tempos de pandemia como os que estamos a viver foram desenvolvidas uma série de ações, como:

  • ”Alimentar a Saúde

Organizado pelo chef Rui Silvestre, em conjunto com os Chefs Noélia Jerónimo, Vasco Coelho Santos, Rodrigo Castelo, Marco Gomes e a Rede de Emergência Alimentar, visou distribuir refeições aos mais carenciados a sul, norte e centro do país. Neste projeto a makro Portugal foi, maioritariamente, responsável pelo fornecimento de bens alimentares necessários para a confeção das refeições pelos vários chefs, a nível nacional. Esta ação foi estruturada a partir dos Bancos Alimentares, e encontrou-se assente em Instituições de Solidariedade Social, Juntas de Freguesia e outras entidades que prestam apoio.

“Alimentar a Saúde” teve início a 21 de março e, foram distribuídas no total mais de 14 mil refeições à população mais necessitada, de que são exemplo famílias carenciadas, crianças institucionalizadas, lares e profissionais de saúde, entre outros.

  • Projeto “É Um Restaurante”

Iniciativa da Associação Crescer que consiste em dar formação profissional e emprego a pessoas em situação de sem-abrigo, e que todos os dias distribui 200 refeições a pessoas nesta situação, em Lisboa.

Este espaço serve refeições, mas serve também esperança: nele só trabalhavam pessoas em situação de sem abrigo que ganham neste espaço a hipótese de serem reintegrados na sociedade, não só ganhando independência como conseguindo também, aos poucos, ser reinseridos no mercado do trabalho.

  • Comunidade “Ao seu Lado”

Projeto lançado a 26 de março de 2020, pela Endered, com o objetivo de ajudar a promover pequenos e médios estabelecimentos alimentares que continuam ativamente a disponibilizar bens alimentares, através de entregas em casa ou de serviços de takeaway.

Com mais de 700 estabelecimentos inscritos, a iniciativa “Ao seu Lado” teve como objetivo ajudar os comerciantes aderentes para que estes consigam reduzir os custos operacionais de aquisição de produtos, mas também ajudar as pessoas que utilizam a plataforma.

Este projeto pretendeu que as pessoas não deixassem de recorrer aos restaurantes e ao comércio tradicional, para que estes conseguissem manter a sustentabilidade do seu negócio.

  • Exército Português

Demos poio com equipamento e alimentos para refeições rápidas do CAM (Centro de Apoio Militar Covid-19), no antigo Hospital Militar de Doenças Infectocontagiosas.

  • Doação de embalagens e descartáveis takeaway, bem como produtos para confecionar e distribuir refeições para os Hospitais Santa Maria e Beatriz Ângelo

Colaboração com a Refood, Banco Alimentar, Bombeiros, entre outras instituições de Norte a Sul do País.

  • Ações regionais

A Makro está atenta a todos os pedidos que chegam diariamente para doações junto das nossas lojas e sempre que possível faz doações junto da comunidade local, como é exemplo os Bombeiros de Carnaxide, CSP de Nossa Srª. da Conceição, CASA, em Albufeira, Acreditar, Celium e APPACDM em Coimbra, Aldeias SOS em Vila Nova de Gaia, Caminho em Matosinhos,

A responsabilidade social sempre foi um pilar muito importante para a makro Portugal, tomando-se numa necessidade ainda mais urgente numa época tão complexa como a que todos vivemos atualmente.

Foto Perfil Makro

Filipa Herédia

Communication & Engagement Manager da Makro

Licenciada em Gestão de Marketing pelo Instituto Superior de Comunicação Empresarial e iniciou a sua carreira profissional em 2004 numa start-up ligada à área de publicidade e eventos. Posteriormente iniciou o seu percurso na área de comunicação numa agência de consultoria e nos últimos 8 anos fortaleceu a sua experiência como Corporate Affairs Manager Ibérica na área do grande consumo.

Com um percurso consolidado de mais de 15 anos no setor da comunicação e marketing, a responsável possui ainda uma visão estratégica robusta, a par de competências pessoais e profissionais que serão seguramente uma mais valia para a empresa em Portugal.

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A sustentabilidade não passa somente por encontrar alternativas ao uso de plástico ou reduzir o desperdício. Prende-se também com um estilo de vida mais simples e minimalista. E é precisamente esse conceito que defende a Alma de Alecrim.

À conversa com Filipa Gomes de Sousa percebemos a importância de olharmos para este outro lado da sustentabilidade. Falámos sobre simplicidade e minimalismo, empatia pelos outros e sentido de comunidade. Tudo isto representam pequenos passos que podemos dar para que a nossa vida na terra seja mais sustentável.

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Alma de Alecrim: nasceu a partir de um blogue que rapidamente cresceu e deu origem a uma loja online. De onde veio a ideia para este projeto e qual a origem do seu nome?

Eu e o Pedro (Cerqueira), meu marido, conhecemo-nos há pouco mais 5 anos, e sentimos necessidade de ter um projeto comum. O Pedro é fotógrafo, e acumulávamos fotografias das nossas viagens, das receitas que fazíamos juntos, e da nossa nova vida em comum. Sempre adorei as fotografias dele, mas tinha pena de ficarem “na gaveta”, e por isso decidimos partilhá-las. Eu sempre adorei escrever, juntámos fotografias e texto, e assim surgiu o blogue, como se fosse o nosso álbum de memórias!

O nome “Alma de Alecrim” foi pensado a partir da palavra “Alma”, que adoro mas porque, acima de tudo, descreve o que sinto quando escrevo. “Alecrim” veio do lado gastronómico que apaixona o Pedro: adora cozinhar e fotografar comida. 

Outros gostos comuns começaram a juntar-se a este conceito, como o minimalismo, o design, e a criatividade, e era frequente encontrarmos lugares ou objetos que admirávamos e “namorávamos” de longe.

Na altura eu trabalhava na indústria alimentar, mas já não era feliz nesse meio. Despedi-me e partimos à aventura!

Resolvemos avançar e abrir uma loja online, com objetos originais, com design, e que promovem uma vida mais simples. Ao mesmo tempo, começámos a sonhar com uma loja física, que abrangesse o conceito do blogue e da loja online.

 

Para além de loja online dispõe ainda de uma Concept Store no centro de Aveiro. Ambicionam abrir mais espaços físicos pelo país?

 Depois de uma experiência “Pop Up” de 4 meses dentro de outra loja, em dezembro de 2017 abrimos finalmente o nosso espaço actual, no centro de Aveiro, onde eu estou a tempo inteiro.

O Alma de Alecrim somos nós, é a nossa alma, e só faz sentido onde estivermos. Talvez por isso nunca tenhamos ponderado expandir. Por agora é em Aveiro, mas se um dia resolvermos mudar de cidade, o Alma de Alecrim irá certamente connosco!

loja física

 

Como é que incorporam a sustentabilidade neste vosso negócio?

Para nós a sustentabilidade é muito mais do que produzir e desperdiçar menos plástico e menos recursos naturais. Passa também por uma vida com mais empatia pelos outros, pelo sentido de comunidade, para que também a nossa vida na terra seja mais sustentável. Só quando nos respeitarmos uns aos outros é que podemos também respeitar a terra e o meio ambiente de uma forma natural.

A sustentabilidade esteve sempre no nosso conceito, desde o início. Não a sustentabilidade de encontrar alternativas para o plástico, ou a redução de desperdício, mas o conceito de uma vida mais simples e mais minimalista. Viver com menos coisas, comprar objetos úteis, de materiais naturais, com mais qualidade para que durem mais.

Mais tarde introduzimos produtos de consumo, de higiene pessoal, para a casa, para substituir o plástico descartável e produzir menos desperdício.

Na gestão do nosso projeto também adotámos algumas medidas, como o terminal multibanco sem papel, e, sempre que autorizado pelos clientes, o envio das faturas por email. Na loja online enviamos as encomendas em caixas e material de enchimento que reaproveitamos dos nossos fornecedores, ou que os clientes da loja física nos trazem. Estes são só alguns exemplos de medidas que vamos tomando, de uma forma natural e permanente.

 

Hoje a sustentabilidade está na ordem do dia e, por isso, têm surgido várias lojas com produtos considerados “mais verdes”. Qual o conceito diferenciador da Alma de Alecrim? De que forma se distingue da concorrência?

 Costumo dizer que não somos uma loja de produtos sustentáveis, mas uma loja que promove o minimalismo, com opções para uma vida mais simples e mais bonita. E a sustentabilidade é uma consequência desta filosofia, assim como o design.

É importante sentirmo-nos bem connosco e com as nossas escolhas, e é importante estarmos rodeados de boas energias. Não queremos que os nossos clientes sejam consumistas, mas queremos que quando têm de comprar algo, que esse objeto transmita essa energia positiva. E que quando têm de oferecer um presente, este seja útil, original e consiga realmente surpreender!

Neste mundo da sustentabilidade, já começamos a encontrar algumas alternativas mais diversificadas, mas têm surgido muitas lojas com os mesmos produtos, e tem sido difícil encontrar novas marcas. Tentamos sempre trazer marcas novas ou desconhecidas, e procuramos inovar no tipo de produtos, principalmente os que não são os óbvios das lojas “mais verdes”, mas que para nós fazem todo o sentido neste conceito. É o caso das sementes biológicas, ou dos totebags Alma de Alecrim, produto que surgiu em 2019, com motes que para nós são inspiradores. Neste momento vamos já na 3ª edição, com o mote “collect moments, not things”.

Mas há outros produtos que simplesmente nos trazem bem-estar e nos “abrem horizontes”, como é o caso das publicações estrangeiras e nacionais, nas áreas de lifestyle, sustentabilidade, gastronomia, fotografia, viagens e design, uma das mais recentes novidades da loja, e que visa trazer algo que não estava disponível em Aveiro (e que existe em poucos locais no nosso país).

Também o nosso próprio espaço físico nos diferencia das outras lojas de “produtos verdes”: concebemos a loja como um espaço de design. A loja é toda pensada como um todo, conjugando cores e produtos, para transmitir bem-estar, serenidade e inspiração a quem nos visita. Valorizamos as compras com (c)alma!

Para os pais que trazem as crianças, temos um espaço para que os mais pequenos possam brincar, enquanto os pais veem a loja calmamente e sem pressa.

(Por agora, devido à situação pandémica, este espaço está suspenso, mas voltará a estar disponível assim que for possível).

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Que produtos podemos encontrar na Alma de Alecrim e quais são as suas características? Têm algum best-seller?

Na loja temos uma imensa variedade de produtos. Produtos de higiene pessoal, produtos para a cozinha, detergentes super-concentrados em cápsula ou folha, artigos de decoração originais, estacionário, garrafas reutilizáveis térmicas e não térmicas, toalhas fouta ou hammam, produtos práticos para a casa, lancheiras, postais originais, sementes biológicas, publicações estrangeiras e nacionais, e muito mais!

Temos produtos reutilizáveis que substituem os convencionais produtos de plástico descartável. Sempre que possível os produtos são naturais, vegan, orgânicos, biodegradáveis e compostáveis.

Parte do nosso tempo é passado a “viajar” pelo mundo à frente de um computador, a descobrir novas marcas e produtos originais, que façam sentido para os nossos clientes, e que se encaixem no nosso conceito e no nosso espaço.

Os produtos que mais vendemos, com vendas se mantém constantes ao longo do tempo, são, por exemplo, as garrafas reutilizáveis da 24Bottles (térmicas e não térmicas), os champôs sólidos, os sacos de rede, as escovas dos dentes de bambu, entre outros.

Há produtos que entram na loja, e saem algum tempo depois para dar lugar a novidades. Mas há outros que temos desde sempre, que continuam a vender tão bem como no primeiro dia: é o caso da Capa de vaso em lã feltrada, de design sueco. São um êxito desde sempre, e continuam a encantar os nossos clientes!

 

Para além destes produtos dispõem ainda de experiências, com o intuito de minimizar o consumo de artigos físicos. Que tipo de experiências apresentam? Qual a que desperta maior interesse por parte do cliente?

Sim, criámos os workshops criativos, de Aguarelas, Escrita criativa, Ilustração, Encadernação, Colagens, Origami, e alguns mais pontuais.

Os workshops decorrem no espaço da loja, ao fim-de-semana. Neste momento, devido à limitação de pessoas no interior por causa da pandemia, os workshops estão suspensos por tempo indeterminado.

Outra experiência que temos são as sessões fotográficas outdoor, em parceria com o estúdio Plate.pt, o projeto fotográfico do Pedro. São momentos importantes das famílias que ficam registados para sempre.

 

Na vossa loja é possível encontrar um móvel para bookcrossing, onde permitem a troca gratuita de livros. De onde veio a ideia para esta iniciativa?

A ideia veio da quantidade de livros que tinha em casa, e que podia emprestar a alguém, que assim não tivesse de comprar. Qualquer pessoa, cliente da loja ou não, pode trazer um livro e levar outro. Ou trazer dois livros, e levar dois. A quantidade de livros foi aumentando, porque alguns clientes e amigos doaram livros ao nosso bookcrossing, ou trouxeram uns quantos e só quiseram levar um.

É um espaço muito apreciado pelos nossos visitantes!

 

Qual o perfil dos vossos clientes? O que sentem que estes mais valorizam na Alma de Alecrim?

Gosto de dizer que não atendo clientes, recebo-os no meu espaço, na minha “casa”. Os nossos clientes são pessoas que se identificam com o nosso conceito e a nossa filosofia, e que se sentem bem no nosso espaço. Valorizam a simpatia, a disponibilidade, e o conhecimento que lhes transmito sobre os produtos. Não sou nada “vendedora”, e quando não acho adequado não aconselho. Prefiro perder uma venda e ganhar um cliente satisfeito. Acredito que um negócio tem de ter bases sólidas, e para isso poderá demorar mais tempo a crescer. Clientes satisfeitos contam aos amigos e voltam a comprar. E isso é a melhor forma de fazer crescer um projeto de forma sustentável.

O que mais gosto no percurso que escolhi é esta interação com os clientes, as palavras que trocamos, a partilha de acaba por acontecer com muitos deles. E alguns hoje já são mais do que clientes, já são amigos!

Foto Perfil Loja Oline

Filipa Gomes de Sousa

Gosto do que é simples e descomplicado. Gosto de conversar, de ler e de escrever, de passear e de viajar, de conviver e de petiscar.
Sou licenciada em Bioquímica na Universidade do Porto, trabalhei 15 anos como responsável de qualidade em indústrias alimentares, mas em 2016 a minha vida deu uma grande volta, e finalmente tive coragem para mudar tudo. Em 2017 despedi-me e parti à aventura de criar o meu próprio negócio. Criei, juntamente com o meu marido Pedro (Cerqueira), o projeto Alma de Alecrim!
Uma das minhas paixões é o Alentejo: é o meu refúgio, o lugar onde reencontro sempre a paz e a inspiração.
Tenho sempre um sorriso para oferecer, e adoro receber os clientes e amigos no meu espaço, a loja Alma de Alecrim!

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Hoje temos maior consciência do impacto das nossas ações e tentamos ser sustentáveis, mas a verdade é que ainda estamos longe de o ser. É essa realidade que nos transmite o documentário “The Plastic Hike”. Um projeto sustentável focado na economia circular, que pretende dar voz à caminhada na luta contra o plástico.

Os videógrafos Carolina e Augusto, Camera With No Name, contaram-nos a finalidade que deram a quase 2 toneladas de lixo marinho que recolheram na costa continental portuguesa, realçando a importância dos pequenos gestos para vencer esta luta.

Camera With No Name: quem são e o que fazem?

Camera With No Name: Somos a Carolina e o Augusto, dois videógrafos sediados no Porto, focados em questões ambientais. A Carolina estudou Engenharia Ambiental e o Augusto design gráfico, mas encontramos no vídeo a ferramenta ideal para dar voz a projetos ambientais.

 

De momento estão a realizar o documentário “The Plastic Hike”. Pode falar-nos sobre este projeto?

O biólogo alemão Andreas Noe, mais conhecido como The Trash Traveler, decidiu há uns 3 anos deixar o seu emprego em Lisboa e dedicar-se 100% à consciencialização ambiental. No verão do ano passado convidou-nos para o acompanhar ao longo da costa portuguesa numa caminhada de dois meses, de norte a sul. Durante mais de 1000km, recolhemos quase 2 toneladas de lixo marinho e falamos com mais de 100 ONG´s e ambientalistas. Fizemos mais de 80 entrevistas e registamos mais de 150 horas que agora acabamos de editar num documentário de aproximadamente 90min.

A força deste filme reside nos seus interlocutores, em pessoas que mudaram as suas vidas e que nos contam as suas experiências e como individualmente podemos fazer a diferença.

 

A ideia inicial era criar uma curta-metragem, mas acabaram a desenvolver um documentário com mais de uma hora. Sentem que ainda existe muito a dizer e fazer?

Pensamos que este documentário é apenas o inicio. Na verdade ele faz parte de um projeto que é muito mais do que este filme, mas funciona a nosso ver como o veículo ideal para contar uma história, e para perceber os problemas e as soluções para o uso do plástico descartável. Estamos neste momento a prepara uma exposição de arte com peças físicas com lixo marinho, ilustrações e música, workshops e palestras a acontecerem já a partir de meados de Junho em toda a costa portuguesa.

 

Qual é, essencialmente, o público que pretendem impactar com este projeto?

Se pensarmos que todos nós consumimos e produzimos lixo, e que parte desse lixo acaba no mar, então o público alvo somos todos nós. Tentamos através do documentário chegar a todo o lado, sem a necessidade da presença física, começando pelas exibições cá em Portugal mas com o intuito de participar em eventos e festivais internacionais principalmente na área ambiental. Com as exposições e workshops a experiência presencial será sempre mais rica, e estamos a planear várias atividades que atrairão um público muito variado.

plastico

Quando e onde poderemos ver o “The Plastic Hike”?

A estreia está agendada para Junho em Lisboa e no Porto e depois ao longo da costa, em eventos que estão a ser confirmados neste momento.

 

Para além deste documentário, estão a trabalhar noutros projetos que visem a consciencialização para estas questões?

O documentário está realmente a ocupar 90% do nosso tempo, mas temos um projeto de construção de instrumentos musicais com materiais usados, Os Arranjadores e estamos a preparar workshops com jogos de tabuleiro de forma a introduzir a vários públicos as temáticas ambientais.

 

Qual a finalidade que têm dado ao plástico e outros materiais que recolhem nas praias?

Com uma grande parte das quase 2 toneladas que recolhemos, estão a ser feitas peças de arte para a exposição do The Plastic Hike em Lisboa a meados de Junho. Entre essas peças encontra-se, por exemplo, o Lixofone, um instrumento feito com esse lixo e que foi usado pelo coletivo Isto é Lixo para criar grande parte da banda sonora do documentário.

Defendem que a mudança de comportamento é necessária e urgente. Para quem quer iniciar já hoje esta mudança, por onde começar?

O ideal é fazer uma pequena lista, e começar ponto por ponto. Não vale a pena tentar mudar radicalmente porque isso normalmente coloca-nos numa situação muito difícil. Pequenas cosias que podemos fazer é na hora de comprar comida, começar a ir com um pouco mais de tempo, de forma a termos atenção nas nossas escolhas; dar preferência à produtos locais e tentar evitar o plástico descartável das embalagens, levando os nossos próprios sacos de pano já é um grande passo.

 

Sendo a própria Camera With No Name um projeto sustentável e focado na economia circular. Como a comunidade pode apoiar o vosso projeto, ou que sinergias podem criar com outras marcas?

Tentamos ser sustentáveis, mas ainda estamos longe de o ser. Usamos energia eléctrica da rede ao editarmos ou carregarmos as nossas câmaras, por vezes temos de nos deslocar no nosso carro que não é eléctrico por exemplo, e ainda compramos material de vez em quando. A nossa vontade é realmente mudar cada vez mais isso, e temos tentado pelo menos comprar em segunda mão, para dar um novo uso a material que cumpre perfeitamente a sua função. A nível de hardware para edição, a Novo Mundo conseguiu-nos dois desktops e monitores que iam ser deitados fora e que, com um pequeno upgrade de memória, estão neste momento a funcionar muito bem até na edição de vídeo dos Outtakes do The Plastic Hike.

A curto prazo gostaríamos de fazer parcerias com marcas e produtoras que nos possam facilitar o acesso a material que não esteja a ser usado para lhe darmos uma nova vida nas nossas produções.

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A Green Turtle nasce com o desejo de ser uma voz ativa na divulgação de um estilo de vida e consumo mais conscientes. Hoje é fácil deixarmo-nos levar pelo greenwashing. Por isso é fundamental desmistificar ideias associadas à sustentabilidade e transmitir informações corretas.

Os seus fundadores, Vanessa Lopes e Jorge Mendes, partilharam connosco no que consiste a sua missão de espalhar uma mensagem de consciencialização, bem como 5 dicas que consideram fundamentais e fáceis de aplicar para quem pretende criar hábitos mais sustentáveis.

Green Turtle: em que consiste este projeto? De onde veio a ideia?

A Green Turtle é uma loja online que, como gostamos de dizer, para além de vender produtos sustentáveis, é mais do que um negócio, é como uma missão, um espalhar de mensagem e um alertar de consciências. O projeto foi lançado em março de 2020 por nós, Vanessa e Jorge, mas já tinha nascido na nossa mente há, pelo menos, dois anos.

Olhamos para a Green Turtle como uma extensão de nós e fruto da nossa educação e vivências: enquanto escaladores e amantes da natureza, damos muita importância ao impacto que as nossas decisões enquanto consumidores têm no ambiente que nos rodeia. Não somos de extremos, acreditamos em pequenas mudanças, sabemos que alterar hábitos de consumo exige o seu tempo. Queremos contribuir para estimular o consumidor a pensar em cada escolha que faz e a medir o impacto das suas decisões. Pequenos passos para um futuro mais sustentável e mais verde.

A Green Turtle nasce de um desejo comum, de fazer mais e melhor, seja nas ações do nosso dia a dia, seja como profissionais. Sempre tivemos o desejo de criar algo nosso, mas queríamos criar algo com sentido, com um propósito.

Este projeto foi lançado no início da pandemia, mas já estava pensado há mais tempo. Pensaram em adiar o lançamento? Quais foram os principais desafios que encontraram?

Não foi de todo o início que tínhamos idealizado. Precisamente na semana de março que iniciámos o confinamento, era a semana que tínhamos pensado lançar a Green Turtle. Tínhamos tudo pronto, mas dada a incerteza da situação ainda adiámos a decisão por 2 semanas por acharmos se fazia sentido lançarmos uma loja no meio do caos que se estava a viver. O desejo de abrir a loja era grande e percebendo que não seria uma situação passageira, arriscámos.

Procuramos sempre o momento certo para fazer algo que queremos muito, mas a verdade é que não existe o momento perfeito.

 

Que tipo de produtos podemos encontrar na Green Turtle? Como selecionam as marcas que vendem?

Na Green Turtle podem encontrar produtos para reduzir o plástico e o desperdício. Temos uma gama variada de produtos para várias áreas como a cozinha, casa, higiene, cosmética e escalada. Podem encontrar desde champôs sólidos, a pastilhas dentífricas, produtos de limpeza para casa ou magnésio de escalada em embalagens sem plástico. Algo que temos vindo a fazer desde a abertura da loja é diversificar ainda mais a nossa oferta de produtos, mas é um processo gradual de crescimento.

Procuramos sempre marcas que partilhem dos mesmos valores que nós. Tentamos que todos os produtos sejam sustentáveis em todos os aspetos, desde os ingredientes e materiais utilizados, ao processo de produção, embalagem e distribuição.

Os produtos que encontram na loja são previamente testados por nós. Apenas colocamos online aquilo que acreditamos que funciona. Tipicamente, para escolhermos um fornecedor fazemos uma primeira encomenda como cliente final para percebermos como funciona o embalamento e o produto. Posteriormente, entramos em contacto com o mesmo para obter mais informação sobre o produto e o seu processo de produção. Por vezes, esta relação com os fornecedores acaba por ser um trabalho conjunto e evolutivo, onde existe uma troca de ideias.

Consumo

Reaproveitam diferentes materiais para enviarem as encomendas. Falem-nos um pouco sobre o vosso packaging.

Para enviar as encomendas utilizamos maioritariamente caixas e enchimento reutilizado. Reutilizamos caixas que recebemos dos nossos fornecedores, caixas que família e amigos nos dão ou de clientes que as devolvem. Muitas vezes também transformamos caixas grandes em mais pequenas, fazemos autênticas cirurgias.

Mas isto não significa que não tenhamos usado já caixas novas e que não as tenhamos de ter connosco. As encomendas são todas diferentes, com necessidade de tamanhos diferentes.

Nem sempre conseguimos reutilizar uma que encaixe naquela encomenda em específico e não faz sentido enviar uma caixa grande com um produto pequeno cheia de enchimento. Por isso, quando não conseguimos fazer grandes transformações, utilizamos novas.

Como devem calcular, todas as encomendas são enviadas sem plástico e com fita de papel reciclável.

Qual é a vossa proposta de valor? De que forma se diferenciam da concorrência?

Quando olhamos para o mercado, não olhamos para a concorrência como concorrência até porque muitos são nossos parceiros desde o dia zero. Quando lançámos a Green Turtle tínhamos muitas referências que nos serviram de inspiração e esse sentimento não mudou. A área da sustentabilidade está em crescimento e queremos fazer parte dele. Queremos ser uma voz ativa na divulgação de um estilo de vida e consumo mais conscientes.

Na Green Turtle trabalhamos para que os nossos clientes fiquem satisfeitos em todo o processo de compra: no cuidado dos produtos que disponibilizamos, nos detalhes que colocamos em cada encomenda e no acompanhamento que fazemos no apoio ao cliente.

Há ideias e projetos para o futuro que estão no forno e que temos muita vontade de lançar assim que seja viável.

 

Apesar da consciencialização que hoje existe sobre a necessidade de alterarmos o nosso comportamento, algumas pessoas ainda demonstram receio em comprar produtos mais sustentáveis. Por vezes isto deve-se ao desconhecimento sobre os mesmos. Que estratégias adotaram para contrariar esta situação?

O que tentamos fazer é informar e fazer o consumidor questionar as suas opções. Partilhamos não só informações dos produtos que vendemos, mas também demonstramos quais as suas vantagens face às alternativas mais comuns e descartáveis. Algo que também gostamos de partilhar, são ideias e dicas que podem aplicar, mesmo sem comprar produtos.

Sentimos que, de repente, surgiu um boom em redor da sustentabilidade, o que é ótimo. Mas também é importante distinguir o que é certo do que é errado, desmistificar ideias e conseguir transmitir informações corretas. E isto pode ser algo complicado, mesmo para nós. É fácil sermos apanhados pelo greenwashing, por isso é importante mantermos um sentido crítico.

 

Através das redes sociais da Green Turtle costumam partilhar sugestões para um estilo de vida mais sustentável. Que dicas podem partilhar com quem pretende reduzir o consumo de plástico e a quantidade de desperdício que gera?

A melhor dica que podemos deixar é utilizarem e darem uma segunda vida ao que já têm em casa. Um erro comum é começar a trocar tudo por alternativas sustentáveis e sem plástico. O ideal é mesmo utilizarmos os produtos até ao fim e só depois irmos fazendo trocas. Ou seja, deve ser um processo gradual e que não se pretende que seja de um dia para o outro.

Deixamos aqui 5 dicas que podem aplicar facilmente:

  1. Utilizar sacos reutilizáveis nas compras. Basta vasculhar as gavetas lá em casa e de certeza que vão encontrar uns saquinhos que podem usar.
  2. Substituir os guardanapos de papel por reutilizáveis.
  3. Utilizar uma garrafa reutilizável em vez das descartáveis. Quem diz uma garrafa reutilizável, diz reutilizar um frasco de vidro para o propósito.
  4. Aproveitar a água de aquecer o banho para descargas de autoclismo, lavar o chão, regar plantas, cozinhar ou lavar a loiça.
  5. Melhorar o planeamento de refeições, começando por uma lista de compras. Comprar apenas o que é preciso, nas quantidades necessárias e congelar tudo o que não se consumir.

Jorge Mendes

As viagens permitiram-lhe olhar para o mundo de uma forma diferente. Algumas cidades europeias fizeram-no olhar para as questões da mobilidade e planeamento urbanístico com um sentido mais crítico e exigente, do ponto de vista do impacto que tem no ambiente e na nossa saúde. Numa viagem à Índia foi confrontado com a dura realidade do plástico e do lixo urbano. Na verdade, reconhece que não precisava de ter sido saído do sofá para perceber qual é a nossa realidade.

Tem vários interesses onde a escalada está no topo. Para ele a escalada é medo e prazer, é verde, amarelo, azul, castanho…

 

Vanessa Lopes

De uma maneira ou outra, a sustentabilidade sempre esteve presente ao longo da sua vida. Foi apenas há alguns anos atrás que o Jorge lhe apresentou o mundo da sustentabilidade e, desde então que, abraçou esta jornada. Para além da sustentabilidade, tem outros interesses e hobbies, como a prática da escalada onde valoriza o contacto com a natureza, o desafio e a descoberta de sítios que de outra forma não descobriria. Gosta ainda de se aventurar a fazer yoga, viajar e comer.

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O YogurtNest chegou para facilitar a vida de todas as famílias. É uma iogurteira multifunções, fácil de transportar e sustentável. E para além disso, é um produto Português!

Ana Jervis e Miguel Leal contaram-nos a origem daquela que acreditam ser a iogurteira mais sustentável do mundo, e explicaram-nos de que forma esta permite empoderar as famílias e diminuir o impacto negativo no Planeta.

Em que consiste o YogurtNest e como surgiu?

O YogurtNest é uma iogurteira natural não eléctrica e multifunções, portanto sem ficha eléctrica. É um produto Português, confeccionado no norte de Portugal, usando materiais naturais como cortiça e têxteis (algodão, lã, cânhamo, linho) recuperados de antigos armazéns Portugueses.

Além de iogurteira, tem as funções de estufa Slow Cooker, ninho para levedar a massa e mala térmica. Permite que as famílias poupem dinheiro, reduzam o seu impacte ambiental e se alimentem de forma mais saudável.

Recebeu o Prémio Novo Rumo a Norte 2018.

O YogurtNest é o produto dos nossos (Ana e Miguel) interesses pessoais e profissionais, sempre com o objetivo que criar ferramentas úteis que possam empoderar as famílias a viver de forma a gerar menos impacto no Planeta.

O YogurtNest criou uma Comunidade YogurNest crescente e está a mudar a forma como fazemos e consumimos iogurte. Já existem YogurtNest em lares nos 5 continentes, desde os EUA à Rússia, passando pela Austrália, Singapura, Malta ou Moçambique, entre muitos outros países. Costumamos dizer, na brincadeira, que o YogurtNest é a iogurteira mais sustentável do mundo e é Portuguesa. E, se calhar, não estamos muito longe da verdade!

O primeiro YogurtNest teve origem numa pequena colmeia de abelhas. Podem contar-nos um pouco sobre a sua história e evolução?

O YogurtNest nasceu do nosso envolvimento como fundadores de iniciativas Cidades em Transição (Transition Towns), que preconizam um decréscimo da dependência da cultura do petróleo e uma vida mais eco responsável, mas também do nosso interesse pela Apicultura Natural e defesa dos Polinizadores, como formadores e Educadores Ambientais.

Em 2011, o Miguel fez um post no blog de Paredes em Transição, a primeira iniciativa Portuguesa, sobre como fazer iogurte, pão, compota em casa, no âmbito da ideia do DIY e de empoderamento das famílias. Em resposta a uma questão de um leitor, sobre como fazer iogurte em casa, o Miguel deu-lhe as instruções que viriam a ser as de como fazer iogurte num YogurtNest. Como o leitor não respondeu, o Miguel testou esse método específico, e resultou! Para tal, usou uma pequena colmeia Warré, modelo usado em Apicultura Natural, da sua empresa de apicultura, a TimberBee. Inicialmente, o enchimento foi feito com serradura, um subproduto das serrações, com o objetivo de o reutilizar. Após ter derramado leite e percebido que a serradura não era lavável, mudou-se para a cortiça, um material natural Português, renovável, reutilizável, lavável e um excelente isolante térmico, exatamente como pretendíamos. Também se passou da colmeia para um saco, de forma a ser transportável e mais leve, pois não daria muito jeito andar com uma colmeia debaixo do braço!

E assim fomos testando e melhorando o modelo, sendo que atualmente temos 2 tamanhos, com ou sem asas e bolso exterior. O nosso objetivo sempre foi que este fosse confecionado em materiais naturais e nacionais, prático, funcional e acessível a todos, em qualquer parte do mundo.

 

Esta é uma iogurteira multifunções. Afinal, o que pode ser feito com o YogurtNest?

Podemos usar como iogurteira, para fazer iogurte lácteo, sem lactose, grego, líquido, aromatizado, com bebida vegetal caseira ou de compra.

Como estufa slow cooker para terminar de fazer pratos como arroz, massa, quinoa, vegetais, sopa, etc, poupando gás/electricidade e evitando que a comida queime no fundo. Podemos deixar a comida a terminar de fazer enquanto nos ausentamos de casa ou para os nossos familiares que chegam a seguir ou para levar a comida a fazer durante a viagem para o picnic.

Como ninho para levedar a massa, ajuda a manter a temperatura de fermentação, seja para a massa, mas também por exemplo para outros fermentados como kefir ou kombucha. Sabemos que também é usado para fermentar a tinta azul indigo.

Para manter a comida quente ou fria, como mala térmica, temos modelos com asas e bolsos, bastante práticos para o transporte, seja para as férias, praia ou picnic.

No vosso website admitem ter um compromisso sério para com o Planeta. Em que consiste na prática?

Para as matérias-primas escolhemos materiais de origem natural, como a cortiça e fibras têxteis naturais. Reutilizamos têxteis salvos de finais de coleções de empresas que já fecharam, bastante antigos, mas em perfeitas condições. Damos sempre primazia aos materiais nacionais e estamos em constante procura e teste de outras soluções de reaproveitamento em termos de materiais, seja pelo seu upcycling ou pela sua sustentabilidade ambiental e social.

É extremamente importante desenhar produtos cujas matérias-primas, no seu final de vida, possam ser reaproveitadas para novos produtos, como é aqui o caso, numa perspetiva de economia circular.

Os nossos fornecedores localizam-se preferencialmente num raio de 50km, com raras exceções, de forma a reduzir as emissões decorrentes dos transportes e a valorizar a economia local e nacional.

As nossas encomendas são enviadas para os revendedores e clientes em caixas de cartão reaproveitadas recolhidas do comércio local ou de cartão reciclado, fechadas com fita de papel FSC e cola de borracha natural sem solventes. Os manuais e etiquetas não contêm plásticos ou agrafos.

Fazemos doação a projetos de conservação da Natureza, através da iniciativa internacional 1% for the Planet, da qual fomos a primeira empresa Portuguesa a aderir.

Ao usar o YogurtNest, uma família de 4 pessoas que coma 1 iogurte diário, ao final de 1 ano, terá evitado cerca de 1500 embalagens plásticas de iogurte, além da poupança de gás ou electricidade a cozinhar. Para nós, este impacto da Comunidade YogurtNest também é importante.

Fazemos igualmente ações de limpeza de praia complementadas por sessões de Educação Ambiental.

 

O YogurtNest era fabricado na vossa garagem, e hoje é vendido para todo o mundo. Porque motivo consideram que as pessoas receberam tão bem este produto?

Os primeiros protótipos foram feitos na oficina da costureira, mas mais tarde fomos contando com mais costureiras para a sua confeção. Sabemos que o fazem com muita satisfação porque sabem que vai passar das suas mãos para as mãos de outra mulher ou família, onde lhes será muito útil.

O seu aspeto cativante, bonito e inusitado, para uma iogurteira, também terá contribuído para chamar a atenção, assim como o seu compromisso a nível ambiental e de poupança económica para as famílias. A facilidade de uso e polivalência, em qualquer lugar, permitiram que despertasse o interesse noutros países. Verificamos que os adultos e crianças gostam do iogurte que fazem em casa, até porque o podem personalizar, passando a preferir o gosto deste face ao comercial que comiam antes.

As pessoas desejam liberdade e poder de escolha para fazerem as suas opções alimentares e o YogurtNest dá-lhes precisamente isso, é uma nova forma de confecionar e consumir iogurte.

Sentem que a maioria dos vossos clientes chegam por serem sustentáveis ou pela multifuncionalidade e praticidade do YogurtNest?

Pensamos que chegam exatamente por essas razões e por se apaixonarem pelo produto e pelo estilo de vida que ele representa e lhes proporciona.

O YogurtNest é feito em Portugal com cortiça e tecidos naturais. Quais são as vantagens de utilizar estes materiais?

As matérias-primas naturais usadas permitem que no final de vida do produto, estas sejam transformadas em novos produtos, seja por upcycling ou reciclagem. A cortiça é aproveitada até ao pó e pode ser efetuada a reciclagem das fibras têxteis. As perdas são reduzidas ao mínimo, numa ótica de economia circular, e os materiais são também comportáveis e biodegradáveis, não constituindo materiais tóxicos para a saúde dos habitantes do Planeta.

 

Quem pretende adquirir um YogurtNest, onde o pode fazer?

Podem adquirir o YogurtNest e os nossos outros produtos na nossa loja online e nos nossos revendedores em Portugal, Espanha, França, Bélgica, Holanda e Reino Unido, listados no site. Os envios são efetuados via transportadora ou correios para todo o mundo.

Quais são os vossos planos para o futuro? Pensam lançar novos produtos assentes no mesmo compromisso?

Sim, exatamente. Temos vários ideias e estamos em fase de procura de fornecedores de matérias-primas, dentro desta linha de atuação, o que exige bastante investigação e tempo. Temos estado a testar alguns produtos, que esperamos divulgar em breve!

Estamos igualmente a tentar fazer chegar o YogurtNest a outros países, através de novos Revendedores e Distribuidores, pois verificamos que a quantidade de clientes de outros países que chega à nossa loja online é crescente. Deixamos aqui o repto para nos contactarem, caso estejam interessados!

Miguel Leal

Atraído pelo Mundo Natural desde cedo, a sua vida desenrolou-se entre Portugal e o Canadá. A sua preocupação com a sustentabilidade do Planeta levou-o a tornar-se biólogo e a aproveitar cada oportunidade para alargar os seus conhecimentos sobre como regenerar o Planeta. Foi assim que se tornou apicultor e criou a TimberBee, empresa onde nasceu o YogurtNest, resultado de todas estas experiências, sucesso e falhanços.

Ana Jervis

Formou-se em Ciências e trabalhou em Educação Ambiental, Biologia Marinha e Apicultura, onde conheceu e trabalha desde então com o Miguel. Tem contribuído na gestão de projetos ambientais na criação de movimentos cívicos e ambientais, o que lhe conferiu a oportunidade de criar uma iniciativa das Cidades em Transição e conhecer muitos outros projetos e pessoas, noutros países.

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As embalagens têm o papel fundamental de garantir o transporte e segurança alimentar. Mas devem ainda assegurar a preservação do planeta, tanto através dos materiais que as compõem como da sua reutilização.

Nesta conversa ficas a saber de que forma a sustentabilidade faz parte do ADN da Tetra Pak e quais são os seus objetivos nesta área para 2021.

A Tetra Pak é líder mundial em processamento e embalagem alimentar. Podem falar-nos um pouco dos produtos e serviços que oferecem?

A Tetra Pak tem como missão tornar os alimentos seguros e disponíveis em qualquer lugar, protegendo as pessoas e o futuro do planeta. O nosso lema, “PROTEGE O QUE É BOM”, reflete esse propósito, para o qual trabalhamos diariamente, em estreita parceria com os nossos clientes e através de toda a nossa cadeia de valor.

Acreditamos numa liderança industrial e abordagem de negócio sustentáveis, suportadas pela inovação, o que se reflete na nossa oferta: soluções de processamento de alimentos e embalagens de cartão seguras, disruptivas e com um perfil ambiental exigente. Alimentos líquidos, alimentos para animais, bebidas, vegetais e produtos lácteos são alguns exemplos de categorias que trabalhamos nestas soluções, desde a produção, ao embalamento e distribuição. O nosso portefólio de embalagens dá resposta às mais diversas necessidades e tendências de consumo, sendo que apostamos continuamente na sua expansão e na inovação de toda a nossa oferta.

 

Quais são os grandes desafios do embalamento alimentar e que evoluções destacam, nos últimos anos?

As embalagens têm uma função extremamente importante, ao assumirem um papel fundamental na salvaguarda e preservação dos alimentos. É-lhes obrigatória a capacidade de conservar as caraterísticas e propriedades dos produtos com a máxima qualidade e segurança, estando, para tal, diretamente dependentes dos materiais de que são feitas e dos processos associados ao seu desenvolvimento. As embalagens da Tetra Pak são asséticas, oferecendo total proteção aos produtos que armazenam durante longos períodos de tempo, sem necessidade de recorrermos a conservantes. Falamos de embalagens de cartão que defendem os produtos e proporcionam condições que asseguram a preservação da sua máxima qualidade, mesmo perante agentes externos como a luz e o oxigénio. Isto permite dar resposta a um dos grandes desafios do setor e do mundo, o desperdício alimentar, sendo que as embalagens deixaram de ser vistas como um mero recipiente, para serem parte ativa da resposta a este flagelo, retardando a perecibilidade dos alimentos.

Por outro lado, a sustentabilidade é um tema que faz parte do ADN da Tetra Pak desde o início da sua atividade e que, felizmente, tem vindo a ganhar protagonismo ao longo dos últimos anos. Este protagonismo reflete-se nas expectativas dos diversos agentes no mercado, nomeadamente no que toca ao perfil das embalagens e todos os processos associados. Querem-se soluções irrepreensíveis do ponto de vista ambiental e com tempos de resposta cada vez mais imediatos, tanto por parte das entidades públicas, como pelo próprio mercado, clientes e consumidores. Para nós, que sempre preconizámos a sustentabilidade e a inovação, esta pressão acaba por não ser sentida de forma tão intensa, mas é um dos maiores desafios que o setor enfrenta, sendo importante alertar que estas soluções têm de responder aos mesmos requisitos de funcionalidade e de segurança alimentar do que as anteriores, o que implica, regra geral, processos de inovação com um nível de extrema complexidade.

 

O consumidor, na escolha de produtos alimentares, deve ter algum cuidado especial a ter em conta em relação às embalagens?

Do ponto de vista da segurança alimentar, o primeiro requisito é que as embalagens protejam os alimentos, ao mesmo tempo que sejam funcionais e que tenham um perfil ambiental adequado, que sejam por exemplo recicláveis e apresentem o mínimo impacto para o ambiente.

 

Têm o objetivo de fabricar as vossas embalagens com materiais 100% renováveis. Em que ponto se encontram?

As embalagens da Tetra Pak asséticas são compostas maioritariamente por cartão, uma matéria-prima renovável, proveniente de florestas geridas de forma responsável e de outras fontes controladas, com certificação do FSC® (Forest Stewardship Council®). No seguimento natural do nosso compromisso com a sustentabilidade, temos feito uma forte aposta na substituição do plástico de origem fóssil, fonte não renovável, por plástico de origem vegetal. Fomos pioneiros na utilização de polímeros vegetais com certificação Bonsucro, o que comprova a produção sustentável da matéria-prima a que recorremos, a cana-de-açúcar. Esta opção tem permitido reduzir significativamente as emissões de gases com efeito de estufa (GEE’s) e apoiar um crescimento sustentável da economia circular, baixa em carbono, recorrendo ao mínimo a matérias-primas não renováveis.

No entanto, a Tetra Pak tem já disponível no seu portfólio, para embalagens refrigeradas, a embalagem Tetra Rex® Plant Based, totalmente composta por materiais de origem vegetal.

A Tetra Pak, pelo 5º ano consecutivo, foi distinguida pela CDP com a qualificação máxima pela sua luta contra as alterações climáticas. O que significa para vocês e para os consumidores esta distinção?

Um reconhecimento da nossa ação e de toda a estratégia de sustentabilidade em que nos suportamos e que implementamos, o que é gratificante. Para os consumidores, acreditamos que seja mais um fator que sublinha que a confiança depositada em nós e nas nossas embalagens. Defendemos o chamado “walk the talk” e a transparência de toda a nossa atividade, pelo que distinções como a da CDP e de outras entidades independentes, com relevância e credibilidade na área, são muito importantes para o certificarem e garantir que estamos e continuamos no caminho certo.

 

Referem que o vosso foco na Sustentabilidade abrange toda a cadeia de valor. Que estratégias aplicam para consegui-lo?

Numa visão geral, definimos objetivos específicos a cumprir e implementamos planos para o aprimoramento constante de todas as nossas atividades, internas e externas, desde o desenvolvimento das soluções à rede de parcerias, passando pelo fornecimento, processos de produção e distribuição. Para além da definição de objetivos e a implementação destes planos, mantemos o compromisso de divulgar todas as ações nesta área no relatório de sustentabilidade que anualmente tornamos público.

 

“Estamos a ajudar a acabar com a fome, a alcançar a segurança alimentar, a melhorar a nutrição e promover a agricultura e produção sustentáveis”. Podem falar-nos sobre este trabalho que vêm desenvolvendo?

A par do foco na sustentabilidade ao longo de toda a cadeia de valor, que permite que apoiemos a agricultura e a produção sustentáveis através das nossas políticas de fornecimento responsável e certificado das matérias-primas, a Tetra Pak acompanha e endereça cada um destes temas através de programas específicos, criados a partir de uma abordagem global e concretizados em ações locais, para que a diferença seja feita e exista um impacto objetivo e real em cada um destes desafios.

A título de exemplo, na esfera da segurança alimentar, disponibilidade dos alimentos e nutrição, posso destacar o “Food for Development”, que assenta na criação de parcerias e colaborações em rede com clientes, governos, ONGs e outras partes interessadas, em todo o mundo. Desde programas de alimentação escolar, com projetos de centros de laticínios locais em geografias como o Sri Lanka, Bangladesh e Quénia, ao papel ativo enquanto membro de diversas entidades mundiais, como a Fundação Global de Nutrição Infantil ou Programa Alimentar Mundial da ONU, são várias as ações que a Tetra Pak tem desenvolvido, em curso e em planeamento futuro para prestar apoio e agir nestas matérias.

Por extensão ao nosso princípio de proteção também das pessoas, temos como prioritário o apoio não só à nutrição e à disponibilidade dos alimentos em qualquer lugar, como o suporte às comunidades e negócios locais, através do respetivo envolvimento na nossa cadeia de valor. Outras iniciativas igualmente relevantes passam por programas como o “Future Talent”, destinado à empregabilidade jovem, todo o trabalho de ligação e sensibilização junto dos consumidores, e ações alinhadas com acontecimentos e necessidades urgentes, como sejam doações e contributos para causas específicas. As doações feitas pela Tetra Pak em diversas geografias no âmbito da pandemia COVID-19, entre as quais Portugal, são um exemplo.

 

A Tetra Pak, em conjunto com a Compal, lançou o passatempo “Este natal os enfeites estão por tua conta”, sobre reciclagem e proteção ambiental para as escolas. No que consiste este passatempo e quais os seus resultados?

O passatempo “Este Natal os enfeites estão por tua conta”, desenvolvido em conjunto com a Compal, insere-se no plano de ações que desenvolvemos junto da rede nacional de Eco-Escolas, no âmbito de uma parceria com a Associação Bandeira Azul da Europa. O plano visa a promoção de iniciativas que têm como objetivo incentivar a aprendizagem e o enraizamento das melhores práticas de reciclagem junto da população escolar, de uma maneira divertida e criativa, ao mesmo tempo que conseguimos assegurar a correta reciclagem de várias toneladas de embalagens de cartão da Tetra Pak. Neste caso em concreto, o passatempo consistiu em transformar embalagens da Tetra Pak para a Compal em enfeites natalícios, mostrando aos mais novos também as possibilidades de reutilização de materiais. Foram recebidos mais de 600 trabalhos e participaram cerca de 250.000 alunos de diferentes graus de ensino, sendo que, após a divulgação dos resultados, foi atribuído um prémio às escolas distinguidas para investimento em materiais que as tornem mais sustentáveis.

 

Quais são os grandes objetivos sustentáveis da Tetra Pak, em Portugal e no mundo, no ano de 2021?

O foco está em dar continuidade ao trabalho que temos vindo a desenvolver e ultrapassar os desafios que temos identificados. Após termos já conquistado este ano o objetivo de disponibilizar embalagens com polímeros reciclados certificados, tendo inclusivamente sido a Tetra Pak a primeira empresa do setor alimentar e de bebidas a receber a certificação de produtos avançados da Mesa Redonda sobre Biomateriais Sustentáveis, vamos continuar a avançar em direção ao objetivo de incorporarmos, até 2025, um mínimo de 10% de conteúdo de plástico reciclado, em média, nas embalagens vendidas na Europa. Simultaneamente, estamos a executar medidas transversais à nossa atividade, como a utilização de energias renováveis, para que alcancemos a meta de atingir a neutralidade carbónica nas nossas operações até 2030, e em toda a cadeia de valor até 2050. Para além de tudo isto se refletir também em Portugal, estamos a trabalhar a nível nacional para o objetivo específico de aumentar as taxas de recolha e reciclagem das embalagens, e reforçarmos a aposta em embalagens com uma percentagem cada vez maior de conteúdo renovável, com polímeros reciclados e que sejam cada vez mais conectadas, apostando na digitalização.

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Conscientes da quantidade de lixo e desperdício gerado diariamente, a Pegada Verde surge pela necessidade de alterarmos os nossos hábitos. Numa altura onde as pessoas não estavam despertas nem para o tema da sustentabilidade nem para fazer compras online, este projeto cresceu a acreditar que pequenos gestos fazem grande diferença.

À conversa com Sofia Catarino, Co-Fundadora da Pegada Verde, procurámos perceber quais os principais desafios enfrentados e como podemos começar já hoje a reduzir a nossa pegada ecológica.

A Pegada Verde já conta com mais de 10 anos de existência. Como surgiu a ideia de criar este projeto e no que consiste?

Em 2007 eu (Sofia) e o Sérgio vivemos durante 1 ano em Nova Iorque e, durante esse ano, todos os dias saíamos à rua e encontrávamos uma muralha de lixo à porta de casa.

A quantidade de desperdício criado diariamente era impressionante e, quando voltámos a Portugal, vínhamos mais sensíveis ao tema da sustentabilidade.

Em 2009, estávamos com amigos a ler um artigo sobre a jornalista Canadiana, Vanessa Farquharson, que falava do seu blog “Green as a Thistle” e do seu livro “Dormir Nu é Ecológico” em que, durante um ano, a jornalista foi introduzindo diariamente uma nova medida ecológica na sua vida. Depois desse dia compreendemos que podíamos fazer muito mais no nosso dia a dia e a ideia começou exatamente aí: com pequenos gestos podemos fazer a diferença.

Começámos a procurar soluções ecológicas que pudéssemos incluir na nossa rotina diária e fomos encontrando produtos muito interessantes. Foi aí que pensámos que seria boa ideia partilhar esses produtos com todas as pessoas que tivessem igualmente interesse em adotar comportamentos mais sustentáveis. E assim surge a Pegada Verde!

Para nós era claro, queríamos trabalhar na área da sustentabilidade, queríamos trabalhar com marcas que promovessem um estilo de vida saudável, que permitissem a reutilização e que esteticamente fossem apelativas, para que quem as usasse tivesse orgulho em mostrá-las.

Considerando que surgiu numa altura onde a preocupação com a sustentabilidade ainda não era tão notória, quais foram as maiores dificuldades para criar esta plataforma?

Em 2009 as pessoas não estavam despertas nem para o tema da sustentabilidade, nem para fazer compras online. Essas foram as grandes dificuldades.

A grande maioria das pessoas não via motivos para mudar os seus hábitos e, por isso mesmo, foi um processo nem sempre fácil, mas que colocou à prova a nossa capacidade de resiliência!

Apesar de todas a dificuldades iniciais, apostámos tudo na Pegada Verde porque acreditávamos que era este o caminho e aos poucos conseguimos mudar mentalidades e comportamentos. Felizmente hoje em dia o tema da sustentabilidade está na ordem do dia.

 

Como é feita a escolha dos vossos parceiros?

Todas as marcas com que trabalhamos respeitam elevados padrões de qualidade, são isentas de substâncias tóxicas e, por isso, podem ser reutilizadas vezes sem conta. Temos ainda em consideração todos os processos de produção, o respeito pelas pessoas e pelo ambiente. Privilegiamos marcas que, por exemplo, façam compensações carbónicas, que sejam zero emissions, B-Corps e/ou fair trade.

Julgamos que a comunidade que nos segue confia nas nossas escolhas e é isso que queremos continuar a fazer – dar a conhecer, partilhar o mais que podemos e permitir que os nossos seguidores façam as suas escolhas de mudança em consciência.

Que tipo de produtos podemos encontrar na Pegada Verde? Têm algum best-seller?

Notamos um interesse transversal em diferentes áreas, o que nos deixa bastante felizes, uma vez que significa que as pessoas estão a adotar várias medidas sustentáveis na sua rotina diária. Existe um grande interesse pela cosmética e higiene pessoal, produtos de limpeza do lar, crianças e on the go.

Felizmente temos conseguido aumentar a nossa oferta, e apresentar produtos cada vez mais interessantes pelas suas características e pelo seu design. É muito bom perceber que existem cada vez mais marcas a oferecerem soluções sustentáveis e que conseguimos apresentar cada vez mais opções.

 

Qual o perfil dos vossos clientes? Como o caracterizam?

Os nossos clientes são maioritariamente do sexo feminino, entre os 25 e os 44 anos. São pessoas informadas e com preocupações relativamente à sustentabilidade e origem dos produtos.

 

Hoje em dia a sustentabilidade é um tema que está na ordem do dia. Ainda assim, sentem que as pessoas ainda têm receio de comprar determinados produtos considerados “mais verdes”?

Não diríamos que é receio, mas ainda existe algum desconhecimento, que procuramos esclarecer e ajudar na tomada de decisão.

 

Em 2018 lançaram o vosso primeiro produto de marca própria. No futuro pretendem lançar novas coleções próprias?

Em 2018, a Pegada Verde lançou o seu primeiro produto de marca própria, a Fair Straw, uma palhinha de aço inoxidável totalmente produzida em Portugal.  Mais recentemente, em 2020, lançámos a nossa marca de cosmética natural a NAUA – Natural Care, uma marca artesanal, feita em Portugal e que originalmente surgiu com champôs sólidos, mas que pretendemos muito em breve alargar a sua gama de produtos. Temos planos para novas marcas e tipos de produtos, é uma característica que faz parte do nosso ADN.

 

Que dicas podem dar a quem, tal como vocês, pretende tornar a sua pegada mais verde e adotar um estilo de vida mais sustentável?

A verdade é que não acordamos um dia e nos tornamos os supra-sumos do ambiente. Começa como a maior parte das mudanças duradouras: devagarinho.

Podem começar por levar um saco para as compras e por deixar de beber água engarrafada. Ou começar a optar por produtos naturais e biológicos, deixar de desperdiçar comida, e comprar roupa de forma consciente. Estes podem ser pequenos gestos que nos vão moldando.

Acreditamos que cada pessoa deve fazer o seu caminho, dando sempre o seu melhor.
Somos pelo compromisso, pelo positivismo, até porque a sustentabilidade não tem de ser angustiante, tem de ser um momento feliz, que nos torna melhores no nosso dia a dia.

Sofia Catarino

Co-Fundadora da Pegada Verde

Nasceu em Lisboa e cresceu em Manique, nos arredores do Estoril. Estudou psicologia, mas só trabalhou 6 meses na área. Aprendeu que a nossa área de formação não nos define, apenas nos ajuda a orientar para as oportunidades que vão surgindo. Tem 2 filhos pequenos, que a desafiam sempre a ser uma pessoa melhor.

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Preocupamo-nos cada vez mais com a nossa alimentação. Queremos saber a forma como os alimentos são produzidos e tratados até chegarem a nossa casa.

À conversa com Nelson Gomes, fomos perceber o que compõe os cabazes d’O Chico da Fruta, como são selecionados os produtos e onde podemos encomendar para os receber no conforto e segurança do nosso lar.

O Chico da Fruta: como surgiu e em que consiste este projeto?

O Chico da Fruta surgiu pela vontade de levarmos a casa de todas as famílias frutas e legumes frescos, de pequenos produtores, minimizando o tempo entre a “terra” e o “prato” e ainda garantindo a frescura e qualidade máxima.

 

O que podemos encontrar nos cabazes d’O Chico da Fruta? Como é feita a seleção dos alimentos que compõe os cabazes semanais?

Nos cabazes d’O Chico da Fruta podemos encontrar muita variedade dos produtos da época e que as famílias mais consomem. De forma a termos alguma flexibilidade, permitimos duas trocas e também temos alguns produtos extras que se podem adicionar ao cabaz. A seleção de todos os produtos é feita manualmente, com muito amor e carinho.

 

Qual considera ser a motivação das pessoas para comprar alimentos frescos diretamente aos produtores? Sente que a pandemia enfatizou esta procura?

Acreditamos que cada vez mais as pessoas se preocupam com a frescura, qualidade e proveniência de tudo o que consomem, e o facto de saberem que estão a comprar produtos de pequenos produtores, sentem-se mais seguras, e depois de experimentarem sentem também a grande diferença na qualidade dos produtos. Este era um movimento que já vinha a acontecer cada vez com maior expressão e a pandemia veio acelera-lo pela comodidade e segurança das entregas ao domicilio ou local de trabalho, evitando deslocações desnecessárias e poupando também tempo.

 

De que forma a preocupação com a sustentabilidade está presente no seu negócio?

A preocupação com a sustentabilidade está presente desde o 1º dia deste projeto. Os nossos cabazes são entregues em caixas de cartão, que vamos recolhendo, higienizando e reutilizando semana após semana. Decidimos também abolir a utilização de plásticos, e apenas os utilizamos quando não temos alternativa. Alguns estudos indicam também que o facto de concentrarmos as entregas por zona, se traduz na redução de até 80% das emissões de CO2, comparativamente ao que seria emitido caso as pessoas se deslocassem individualmente.

 

Como caracterizam o vosso público alvo? Sentem maior procura por parte de pessoas que demonstrem preocupação com o seu tipo de alimentação?

O nosso público-alvo são as famílias que procuram qualidade e frescura dos produtos que consomem, a preços justos, e a conveniência de poderem encomendar de forma rápida e simples e receber em casa ou no trabalho, sem terem de se deslocar ou perder tempo a selecionarem todos os produtos. Estimamos que a visita ao supermercado para selecionar e comprar o conteúdo do cabaz semanal demoraria entre 45 minutos e 1 hora e 30 minutos.

 

 

Qual a característica do seu negócio que sente ser mais valorizada pelos clientes? Porquê?

É-nos difícil fazer essa avaliação, mas o feedback que temos dos nossos clientes é: os produtos são realmente de qualidade superior, o atendimento ao cliente, a simpatia dos nossos motoristas, o facto de avisarmos o horário previsto da entrega no dia anterior, o preço ser equivalente e às vezes até mais baixo do que o que estavam habituados a gastar no supermercado/mercado. São tudo aspetos valorizados e que se traduzem na satisfação e fidelização dos nossos clientes.

 

Como podemos encomendar o cabaz d’O Chico da Fruta? Quando é feita a entrega?

As encomendas neste momento podem ser feitas através do nosso WhatsApp. Encomendas até às 12h são entregues no dia seguinte, de acordo com a nossa rota de distribuição definida e disponibilidade. Entregamos todos os dias de terça-feira a sábado. Temos também a hipótese de adicionar os clientes a uma lista semanal ou quinzenal, de forma a terem o seu cabaz sempre reservado.

 

De momento a distribuição dos cabazes é feita na Grande Lisboa. Ambiciona expandi-la para todo o país?

Acabámos de abrir as entregas para os concelhos de Amadora, Barreiro, Cascais, Loures, Oeiras e Sintra e neste momento estamos concentrados em chegar a mais famílias na área da Grande Lisboa. Sempre com a mesma qualidade e rigor do 1º dia.

Nelson Gomes
Formado em Gestão de Empresas, com experiência profissional no retalho alimentar e na relação com o consumidor. Nelson tem 32 anos e paixão por uma alimentação saudável,  baseada no consumo de frutas e vegetais, e o desejo de aproximar os consumidores aos pequenos produtores, levou-o a abraçar o projeto do Chico da Fruta.
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A MESH nasceu do desejo de democratizar a ourivesaria portuguesa. Apresenta peças delicadas e intemporais, que pretendem complementar a personalidade de quem as usa. Não descurando a sustentabilidade, através de um modelo de negócio assente na economia circular .

Conversámos com os fundadores, para compreender como levam a cabo a sua missão de democratizar a ourivesaria portuguesa.

 

Quem é a MESH Jewellery? Qual a origem do seu nome?

A MESH é uma marca de jóias pensada para a mulher contemporânea. Criamos peças para o uso diário, que complementam a personalidade de cada mulher. Somos os produtores de todas as nossas jóias, o que nos permite explorar constantemente novos horizontes.

O nome da nossa marca provém de um tipo de malha/fio usado na indústria de ourivesaria. O nosso principal objetivo foi democratizar a ourivesaria portuguesa, mostrar o que ainda era desconhecido para muita gente: a genialidade dos nossos artesãos ourives e, por isso, este foi o nome perfeito. Queríamos um nome com significado, curto e que, internacionalmente, fosse pronunciado da mesma forma.

 

 

Quando lançaram a marca sentiram falta de aceitação por parte dos proprietários das ourivesarias, atitude contrária ao que se verificou junto dos clientes. Porque motivo consideram que tal sucedeu?

O meu irmão e eu, após estarmos algum tempo a trabalhar na área como fabricantes de jóias para terceiros, percebemos que tínhamos algo de novo a trazer ao mercado. Tínhamos o design, os processos de fabrico e as ideias. Foi uma questão de tempo até concretizarmos o projeto.  O crescimento da marca confirma que tomámos a decisão correta.

 

No vosso website dizem ser possível combinar desejo com sustentabilidade. De que forma essa crença se reflete no vosso negócio?

Para nós, a sustentabilidade começa com as pessoas. Só trabalhamos com artesãos locais e preservamos o bem estar de todos os nossos stakeholders.

Relativamente às matérias primas, apenas utilizamos prata de origem reciclada para as nossas criações. Além disso, todos os metais usados nos banhos (ouro e ródio) são igualmente de origem reciclada. Todos são comercializados com a garantia do Responsible Jewellery Council. Temos o mesmo cuidado no packaging, utilizando apenas cartão reciclado com garantia FSC.

Foi também com base na sustentabilidade que desenvolvemos as nossas coleções de peças personalizáveis. Produzimos made-to-order, o que elimina totalmente os desperdícios na cadeia de abastecimento.

É com sentimento de dever cumprido que desenvolvemos o nosso negócio com base numa economia circular.

 

Sentem que os vossos clientes valorizam o vosso compromisso com a sustentabilidade?

Não forçamos muito a comunicação nesse sentido, porque esse compromisso é inerente ao nosso projeto desde início. É algo orgânico, que nasceu como princípio basilar da marca MESH. Trabalhamos num processo de melhoria contínua com o objetivo de fazermos mais e melhor.

Os resultados inevitavelmente aparecem.

 

Qual a principal inspiração das vossas peças?

Temos como objetivo criar peças com significado, delicadas e intemporais.

Inspiramo-nos essencialmente em linhas geométricas, no estilo boho e étnico e sobretudo na natureza.

 

De que forma conseguem garantir a individualidade de cada mulher através das vossas jóias?

Acreditamos no valor intemporal das jóias e no que elas transmitem.

O facto de termos a nossa oficina e produzirmos todas as nossas peças permite-nos com rapidez e agilidade atender aos pedidos e aos sonhos dos nossos Clientes. Era algo que já fazíamos muito nas nossas lojas físicas. Com a pandemia, quisemos passar essa experiência para o digital e lançamos duas coleções.

No MY OWN MESH, deixamos à imaginação de cada um a construção da sua peça, disponibilizando pedras, pérolas, berloques, fios variados, que conjugam a seu gosto.

No mês passado lançamos a coleção ENGRAVE ME, criando assim mais uma proposta de personalização de colares, brincos, pulseiras.

Qual a vossa peça best seller?

Todas as jóias com elementos da Natureza, como por exemplo flores, são sempre best-seller.

 

A MESH tem loja online e já conta com duas lojas físicas no Porto. Pretendem abrir novos espaços pelo país?

A situação pandémica que temos estado a viver suspendeu os nossos projetos nesta área.

De referir que contamos igualmente com 15 pontos de venda, 3 dos quais fora do País.

Nesta fase, continuamos a apostar no digital para criar novos canais de venda e distribuição.

 

 Tiago Barbosa & João Barbosa

Tiago e João Barbosa pertencem à 3ª geração de uma família que se dedica há mais de 60 anos ao fabrico de jóias. Após se dedicarem à expansão do negócio além fronteiras, fabricando para marcas e cadeias de lojas em 4 continentes, partiram para a criação da sua própria marca – Mesh.

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